terça-feira, 27 de dezembro de 2022

IR. MACEL VAN Viet-Nam.

Primeira infância
 
Ir. Marcel Van (Joaquim Nguyen Tan Van), nasceu no dia 15 de março de 1928, em uma família cristã. Seu pai, Joaquim Triet era alfaiate e sua mãe Ana Maria, trabalhava no campo de arroz e era parteira. Criança formada com carinho e muita piedade. Ele era alegre, gentil e brincalhão. Sua irmã Ana Lê, lhe foi de grande alegria no seu nascimento. Atualmente é uma quase octogenária irmã redentorista no Canadá. O desenvolvimento espiritual do menino, que por sinal era muito pequeno, se faz com serenidade e muita profundidade sob a orientação da mãe e de uma das avós. Era apaixonado pelas brincadeiras, deixando mesmo a refeição, mas ao toque do sino deixava tudo. Gostava de rezar o terço e brincar de fazer procissões, como é muito a gosto dos vietnamitas. Depois do nascimento da irmã, quando tinha 4 anos, é levado para a casa da tia para ajudar na educação. O ambiente não é o mesmo da casa materna, onde a religião era em menor conta. A tia lhes contava a história do santos. Ele se punha a dizer que queria se santo. Era tão pequeno que diziam que seria santo de bolso. Volta para casa dos pais quanto já tem 6 anos. Faz o catecismo para a primeira comunhão. Sabia de cor as respostas do catecismo. O padre diz: “Nunca pensei que sta criança fosse tão espera e inteligente. Ao fazer a confissão no confessionário, mesmo de pé, não alcançava a grade. Tiveram que trazer um genuflexório para aumentar a altura. Quer muito o diálogo pessoal com Jesus, mas as orações são comuns. Oferece a Deus sua primeira comunhão pelo seu papai, que, depois que seu filho Liêt ficou cego, ele se deu ao jogo e bebida, esquecendo-se da família. Van prometeu não beber vinho por toda a vida. Pouco tempo depois recebe a crisma. Desde logo desejou ser padre. A partir da primeira comunhão este desejo se tornou sempre mais forte.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

ANTÔNIO SOLARI. Oblato Redentorista

Nascimento: Ciávari (Itália) – 27 de janeiro de 1861. 
Por 1865 a família mudou-se para Argentina, Buenos Aires. Vive ambiente familiar de religiosidade, num meio anti-clerical. 
O Pai, em constantes viagens à Itália, ali morre em 1881. 
Seu irmão assume a família, tem um trabalho público. 
Fica doente e tem que abandonar.
Antônio entra a trabalhar em um escritório de advocacia, tendo o encardo de procurador. 
Assim sobe de posto. 
25 de outubro de 1883 – chegam os redentoristas a Argentina 
Oblato redentorista 
Oblato da Congregação dos padres redentoristas, terciário dominicano, sócio da Confraria do Santíssimo Sacramento da catedral, estava continuamente rodeado de pobres que socorria e instruía.
Insigne catequista, especialmente para os operários e jovens. 
Fundou a Associação dos jovens cristãos, um oratório festivo, a conferência de São Vicente dos jovens, a missa dos estudantes, que nos últimos anos reunia 1500 estudantes, com a participação das autoridades eclesiásticas civis e acadêmicas de Buenos Aires. 
O centro dos estudantes secundários das Vitórias, o centro da alfabetização dos operários, o lar S.Vicente de Paulo para as famílias de operários inválidos, foi também colaborar e propagador de diversas outras obras de apostolado, principalmente dos Círculos Operários fundados pelo Pe Frederico Grote, CSsR.
Morre aos 14 de julho de 45, 84 anos, 6 meses e 17 dias.

domingo, 18 de dezembro de 2022

venerável Pelágio Sauter, Apóstolo de Goiás

Pe. Pelágio Sauter nasceu dia 9 de setembro de 1878, na aldeia de Hausen am Thann (Alemanha) e foi batizado três dias depois. Seus pais, Matias Sauter e Maria Neher, tiveram 15 filhos. Dois deles (Pelágio e Gaspar) tornaram-se padres redentoristas. Em 1892 Pelágio recebeu os sacramentos da Primeira Eucaristia e Crisma. Trabalhou dois anos como aprendiz de serralheiro numa cidade vizinha. Em 1894 ingressou no Seminário Redentorista em Bachham. Estudou ainda em Dürrnberg (onde foi aluno do Bem-aventurado Pe. Gaspar Stangassinger) e terminou seus estudos ginasiais em Gars am Inn. A 8 de setembro de 1902 consagrou-se a Deus pelos votos religiosos de Pobreza, Castidade e Obediência. Dia 16 de junho de 1907, foi ordenado presbítero por Dom Antônio Henle em Deggendorf. Quando convidado para vir ao Brasil, aceitou logo, pois sempre quis trabalhar nas missões estrangeiras. Dia 6 de agosto de 1909, desembarcou no Rio de Janeiro, com mais quatro confrades. Nunca mais voltaria para rever a pátria. Estes 52 anos foram assim distribuídos: Cerca de 5 anos em algumas paróquias de São Paulo, e os outros 47 em Goiás. Durante esses longos anos desenvolveu múltiplas atividades pastorais. Nunca foi Superior canônico. Seu apostolado predileto foram as "desobrigas" no sertão goiano. Percorreu centenas de comunidades, quase sempre a cavalo, tornando-se conhecido e estimado pelo povo. Onde mais trabalhou, foi em Trindade, famoso Santuário de Goiás, dedicado à Santíssima Trindade. Os romeiros vinham visitar o Divino Pai Eterno na festa, mas não voltavam sem pedir também a bênção do Pe. Pelágio. Dedicou-se com carinho aos pobres e enfermos. A quantos abençoou e curou das doenças do corpo e da alma! A quantos visitou nas próprias casas. Não tinha hora marcada para os que o procuravam em suas aflições e necessidades. Dizem as crônicas que somente num ano visitou cerca de trezentos enfermos. Seus últimos cinco anos foram dedicados unicamente à pastoral dos enfermos. Ficaram famosas as bênçãos que dava na igreja matriz de Campinas/Goiânia, todos os dias de manhã e à tarde. Contam-se muitas curas extraordinárias, atribuídas ao seu carisma curativo. Algumas não tiveram explicação médica. Também sua morte está ligada a um ato de caridade. Ao visitar uma pessoa enferma, apanhou chuva na volta, ocasionando-lhe forte pneumonia. Foi internado na Santa Casa de Misericórdia, e assistido carinhosamente pelo corpo médico, confrades e amigos. Mas sobreveio um enfisema pulmonar, com outras complicações, tudo agravado pelos achaques da idade. Após uma semana de sofrimentos, morreu santamente às 13 horas do dia 23 de novembro de 196l. Tinha 83 anos. Por isso é chamado o apóstolo de Goiás. Casa em que nasceu Pelágio em 1878. Nela nasceram seus ascendentes e descendentes. No seu frontispicio se lê a data da construção: 1826. Hoje está nas mãos de um estranho. Muitos acham que deveria ser readquirida e transformada num museu histórico. Pelágio residiu aqui até os dois anos de idade. Depois a familia mudou-se para outra localidade, a 200 kms. onde o menino viveu até seus 16 anos.

Casa em que nasceu Pelágio em 1878. Nela nasceram seus ascendentes e descendentes. No seu frontispicio se lê a data da construção: 1826. Hoje está nas mãos de um estranho. Muitos acham que deveria ser readquirida e transformada num museu histórico. Pelágio residiu aqui até os dois anos de idade. Depois a familia mudou-se para outra localidade, a 200 kms. onde o menino viveu até seus 16 anos.

Refletindo a Palavra | PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA (wordpress.com)

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

VENERÁVEL PADRE VITOR COELHO DE ALMEIDA

O Padre Vitor Coelho de Almeida nasceu dia 22 de setembro de 1899, em Sacramento (MG), filho de Leão e Maria Sebastiana. 
Aos 12 anos entrou para o Seminário Redentorista Santo Afonso, em Aparecida. 
Em 1918 fez sua profissão religiosa em Perdões e dia 5 de agosto foi ordenado sacerdote em Gars Am Inn, na Alemanha onde fizera os estudos de filosofia e teologia. 
Voltando ao Brasil, dedicou-se às missões populares, vivendo, sobretudo em Aparecida. 
E, de 1925-1929 em Araraquara. 
Depois de ter estado em Campinas de Goiás, de 1933-1940, residiu em Araraquara e S. Paulo. 
Sua generosa disponibilidade, seu estilo simples e a linguagem fácil fizeram-no muito popular nos estados de S. Paulo, Paraná, Minas Gerais e Espírito Santo. 
Acometido de tuberculose, foi internado sanatório divina Providência de Campos do Jordão. 
Depois de sete anos de dolorosas tratamentos, suportados com evangélica paciência, não podendo retornar às missões por causa da saúde precária, voltou a Aparecida para trabalhar no Santuário. 
Por 36 anos fez missão através da Radio Aparecida, fundada com sua contribuição em 1951 e da qual foi diretor de 1965 a 1970. 
Ainda hoje, permanecer inesquecíveis entre o povo suas alocuções radiofônicas e seus programas – Os Ponteiros Apontam para o Infinito, Consagração a N.S.Aparecida e Entrevista com os Romeiros. 
Através da Rádio, Pe. Vitor pode evangelizar também aqueles que viviam nas regiões mais remotas e abandonadas do Brasil. 
Podia ser facilmente encontrado pelos peregrinos que, depois da participação das missas, pediam para conhecê-lo, conversar com ele e tirar uma foto. 
Dia 21 de julho de 1987, depois de uma embolia pulmonar, faleceu em Guaratinguetá, no Hospital Frei Galvão, com a idade de 87 anos.
A notícia de sua morte fez acorrer para os funerais, celebrados no dia seguinte na Basílica de N.S.Aparecida, uma multidão de certa 20.000 pessoas. 
Seu processo de beatificação foi aberto dia 12 de outubro na basílica de N.S.Aparecida, na missa das 11 h.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

PE. VITÓRIO LOYODICE (Província Napolitana)

- Pioneiro de dois hemisférios – 
* 25.07.34 – Corato. 
12.03.51 – Noviciado. 
20.03.52 – profissão religiosa. 
19.09.57 – Ordenação. 
01.05.59 – partida para Colômbia (23.02 – Cartagena). 
18.09.61 – chegada a Roma. 
08.02.63 – Ida para a Espanha. 
22.11.84 – Ida para a Argentina. .
89 – Ida para Montevidéu. 
 +16.10.16 – falecimento. 
01.10.42 – Abertura do processo. 
Corato tem ligação com a congregação. Ali em 1732 atua S. Geraldo com seus milagres. Ali nasce Pe.Antônio Tannoia (1727-1808). Publicou a vida de Santo Afonso (1798-1802). Ali também nasceu João Camilo Ripoli (180-1850) – 18 anos superior geral da congregação. Seu avô era médico, era francês, entrou exército de José Bonaparte e Murat. Casou-se com a nobre Margarida Azzariti de Corato. Morreu na campanha napoleônica da Rússia com 42 anos. Teve dois filhos: Mariana que aos 19 anos se casa com José Loyodice, homem de grande formação humana e religiosa. Foi educado no seminário (aberto) de Bisceglie. Tiveram 11 filhos, dos quais 11 sobreviveram. Vitório é o 2º, batizado com o nome de Vitório Maria Geraldo Cristóvão Luis. Nasce no dia 28 de julho de 1834. Assemelha-se mais à mãe, filha de um francês, de cabelos loiros, pele branca, olhos claros, inteligência rápida, extraordinária vivacidade. Era chamado o francês. Quando menino, passando diante de um quadro de N.S.do Bom Conselho tendo ao lado 2 anjos e com busto de Santo Afonso, sem auréola, (entre os anos 1808-16), subindo, os 2 garotos vêm S. Afonso fazer um gesto de convite. Correu a contar à mãe que não acreditou no fato e diz: “Oxalá S. Afonso te tivesse pego pelos cabelos e te tivesse levado consigo você é muito moleque”.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

PADRE EMANUEL RIBERA - Itália

Padre Ribera nasceu a 02 de março de 1811 em Moffeta d Publia, perto de Bári, costa adriática. Tem-se a tradição que tenha sido evangelizada por Pedro. É região de mártires. A origem de sua família é espanhola do século XIII. Seu pai se chamava Vicente Ribera, morto em 10.07.1828. Sua mãe Elisabete Cozzoli. Ele é o primeiro de 3 irmãos e duas irmãs. Sua formação religiosa se funda muito nas leituras. Desde pequeno tem o hábito das leituras. Lê S. Afonso e Sarnelli. Em junho de 1823, com 12 anos entra para o seminário diocesano como aluno. É jovem de grandes virtudes. Aos 16 anos escreve, por ordem do bispo Caracciolo, um regulamento de vida interior para os seminaristas. O pai que retirá-lo quando demonstra vocação. O bispo o protege. Aos 15 anos recebe as ordens menores. O pai morre e deixa os pequenos a seus cuidados. Boccassini, reitor, diz que ele tem vocação para as missões. Não conhecia a congregação. Faz um retiro com um livro de S. Afonso, o que lhe define a vocação. Nas férias cai-lhe nas mãos o livro de Tannoia sobre a vida e o instituto de Santo Afonso. O padre que o convidara para almoço era um ex-redentorista que assistira a morre do santo. Fugindo de uma chuva dão de cara com uma carroça que traz uma cruz. Eram os redentoristas. Convidado, corre e entra em uma delas. E fala da questão da vocação para a missão. O padre escreve ao Superior Geral, Pe. Celestino Cocle. Deve se apresentar em Nápoles. A mãe não queria. Aos 15.05.1830 entra para o noviciado. (Escreve dia 15 de maio de 1855: aos 25 anos de minha aceitação no Instituto depois de tantas perseguições... decido viver mais fervorosamente e perfeitamente). Um irmão leigo o leva. Pede para fazer-se santo. Sua vestição foi dia 04.06.1830. É um noviço de sólidas virtudes. Faz profissão religiosa aos 28.05.1830. Vai para Deliceto onde faz filosofia e teologia, tendo como professor o Pe. Lordi, que será superior geral. Tinha boa memória. Conhece bem S. Paulo, tem grande devoção ao Ssmo e a Nossa Senhora. É de observância exata. Continua a teologia em Materdomini e Pagani. Sabe de cor as Glórias de Maria. É ordenado Sacerdote dia 14 de março de 1835. Vai para a vida apostólica. Faz o segundo noviciado. É pregador insigne. Preparava-se com a oração e o jejum. Sua mãe se faz religiosa e vai morar em Roma. Trabalhando como missionário teve que suspender para repouso em 1838. O Cardeal Caracciolo, que fora já seu bispo, o quis em Nápoles para pregação na cidade. Pregava retiros em especial aos universitários. Foi mestre de noviços em substituição a Di Netta em 1839. É um exemplo, uma imagem do Redentor, salientando o culto à Eucaristia e Maria. Em 1842 está muito doente. O Cardeal Vigário de Roma o chama para resolver negócios da mãe que era a superiora franciscana. Vista as igrejas e conhece santo. Ele mesmo tem grande fama de diretor espiritual. Em 1846 está em Santo Antônio a Társia, em Nápoles, onde passa por diversas doenças. É diretor espiritual de Bartolo Longo, atualmente beato. Ajuda-o na obra caritativa de Pompéia. Trabalho no apostolado dos livros que muito difunde. Em 1851 passa por perigosa enfermidade, como sucessivamente nos anos 67. 69. 71. 73. Sofreu 37 anos de bronco-pneumonia . No ano de 1860 acontece a revolução. São supressas as casas. Retira-se entre os padres escolápios. Em 1864 deve procurar outro lugar. Em 12.2.67 passa a viver em uma casa particular. No dia 08.04.1874 ele morre, às 7,30 da manhã. Dia 26.08.86 faz-se a exumação. Realiza a cura de um padre que estava com tifo.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

PADRE JOSÉ MARIA LEONE

Itália. 23 de maio 1829 -09.08.1907 
Nasceu em Trinitapoli, Foggia, no dia 23 de maio de 1829. Foi aceito entre os redentoristas com reservas por causa de seu delicado estado de saúde. Mas fez sua profissão religiosa em Ciorani dia 23 de março de 1851 e foi ordenado padre em Amafli dia 31 de dezembro de 1854. Impossibilitado por causa da saúde de ir à missões, tornou-se renomado pregador de retiros e diretor espiritual e seu escritos de doutrina espiritual. Viveu algum tempo com a família quando os confrades foram dispersos pelo garibaldinos. Com o retorno da paz foi enviado como formador dos jovens redentoristas. Morreu em Angri dia 9 de agosto de 1907. O processo de beatificação foi iniciado. Foi levado para Pagani em 1920 e para Pompei em 1971 onde é venerado atualmente.

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

PADRE FRANSCICO PITOCCHI- Itália - 21.09.1852 – 13.06.1922

Nasceu em Vico, na diocese de Alatri, dia 21 de setembro de 1852. Foi ordenado sacerdote em Alatri dia 22 de maio de 1875. Estando trabalhando na paróquia de Vico, conheceu os redentoristas de Frosinone quando pregaram missões e retiros a seu pedido, e acabou por se juntar a eles. Professou em Santo áfonos em Roma dia 8 de setembro de 1885. Por um tempo ensinou retórica aos estudantes da província romana. Em 1887 editou as cartas de Santo Afonso. É lembrado como confessor e diretor espiritual do Clero. Foi confessor do Seminário Romano de 1898 e em 1913 foi indicado como diretor espiritual do Colégio Leoniano por Pio X. Muitos eclesiásticos importantes o tinham como diretor espiritual, inclusive o beato Papa João XXIII. Morreu em Santo Afonso, Roma, dia 13 de junho de 1922 R. Mezzanotte, Pe Francesco Pitocchi, grande confessore de cardeais e prelados, Roma 1959; SH, 31 (1983)233-330

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

IR. Angel Vesga Fernández Espanha

Nasceu em Herramélluri, província de Logroño ou Rioja, onde nasceu em 1º de outubro de 1886. Nasceu em uma família profundamente cristã. Em 1902 foi postulante em El Espino, onde faria a profissão religiosa como irmão coadjutor redentorista em 16 de outubro de 1910. Exerceu vários ofícios nas várias comunidades por onde passou, pois era hábil em tudo, mas sobretudo era especializado em carpintaria. Eu estava em Valência há muito tempo. Ele tinha uma piedade sincera, mas também um temperamento forte e espontâneo, pelo qual não se coibia de expressar publicamente, mesmo diante de estranhos, sua repulsa aos inimigos da religião e da ordem. Quando a revolução estourou e ele deixou a comunidade valenciana, refugiou-se com o Pe. Dionísio Monroy em uma casa da Gran Vía. Mais tarde, no final de julho ou início de agosto de 1936, por insegurança, mudou-se para o n. 4 da praça General Primo Rivera; aqui permaneceu mais seguro até 22 de setembro, quando os milicianos substituíram a Guarda Civil, que guardava o prédio por ser a sede do Consulado Argentino. Parece que uma empregada do bairro descobriu a condição religiosa do Irmão para os milicianos, que o prenderam em 30 de setembro; Levaram-no embora e nunca mais se ouviu falar dele. Vicente Elejalde Arroyo, da mesma comunidade redentorista de Valência, veio à casa pouco depois para perguntar sobre ele. Ele ainda podia ver como estava sendo levado por uma patrulha de uns 8 ou 9 homens com fuzis, descendo a avenida Mariano Reverter e depois atravessando a ponte Aragón. Já passava das 19h. Foi encontrado morto em Cabañal, a caminho de Tránsitos, entre alguns juncos. Alguns documentos dão a data de seu falecimento em 5 de outubro de 1936, pois foi nesse dia que o corpo foi recolhido pela Corte. No entanto, o padre Vicente Elejalde acredita que a execução ocorreu na mesma noite de sua prisão, por volta da madrugada de 1º de outubro. O cadáver foi sepultado no Cemitério Geral de Valência, seção 5, direita, fila 8, letra número 2. Na lista nominal dos mortos pelos Vermelhos está escrito: “Ángel Vesga Fernández, Redentorista. Idade, desconhecida; doença, ferimentos a bala; lugar da morte, auto-estrada Tránsitos, auto-estrada Aragón”.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

IR. SANTIAGO MARGUSINO FERNÁNDEZ ESPANHOL

Nasceu dia 24 de julho de 1863, em Muga de Alba, província de Zamora. Aos 24 anos entra como postulante em Astorga. Fez sua profissão religiosa como irmão redentorista dia 19 de março de 1891. Foi destinado à fundação de Porto Rico, voltando à Espanha em 1897. Depois de passar por várias comunidades chega a valência em 1917, onde permanecerá até o momento de sua morte. Alguém que conviveu com ele dá este testemunho: “Homem de poucas palavras, mas de muitos feitos pelo bem da comunidade em que vivia. Nunca ficava ocioso. Estava sempre ocupado com o trabalho ou com a oração. Fazia com perfeita ordem tudo o que lhe era encomendado. Modelo de caridade e respeito religioso. Sua presença era garantia de ordem e pontualidade, com grande satisfação para os da casa e estranhos. Era bom em todos os ofícios, mas trabalhava principalmente como alfaiate e sacristão”. Ao explodir a revolução, o irmão Santiago buscou a hospitalidade de D. Carmen Aparisi y Guijarro. Ali não fazia outra coisa que rezar, não tirava o terço das mãos enquanto esteve naquela casa, como nota uma das empregadas de D. Carmen. Esta senhora teve que fechar a casa, mas, antes deixou o irmão instalado em uma pensão da rua Serrano nº 10. Ela pagava todos os meses a pensão para o irmão. Depois de muitos sustos, por fim no dia 23 de outubro se apresentaram sete militares e levaram o irmão juntamente com um jesuíta que estava na mesma pensão e os fecharam no cárcere das Torres de Cuarte. Aqui já estava encarcerado o Pe. Benjamin Piorno, da mesma comunidade de Valência. Um dia levaram um aviso ao Padre dizendo que o irmão estava de cama e queria falar com ele. Estava mal e já se pensava na morte. Queria confessar-se, o que fez fervorosamente. Reconhecida a gravidade do irmão, chamou-se o médico, pessoa sensata e católica ao qual se comunicou a condição religiosa do irmão. O médico deu ordem de que fosse levado ao Hospital, Antes, porém, para reanimá-lo, deram-lhe uma injeção de óleo canforado. Assim pode vestir-se por si mesmo, despediu-se da sala e desceu as escadas até chegar ao carro que o levaria ao hospital. Que aconteceu depois? Morreu pelo caminho? Foi assassinado. Certo é que ao chegou ao hospital. Desapareceu sem deixar rasto nem nos registros do hospital, nem nas listas dos cárceres, nem nos cemitérios. A data de sua morte ficou para o dia 23 de dezembro de 1936.

sábado, 12 de novembro de 2022

IR. Celso Alonso Rodriguez Espanha

Nasceu em Rioseras, província de Burgos, em 28 de julho de 1896. Seu irmão era o padre Angel Alonso, missionário redentorista em terras americanas falecido em 1969. Fr. Celso, antes de entrar no convento, desempenhou a humilde tarefa de pastor. Sua tendência à piedade o levou a ser admitido como postulante do Irmão Coadjutor ainda muito jovem em 1913. Em 25 de dezembro de 1920, fez sua profissão religiosa como Redentorista. Aqueles que o conheceram guardam uma agradável lembrança de sua figura física e moral. Alto, musculoso, ativo, em movimento contínuo, simples, franco e jovial; incapaz de mentir e nem mesmo de dissimular. Estava sempre pronto para qualquer serviço que lhe fosse solicitado. Sua caridade e preocupação em cuidar dos doentes merecem destaque sem se preocupar com cansaço, sacrifícios ou repugnância. Foi o serviço pelo qual ele mais se preocupou. Quando a revolução estourou, eu estava em Valência havia apenas alguns meses. Normalmente vivia fora da comunidade, cuidando do idoso Pe. Antonio Mariscal, já em viaticado e asilado nas Irmãzinhas dos Pobres. No dia 24 de agosto faleceu o Pe. Mariscal, e o Ir. