quarta-feira, 24 de julho de 2019

nº 1878 - Homilia do 17º Domingo Comum (28.07.19)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista 
“Jesus estava rezando” 
Eu gritei e me escutastes 
A vida espiritual acontece dentro das condições humanas que nos assustam e ao mesmo tempo nos maravilham por sua presença em nosso cotidiano. Temos o sentimento de distância de Deus, ao mesmo tempo sentimos a necessidade de um contato mais aberto e próximo a partir da condição humana. Assim vencemos a barreira do medo da divindade. Jesus com seu exemplo e ensinamento nos ensina pedir com insistência, com a parábola do amigo chato que pede pão para seu hóspede. Insiste tanto que acaba tirando o amigo de seu sossego conseguindo o que precisa. Os evangelistas nos trazem muitos momentos nos quais Jesus faz suas orações. Os discípulos veem Jesus rezar. Isso deve ter marcado muito suas vidas. Pedem a Jesus que os ensine a rezar como João ensinara seus discípulos. Jesus dá a instrução, oferecendo um pequeno texto no qual está presente uma síntese do conteúdo. A oração escrita ou decorada é enriquecida de temas que nos abrem as portas do Céu. Os textos usados na liturgia salientam a oração de petição. Deus sabe o precisamos, mesmo antes de Lho pedirmos. Primeiramente a oração está ligada ao profundo de nosso coração que suplica, pede, insiste com uma confiança ilimitada. Abraão (Gn 18,20-32) conversa com Deus ao modo de um negociante e o freguês. Conversar o preço. Santo Afonso, doutor da oração, diz que rezar é falar com Deus como um amigo fala com o amigo. A urgência nos leva também a tratar Deus como um amigo muito íntimo. O Antigo Testamento mostrava um Deus exigente. Jesus ensina a oração do Pai Nosso. Era o seu modo de rezar. 
Oração é riqueza 
Jesus ensina seu modo de falar com o Pai. O amigo pode se cansar e, com enfado, dar o pão que o amigo necessita. Jesus dá o exemplo de confiar as coisas nas mãos de Deus. Ele é o bom Pai e nos ensina a fazer como Ele faz. E mostra que em todas as coisas, o Pai é melhor que nós que somos maus. É imediata a resposta a nossa oração. Jesus sabia como o Pai ouvia sua oração: “Pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. Quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, a quem bate, se abrirá” (Lc 11,1-13). Afirma também e, com certeza, que Deus dará tudo o que nosso coração pede. Jesus lembra ainda que nós fazemos tudo bem. Assim não daremos “outras coisas” aos filhos, mesmo nós que somos maus. Sabemos o que os filhos precisam: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem” (Lc 11,11-13). O final do texto parece desmontar a palavra de Jesus. Tudo que pedirmos receberemos. Paulo nos coloca a grande verdade do Cristo que realizou nossa redenção. 
Direito de pedir 
Por que o texto muda a direção afirmando que o Pai dará Espírito Santo aos que o pedirem. Nós sabemos dar coisas boas. O Pai supera a todos, dando o que lhe é o bom, o Espírito Santo. O Pai deu-nos o direito de receber o Dom maior que é o Espírito Santo. Com Ele nos dá todas as coisas. A atitude de pedir ao Pai significa que estamos fazendo o caminho permanente da redenção que o Pai realiza em nós. O salmo descreve a ação de graças pelos benefícios recebidos, sempre maiores que nossos pedidos. Agradece pelo amor com que fomos tratados. Temos um pedido especial a fazer: “completai em mim a obra começada. Senhor, vossa bondade é para sempre”... Lembramos que Deus quer estar conosco. Quer falar conosco como a filhos queridos que pedem sobretudo o Espírito. 
Leituras: Gênesis 18,20-32; Salmo 137; 
Colossenses 2,12-14; Lucas 11,1-13 
Ficha nº 1876 - Homilia do 17º Domingo Comum (28.07.19) 
1. Deus sabe o que precisamos, mesmo antes de Lho pedirmos. 
2. Ele é o bom Pai. Ele nos ensina a fazer como Ele faz. 
3. O Pai supera a todos, dando o que lhe é o bom, o Espírito Santo. 
Deus ama o chato 
Encontramos sempre novos caminhos para o conhecimento de nossa fé. Mesmo tendo ensinado que a pureza e a sublimidade da oração, Jesus ensina a viver a fé e a segurança em Deus. Jesus ensina como modelo e que oferece sempre novos meios que vão entrando no povo de Deus. É o que vemos hoje em seu ensinamento. Primeiro dá o exemplo, depois dá em testamento seu modo de orar, que é o que ensina aos discípulos. Primeira regra é ter coragem de buscar o que precisa. E dá o exemplo do amigo que bate à porta do amigo para lhe dar pão a sua visita. É um diálogo constrangedor. Jesus dá o modelo de sua oração: pedir insistentemente. O camarada é chato e consegue o que quer. Mesmo que o outro dê o pão para satisfazer a necessidade do amigo, mostrou que nossa oração deve ser insistente. Certamente a parábola é o que acontecia em sua vida humana. Deus garante que é bondoso. Nem precisa tanto empenho. Por isso Jesus quer ser sempre buscado para realizar as nossas verdadeiras necessidades. Não reclame depois, querido Pai, se soubermos aproveitar esta chance.

domingo, 21 de julho de 2019

nº 1876 - Homilia do 16º Domingo Comum (21.07.19)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista 
“Hospitalidade em Cristo” 
Saber acolher 
Conhecemos a pintura da “Trindade” de Rublev e a narrativa da presença de Jesus na casa de Lázaro, de Maria e de Marta. Jesus está presente como hospede amigo. Era amigo e sabia se abrir ao diálogo. Abraão, conforme nos narra o livro de Gênesis, (Gn 18,1-10,) é o exemplo de hospitalidade. Ao ver passar três homens, corre para acolhê-los; não eram parentes nem conhecidos. Abraão oferece descanso e alimento aos três peregrinos. O acolhimento do irmão, do pobre ou do estrangeiro eram leis fundamentais que justificam a própria vocação da Aliança. Acolher para Jesus, não era só um gesto social, mas um gesto que retrata as atitudes que Deus teve para com os judeus na saída do Egito. Quando Moisés proclama as leis para seu povo, aparece muito claro o necessário acolhimento do estrangeiro. A lei exige que seja bem tratado, porque “vós fostes estrangeiros” (Ex 22,1). A tendência do povo era a exclusão. Jesus realiza diversos milagres para estrangeiros e elogia sua fé: “Nunca encontrei tanta fé em Israel” (Mt 8,11). Aprofundando essa temática do acolhimento, temos nosso compromisso cristão. Somos convidados a acolher Jesus e seu ensinamento. Quem acolhe um pequenino, a Ele está acolhendo (Mt 18,40). Há também os que necessitam de acolhimento. Mais que comunidade e bons lugares, os pobres querem o respeito devido a todo homem. Estamos hospedando Jesus. Responde a Marta que O alertava sobre sua irmã que não ajudava e só queria estar com Ele, ouvindo, acolhendo. Jesus privilegia o momento de encontro que acolhe a Ele e sua Palavra. As obras são fundamento dos bens espirituais que queremos oferecer a Deus. 
Hospedar a carne do Cristo 
Somos chamados a hospedar o Cristo em nossa casa. Não somente uma residência, mas um processo de intercâmbio de vida. Abraão acolheu os misteriosos personagens e os serviu. Jesus foi acolhido na casa de Marta e de Maria. Jesus ouve a reclamação de Marta que priorizava os trabalhos da casa, mesmo preparando a comida para Jesus, A palavra de Jesus torna o trabalho diário em um encontro com Ele. Paulo nos traz uma visão mais aprofundada a partir de sua participação através dos sofrimentos: “Alegro-me de tudo o que já sofri por vós e procuro completar na minha própria carne o que falta das tribulações de Cristo, em solidariedade com o seu corpo, isto é, a Igreja” (Cl 1,26). O corpo sofredor de Cristo continua a nos convocar para deixar que Ele nos una a Si. Essa noção de Corpo de Cristo, que é a Igreja, explica nossa união a Cristo. Unidos a Ele passamos por suas dores. Essa união a Cristo não se dá só no espiritual, mas nos une fisicamente. Os sofrimentos e dores acontecem realmente na vida do fiel. Há muitos cristãos piedosos não compreendem por que há sofrimento. Pensam: “Se sou bom, vivo bem a fé e a vida de Igreja, por que acontecem os sofrimentos e não somos ouvidos por Deus? Ele fala. E nós ouvimos? 
Paulo se alegra ao sofrer por Cristo 
O salmista nos leva a recolher esse aspecto dessa habitação de Deus em nós. Pergunta: “Quem morará em vossa casa”? A habitação de Deus em nós é o processo de Encarnação que Cristo viveu e abre para nós para vivermos do mesmo modo. “Despojando-nos do velho homem, passemos a uma vida nova” (oração). Quem morará em vossa casa? O salmo descreve as exigências: justiça, respeito ao próximo. Jesus, na casa de Marta, retrata nossas famílias e seus problemas. O respeito ao outro, não escravizando o semelhante. É preciso sentar-se para ouvir o Senhor. Depois se faz o trabalho. Cristo valoriza o estar juntos para acolher a Palavra de Deus no ambiente em que vivemos. 
Leituras: Gênesis 18,1-10; Salmo 14; 
Colossenses 1,24-28; Lucas 10, 38-42 
Ficha nº 1876 - Homilia do 15º Domingo Comum (21.07.19) 
1. Acolher para Jesus não era somente um gesto social, mas um gesto que retrata as atitudes que Deus teve para com os judeus na saída do Egito. 
2. O corpo sofredor de Cristo continua a nos convocar para deixar que Ele nos una a Si. 
3. “Despojando-nos do velho homem, passemos a uma vida nova”. 
De corpo inteiro 
Falamos de hospitalidade. Como é bom ser bem acolhido! Não se trata só de pensão ou hotel. É belo quando somos como que forçados a aceitar os convites. Mesmo deixando-nos na preocupação de corresponder na mesma medida. Mas não pensamos nisso quando se trata do espiritual. Jesus que nos hospeda sempre, não nos preocupamos e, como Marta, não acolhemos Jesus, mesmo que estejamos fazendo algo espiritual. É necessário ter consciência e ciência da vida de Jesus em nós. Nós O hospedamos. Assim aprendemos a estar sempre preocupados para acolhê-lo. Sua presença é muito cara.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

nº 1874 Homilia do 15º Domingo Comum (14.07.19)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista
Um Deus tão próximo 
Quem é meu próximo? 
Na sequência do domingo retomamos os evangelhos do Tempo Comum. Estamos aprendendo a ser discípulos também seguidores de Jesus. O Deuteronômio nos diz o que significa ser povo de Deus. Ele não pretende criar um punhado de regras e leis que amarram o fiel com promessas até generosas. O que o Mestre deseja é que o Reino de Deus possa se desenvolver no mundo, a partir de seus discípulos. Na reflexão de hoje Jesus põe em relevo quem é o responsável primeiro pela situação do homem que sofre o ataque de bandidos. Isso não é uma história, mas o retrato falado do discípulo. Quais são atitudes que devem estar presente em seu discípulo? Conta então a parábola: Há um homem ferido na estrada. É o retrato de toda a humanidade. Os outros personagens são os detentores do poder espiritual. Era um sacerdote. É a expressão da religião judaica. A eles compete o louvor a Deus e a proclamação de sua vontade. A seguir vem o levita. São trabalhadores do templo e organizadores do Culto. Todos esses passam adiante. O culto era medido por seu esplendor. Por fim chega o samaritano que não era judeu, não tinha compromisso com o culto nem com a estrutura religiosa dos judeus. Para esses, ao havia lugar na religião. Eram hereges. Ele parou, viu, condoeu, desceu da montaria, fez os curativos, colocando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem sobre seu próprio animal e o levou a uma hospedaria. E cuidou dele. Depois continua sua viagem, já tendo adiantado os gastos que deveria fazer. E voltaria. Jesus pergunta: Quem é o próximo do homem que foi vítima? Eu sou próximo de cada homem. 
