domingo, 30 de junho de 2019

nº 1870 - Homilia da Sol. de Pedro e Paulo (30.06.19)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista 
“Santos Pedro e Paulo” 
Pais na fé. 
Celebramos os dois apóstolos Pedro e Paulo. Conhecemos muito pouco dos demais apóstolos. Há tradições que relatam a batalha destes apóstolos. Tomé, por exemplo é considerado evangelizador na Índia. Há lugares tidos como seus túmulos. Alguns foram trazidos nos primeiros no tempo das cruzadas para salvar suas relíquias. Temos por exemplo São Tiago de Compostela. As relíquias dos santos antigos nem sempre são garantidas. O que vale é nosso carinho para com esses companheiros de Jesus na primeira hora. Os Apóstolos Pedro e Paulo foram martirizados em Roma e sobre seus túmulos foram construídas grandes basílicas. Pedro e Paulo são muito venerados em toda a Igreja. São homens que empenharam suas vidas no anúncio da fé em Jesus Cristo e seu Evangelho. Paulo, mais preparado, formado com muita ciência do judaísmo e sua presença no Império Romano. Pedro era um homem simples, forte e trabalhador. Entusiasmado no seguimento de Jesus assume a missão. A fé que professamos nasce do dom da fé que esses dois apóstolos viveram com intensidade e ensinaram com clareza. Professamos a de Pedro e de Paulo. Rezamos na oração da Missa: “Concedei à vossa Igreja seguir em tudo os ensinamentos destes apóstolos que nos deram as primícias da fé” 
Faces da Igreja 
Lemos no prefácio: “Hoje nos dais a alegria de festejar os Apóstolos São Pedro e São Paulo. Pedro o primeiro a proclamar a fé, fundou a Igreja primitiva sobre a herança de Israel. Paulo, mestre e doutor das nações, anunciou-lhes o Evangelho da Salvação. Por diferentes meios, os dois congregaram a única família de Cristo e, unidos pela coroa do martírio... recebem hoje igual veneração”. A Igreja cresce de modos diferentes. Imaginemos isso num tempo em que tiveram de formar a Igreja. Pedro anunciou aos judeus e criou o modo de viver a fé a partir de Jesus na tradição de Israel. Esse modo de ser durou por séculos e deixou sua marca em toda a Igreja. Podemos pensar, por exemplo, na Eucaristia que parte da ceia pascal judaica. Paulo soube conservar o fundamental da fé vivida em Jerusalém. Os pagãos não conheciam a bíblia. Sua fé cresce no mundo pagão, no império grandioso, mas não perde sua consistência. Paulo não aceitava forçar os pagãos convertidos a viverem as tradições judaicas. Vemos aí sua sabedoria de, sem perder a integridade da fé dos cristãos vindos do judaísmo, fazer crescer a Igreja, da qual nascemos. Seria muito precioso, num mundo pluralista, continuar a fé dos antigos e dar nossa contribuição para seu crescimento. Nos últimos séculos se bloqueou toda a iniciativa, e em coisas que não fazem parte da fé. A Igreja tem muitas faces. 
Guiados pelo Espírito 
Moisés, ao enfrentar o faraó e dirigir o povo, caminha “como se visse o invisível” (Hb 11 27). Paulo e Pedro anunciaram Cristo, Messias prometido, e abriram caminhos para os que viriam depois. Pedro foi capaz de superar a pressão dos que não queriam a conversão dos pagãos e a obrigatoriedade de seguirem as tradições judaicas, como lemos em Atos capítulo 10. Sentiu a presença do Espírito que desceu sobre eles como em Pentecostes. Paulo abre caminhos e perfaz os caminhos da Ásia Menor, atual Turquia, e faz discípulos. Foi perseguido pelos falsos irmãos. Atualmente temos dificuldade de ouvir o que o Espírito fala às Igrejas. Onde se calou no Espírito, a Igreja fenece. 
Leituras: Atos 1-11; Salmo 33; 2 Timóteo 4,6-8.17-18; Mateus 16,17-18. 
Ficha - nº 1870 - Homilia da Sol. De Pedro e Paulo (30.06.19) 
1. Pedro e Paulo são homens que empenharam suas vidas no anúncio da fé em Jesus.
2. Por diferentes meios, os dois congregaram a única família de Cristo. 
3 Paulo e Pedro anunciaram o Messias prometido, e abriram caminhos para os (que) viriam. 
Os santos também brigam.
Sempre vemos os santos acabadinhos, perfeitos, modelos de todas as virtude e impecáveis. É bem assim que se faz um santo. Eles lentamente foram construindo a vida nova em suas atitudes. Os santos são pessoas normais e têm direito de ter seu temperamento. Lendo os Atos dos Apóstolos vemos que o relacionamento entre Pedro e Paulo não deixava de ter alguma farpa. Paulo foi perseguidor dos que seguiam Jesus. Era homem perigoso e conhecedor da fé judaica. Teve o encontro com Jesus que o escolheu como apóstolo. O relacionamento entre os que vinham do paganismo e os que vinham do judaísmo era tenso. Paulo defendia que os pagãos não precisavam seguir as tradições judaicas. Pedro andou pisando em duas canoas e Paulo chamou sua atenção dizendo que o procedimento não era correto. Paulo era firme na ideia de pregar a verdade. Por isso vai a Jerusalém para ver se seu ensinamento correspondia ao que eles ensinavam.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

nº 1868 - Homilia 12º Domingo Comum (23.06.19)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista 
“Revestir-se de Cristo” 
E vós, quem dizeis que eu sou? 
Jesus se encontra em oração diante do Pai e, tem consigo o minguado número de discípulos. Sua obra parece um fracasso. O povo pensa que Ele é algum profeta que saiu da cova. Fracasso. Mas não sai da verdade de sua missão: Uma coisa que não entrega é a verdade de sua missão de ser o Messias. O Cristo de Deus. A palavra Messias é o mesmo que Cristo. Os judeus tinham grandes imaginações sobre como seria o Messias miraculoso e grandioso que iria restaurar o poder do Reino. Jesus proíbe que os discípulos digam que Ele é o Messias para não fazer o jogo da tradição popular. Por isso é claro para os que estão com Ele, que esse Messias será recusado. Os chefes do povo, que detêm também o poder espiritual, não aceitarão e o matarão. Mas Ele ressuscitará. Só assim Ele será fonte de ablução e purificação (Zc 13,1) . Ele será a fonte. Por isso Paulo nos escreve que o batismo realiza essa mudança naquele que crê: “Vós todos sois filhos de Deus, pela fé em Jesus Cristo. Vós todos que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo” (Gl 3,26-27). Revestir-se não será mudar de roupa exterior, mas mudança do interior pela fé. É o homem novo, herdeiro das promessas. Jesus não entra como um a mais na história da salvação. Acolhendo Cristo somos a descendência de Abraão, herdeiros, segundo a promessa, não segundo a carne. O processo de conversão vai aos poucos mudando a figura nossa em Cristo. É um processo lento e exigente que exige ir às raízes para ter a vida. A oração da missa nos indica o caminho: “Dai-nos por toda a vida a graça de Vos amar e vos temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor”. Não estamos sozinhos em nosso caminho espiritual de vida cristã: presença constante de Deus.
Seguimento de Cristo 
Entre o Messias sofredor e aquele que o segue como seu discípulo, há uma união. Ele deverá passar com Ele pelo sofrimento, revestindo-se no sofrimento e participando de sua total restauração na fonte acessível a todos habitantes. Esta união ao transpassado é o caminho doloroso da purificação. A vida cristã que reveste o verdadeiro discípulo, não só de nome, mas de vida, é seguir as duras palavras de Jesus de perda e ganho como exigência fundamental: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem quiser perder sua vida por causa de mim, esse a salvará” (Lc 9,23-24). Isso é fundamental no ensinamento de Jesus. Assim como acontece com Ele, deve também acontecer com o discípulo. Aqui entramos no ensinamento do salmo que é a expressão do íntimo de nosso coração: A sede de Deus: “Minha alma tem sede de Vós, minha carne vos deseja como terra sedenta e sem água” (Sl 62). Sem essa sede não encontramos o caminho para o seguimento de Cristo. Ele será sempre uma figura distante, não uma vida. 
Fonte acessível 
O jovem rei Osias, vigoroso e piedoso, era uma esperança para povo. Ele morre na batalha de Megido, no ano 605, contra o invasor egípcio. Foi uma grande perda. Assim se pode comparar a Cristo que foi transpassado e se tornou uma fonte espiritual e de purificação. A morte de Cristo foi a resposta ao sofrimento de um povo destruído no seu interior pela falta de Deus, como diz, ao que O feriram de morte. Cristo faz a purificação no sacramento do Batismo. Ele não é apenas uma purificação exterior, mas uma mudança total, a partir da fé professada por Pedro: “Tu és o Cristo de Deus”... é a salvação que nos reveste de Cristo. “Vosso pranto se tornará uma festa”. 
Leituras: Zacarias 12.10-11;13,1; Salmo 62; Gálatas 3,26-29;Lucas 9,18-24.
Ficha: nº1868 - Homilia 12º Domingo Comum (23.06.19) 
1. O processo de conversão vai aos poucos mudando a figura nossa em Cristo (configurados).
2. Assim como acontece com Ele, deve também acontecer com o discípulo. 
3. Cristo, no batismo, realiza nossa purificação. 
Mudando de roupa
É uma peleja mudar a roupa. É um tal de olhar e ver se serve. Tirar porque não combina. O tempo está mudando. No fim nos alegramos com o elogio ou ficamos com cara de tacho com o erro que fizemos. Pobres podem não ter esses problemas. Mas incomoda. Pior é quando existe uma de mudança de roupa interior, onde é o alfaiate e nos traz um novo modo de vestir por dentro. O espelho é o Filho que é também a roupa nova que vestimos. Paulo nos Diz que fomos batizados em Cristo. Por isso revestidos Dele. Revestir-se é seguir Jesus e se lavar no batismo.

sábado, 15 de junho de 2019

nº 1866 - Homilia da Sol. Santíssima Trindade (16.06.19)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista 
Trindade que amamos 
Mistério que explica 
O mistério não encobre a luz, mas é uma luz que nos abre à verdade que se comunica. Quando falamos de Santíssima Trindade, já vem logo a expressão: “É um Mistério insondável que nos bloqueia e nos impede de podermos dizer: ‘Eu vi Deus e não morri’”. Os judeus temiam a visão de Deus por que causaria a morte. Mas não foi essa a impressão que Jesus nos passou. Aliás, Ele abriu o regaço do Pai para acolher todos os filhos, sem distinção. A Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, Se revelou na maturação para dar a compreender a ação de Deus na história. Jesus, em suas atitudes e palavras, nos fez chegar ao conhecimento do Pai. O Filho nos revelou o Pai (Mt 11,27). Ele tomava as decisões em união com o Pai e o Espírito. Celebramos a festa da SSma Trindade, depois de termos encerrado a celebração do Tempo Pascal. Estamos diante de um mistério que se abre ao conhecimento e participação. Não há segredo que não sabemos, mas abertura total à qual Jesus nos introduziu (Jo 8,38). A Palavra de Deus tira o véu e nos leva à Vida. Sabemos que o Espírito Santo, dado pelo Pai, nos fará compreender tudo o que Jesus ensinou. Ele é a viva memória presente na Igreja para a compreensão sempre mais viva de Jesus e de seu desígnio de Salvação. Tudo o que Jesus fez para nossa salvação não se perde no esquecimento na natureza humana, pois o Espírito mantém viva sua memória e nos colocará em contato vivo com o Pai pela Verdade que é o Filho. A Palavra é sempre viva e eficaz (Hb 4,12). Pela própria Palavra podemos entender toda a Palavra. 
Viver para louvar. 
É sempre difícil falar sobre a Santíssima Trindade, como vimos. Diferentemente é fácil deixar que Deus fale através de seus filhos queridos e de sua natureza tão amável. Parece-me que hoje temos que destrancar os grandes portais de tão grande mistério e debulhar nos dedos da fé, o rosário dessas maravilhas. Viver é dar a vida. Assim fez Jesus, assim espera que façamos. Sabemos pouco de Deus. Quanto mais pensamos que sabemos, mais se abre o tesouro do coração Divino para penetrarmos tão preciosa maravilha. É um mistério que se contempla. Para Vós, até o silêncio é louvor. Ao refletirmos, procuramos explicar o que sabemos. No mistério da Trindade, explicar é louvar. Não podemos passar por essa verdade sem sentir que ela nos envolve em seus tentáculos de amor. Não sabemos como dizer. A palavra da Sabedoria é justamente o texto de Provérbios (8,22-31): Quando o Pai realizava as obras do Universo... “Eu estava ao seu lado como mestre-de-obras; Eu era seu encanto, dia após dia, brincando, todo o tempo em sua presença, brincando na superfície da terra e, alegrando-me em estar com os filhos dos homens” (30- 31). 
Primeira e última letra 
Toda beleza do Universo criado na força do Espírito, colhida de um jogo amoroso do Pai com o Filhinho, para transmitir felicidade e alegria. Vemos que o mundo tem medo de ser criança feliz. Assim corresponde ao modelo desenhado pelo Espírito para estar presente em todos os seres criados. Preferimos uma religião e vida de patrão e escravo. É mais cômodo, pois o amor nos põe em total relação para a obra do amor. Esse amor não nos decepciona mesmo nas tribulações: “A esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5). Celebrar a SS.ma Trindade é celebrar a festa do Mistério Pascal realizado em nós.
Leituras: Provérbios 8,22-31;Salmo 8;
Romanos 5,1-5;João 16,12-15. 
Ficha nº 1866 - Homilia da Sol. Santíssima Trindade (16.06.19) 
1.A revelação da Trindade se faz pelo amor com que Jesus nos amou. 
2.No mistério da Trindade explicar é louvar. 
3.O Universo criado no amor, só é compreendido no amor. 
Farra da molecada
Na busca de compreender os sagrados mistérios sempre achamos pontos difíceis. A prova é feia, quando o assunto é profundo. Passamos mal e nos satisfazemos com uma ignorância marota. Não sei, é mistério. Deus age ao contrário: Quanto mais profundo mais podemos compreender na simplicidade. Por isso Jesus coloca como explicação o amor que recebe do Pai. Sente-se garoto no amor do Pai. Na criação do mundo, como nos ensina o livro dos Provérbios, o Pai ajuntou o que havia de anjo miúdo e moleque, e os colocou como engenheiros. Saiu tudo como brinquedo de criança. Foi uma farra da molecada brincando e criando. E o Pai gostou tanto que fixou como a maravilha do amor. O universo é retrato de seu Filho Amado.

domingo, 9 de junho de 2019

nº 1864 - Homilia de Pentecostes (09.06.19) Homilia da festa de Pentecostes (09.06.19)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista 
Bendize, minha alma ao Senhor! 
Santificai a Igreja 
Depois da Ascensão de Jesus aos céus, celebramos agora a festa de Pentecostes. A descida do Espírito Santo sobre os discípulos. Essa festa acontece através de uma grande simbologia. Tivemos um longo tempo quaresmal que nos instruiu através de ricas leituras das Escrituras. As profundas verdades da fé são explicadas por meio de símbolos acessíveis ao nosso conhecimento. Não podemos perder de vista a unidade do Mistério Pascal de Cristo pelo qual fomos resgatados para fazer parte do Corpo de Cristo e sua missão. Infelizmente, não somos catequizados sobre a missão do Espírito Santo na vida no Corpo de Cristo que é sua Igreja. Quando se celebrou o Concílio Vaticano II, chamou-se à atenção para ausência do Espírito em alguns documentos. Depois houve a contribuição e o interesse da Renovação Carismática. Há um risco de ver a ação do Espírito Santo como uma devoção, como um santo a mais. Sua missão, na Trindade, está em nos alertar que vivemos os tempos da missão do Espírito. O Pai é o Criador, o Filho é ser o Redentor, e o Espírito Santificador. Não podemos voltar ao individualismo espiritual. Ele é o Santificador da Igreja. Por Ele vivemos a comunhão com de Deus. Podemos ter tranqüilidade.
Viver do Espírito 
São poucos os ensinamentos de Jesus depois da Ressurreição. Poucos, mas não diminuem o ensinamento. Jesus está ensinando tudo, em poucas palavras. As narrativas já muito conhecidas. A síntese que Jesus apresenta é a chave de leitura. Ele aparece a eles no domingo. O Dia do Senhor alerta que é fundamental para a Igreja reunir-se porque ali é que o Espírito fala e sustenta a comunidade. O ensinamento do dia da Ressurreição coloca a comunidade a viver a Ressurreição, celebrando o dia do Senhor. Dá-lhes o modo de viver: na paz e em todo fruto da paz que vem de Deus. Essa manifestação de Jesus, garante sua presença. Ele é o mesmo que dá a vida. Suas chagas dão a certeza de que é Ele mesmo que se comunica com os discípulos e dá o sentido dessa nova vida. A vida da comunidade terá como missão a reconciliação pessoal com Deus e entre si. Reconciliação não é uma atitude individual, mas a restauração de todos em Cristo. 
Doador dos sete dons 
Rezamos na oração da coleta a frase: “Realizai agora no coração dos fiéis as maravilhas que operastes no início da pregação do Evangelho”. Pentecostes é um modo permanente da vida dos discípulos. Toma a imagem da diversidade dos dons. Esses dons não existem em função individual, mas para o bem de todos. A atividade dos ministérios e dos dons, mas o Espírito é um só. O que cada um possui é para o bem comum. A manifestação que o Espírito dá a cada um para o bem comum (1Cor 12,11), Todos formamos um só corpo unido a Cristo para o bem de todos. As diversidades das nações no primeiro encontro significam que o Dom da Redenção é para todos os povos. O evangelho pode ser lido e entendido em todas as línguas. Todas as línguas podem ser veículo da evangelização. Não podemos parar, pois o Espírito é como vento, vencendo todos os obstáculos. 
Leituras: Atos 2,1-11;Salmo 103; 
1Coríntios 12,3b-7.1213; 
João, 20, 19-23 
Ficha nº 1864 - Homilia de Pentecostes (09.06.19) 
1.Sua missão, na Trindade, nos alerta que vivemos os tempos da missão do Espírito. 
2.É Ele mesmo que Se comunica com os discípulos e lhes dá o sentido dessa nova vida. 
3.Todos formamos um só corpo, unido a Cristo para o bem de todos. 
Voo sereno
Há um uso espiritual que pode ser rico na ordem da graça, mas que perde a unidade da vida espiritual; É Jesus aos pedaços. Tudo, por causa de uma espiritualidade individualmente exacerbada. Certamente há muita riqueza de devoção e piedade. Mas devoção e piedade podem ser eivadas de uma satisfação espiritual sem compromisso com a verdade do Evangelho. A Palavra de Deus é viva e eficaz (Hb 4,12). É a ela que devemos prestar contas. O Espírito, na linguagem bíblica, é como fogo, como a água para que tenham vida os que se põe a seguir a Cristo. Depois da Ascensão de Jesus ao Céu, estamos nos tempos do Espírito Santo. Sua importância para a vivência do Evangelho, que é vivo e ativo. O Espírito trás aos fiéis, continuamente, a água viva, o fogo em seu calor e movimento. Ele vivifica a sua Igreja.