Cristo é a cabeça do Corpo 
Essa imagem do homem ferido lembra que Jesus, com todo o poder e glória, se abaixou para socorrer o homem caído. Ele é o bom samaritano que associa a Si tantos para continuarem sua missão. O homem ferido é a humanidade ferida pelo mal. Jesus é o bom samaritano que se entrega totalmente. A leitura de Colossenses nos ensina que a grandeza de Jesus, em todo seu mistério de glória. Cristo é a imagem do Deus invisível, primogênito de toda criatura. Lendo o texto percebemos que não nos é tirada a glória e a primazia de todas as coisas. Ele é sempre o primeiro, cabeça do corpo que é a Igreja. Está presente no mistério da Criação do universo. Tudo em nele participa dessa primazia. Deus quis habitar com toda sua plenitude. Paulo nos estimula a compreender e ligar a essa parábola ao hino de Colossenses. O que faz Jesus grande é justamente ter tido as atitudes de busca a todo homem sofredor. Por aí podemos entender que a grandeza de Cristo está em seu serviço para o louvor de Deus Pai. 
Um Deus próximo 
A leitura do Deuteronômio colocada como concretização da temática do Servo Sofredor e ao mesmo tempo glorioso. A grandeza de Cristo não vem de seus milagres, mas de sua capacidade de se unir a todo fiel em seu amor e levá-lo à plenitude de sua graça. A leitura de Deuteronômio nos convida a obedecer aos mandamentos que deu ao homem. É preciso conversão: Converte-te para o Senhor teu Deus com todo teu coração e tua alma. Esse mandamento não é difícil, nem fora de teu alcance. Está bem a teu alcance, está em tua boca e em teu coração para que o possas cumprir (Dt 30,10-14). A glória de Deus é o homem vivo. Deus não quer a morte do pecador, mas sim que se converta e viva. A figura do bom samaritano é o exemplo da vivência da lei de Cristo. A parábola do bom samaritano ensina obediência ao mandamento do amor. Assim seguimos a glória de Cristo.
Leituras: Deuteronômio 30,10-14; Salmo118b; Colossenses 1,15-20; Lucas 10,25-37 
Fixa Ficha nº 1874 - Homilia do 15º Domingo Comum (14.07.19) 
1. A grandeza de Cristo não vem de seus milagres, mas de sua capacidade de unir-se a todo fiel em seu amor e levá-lo à plenitude de sua graça. 
2. Ele é o bom samaritano que associa a sim tantos para continuarem sua missão. 
3. Jesus põe em relevo quem é o responsável primeiro pela situação do homem que sofre o ataque de bandidos. 
A pregação do jumento.
Já ouvimos a história do jumento que, na entrada de Jerusalém, pensava que as palmas eram para ele. Foi só um instrumento útil. Na parábola do bom samaritano houve um serviço de caridade com o qual concorreu. Embora as parábolas de hoje lemos que o jumento do samaritano serviu de ambulância. Não levou um tesouro, mas a fonte de todos gestos de caridade que encontramos em nosso caminho. O gesto de caridade generosa com os sofredores constitui a fonte de bens para o universo.

domingo, 7 de julho de 2019

nº 1872 Homilia do 14º Domingo Comum (07.07.19)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista 
Pai amoroso 
Reerguestes o mundo decaído 
A liturgia no Tempo Comum leva-nos a penetrar no Mistério de Cristo, guiados pelo Espírito. Não vivemos a monotonia de textos que se seguem. Mas é uma permanente catequese vivenciada como apropriação do texto bíblico para torná-lo. É a missão do pedagogo, como nos ensinam os antigos mestres da fé. Toda essa força renovadora da Palavra. A oração da missa (Coleta) nos leva vivenciar os bens espirituais, uma vez que já fomos libertados pra gozar as eternas alegrias, lembrando a libertação que nos foi concedida. O profeta Isaias nos ensina que Deus conforta com generosas graças e consolação. Jerusalém é como a mãe que alimenta com o leite de seus seios generosos para plena consolação. Jerusalém símbolo fundamenta para o povo. É uma mãe: A renovação vai trazer a paz. E diz: “Eis que farei correr para ela a paz como um rio e glória das nações como torrentes”. A seguir faz a comparação com mãe num texto cheio de ternura: “Sereis amamentados, carregados ao colo e acariciados sobre os joelhos. Tudo isso haveis de ver e o vosso coração exultará e vosso vigor se renovará como a relva do campo. A mão do Senhor se manifestará” (Is.66,12-14c). Essa linguagem pode parecer exagerada, mas as maravilhas do Senhor para seu povo seguem não um punhado de conceitos, mas muita força humana. O amor de Deus nos convence mais através dessas riquezas da maternidade do que um punhado de ideias. São boas, mas o escritor sagrado era mais e nos atinge onde necessitamos. É um amor de mãe, como dizia João Paulo I. 
Missão dos discípulos 
Com esse pano de fundo o evangelho nos instrui como devemos agir na evangelização. É bonito ver como Jesus confia aos seus o primeiro anúncio do Reino. Querendo mostrar que as promessas são realizáveis em Jesus. Ele corresponde ao sonho do profeta de ter um mundo renovado a partir do amor do Pai na construção da paz. Os conselhos de Jesus nos levam a compreender a renovação que vai acontecer. Mesmo reconhece a ação de Deus em cada um de nós: “Todos vós que a Deus temeis, vinde escutar. “Vou contar-vos todo bem que ele me fez” Sl 65). Jesus envia setenta e dois discípulos que anunciam a presença atuante do Reino. Ele enviou esses discípulos, dois a dois. O testemunho é garantido pelo testemunho de duas pessoas. Não foram os apóstolos especificamente. Jesus dá, inclusive no evangelho proclamado hoje, a prática dos apóstolos em missão e anúncio de coisas práticas: Vão passar de casa em casa, comendo do que tiverem.. Vão levar a paz. Se não forem dignos, a paz volta. Quer dizer: não se perde o trabalho. Não estão passeando, por isso não devem ir de casa em casa. Não é somente uma visita, mas um momento de renovação, pois estão a serviço do Reino e devem exercer um ministério de cura: “Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem e curai os doentes”. 
Nova Criatura 
Nesse contexto de anúncio, Paulo como ministro da Palavra. Paulo nos leva a perceber os laços que há entre a missão e o missionário. Ele identifica sua missão com o evangelizador: identificar-se a Cristo Crucificado. Como Cristo está crucificado para o mundo. O que conta é criação nova. Paulo diz que traz em si as marcas de Cristo. As marcas são seus sofrimentos passados pelo evangelho. Se não tiverem identificação a Cristo sofredor, dificilmente poderá ser um discípulo anunciador do Evangelho. 
Leituras Isaias 66,10-14c; Salmo 65; Gálatas 6,14-18; Lucas 10,1-12.17-20. 
Ficha nº 1872 - Homilia do 14º Domingo Comum (07.07.19) 
1. Jerusalém é como a mãe que alimenta com o leite de seus seios generosos para plena consolação. 
2. Ele enviou esses discípulos, dois a dois. O testemunho é garantido pelo testemunho de duas pessoas. 
3. Ele identifica sua missão com o evangelizador.
Afogando em um copo d’água. 
Quando nos propomos a uma evangelização, trabalhamos com um modelo intelectual. Jesus nos propõe um modelo mais profundo porque nasce da natureza das pessoas, filhos a serem amamentados. Para mostrar o valor do que buscamos, nos entregamos a Cristo a sua missão, buscando fazer em nós o que Jesus fez nele: Trago em meu corpo as marcas de Jesus. Que significa? Podemos pensar em seus sofrimentos físicos, suas feridas, ou que tenha recebido os estigmas. Prefiro dizer que são as feridas que sofreram por Cristo. Essas são evangelizadoras. A força renovadora da pregação nos enviados de Jesus transborda.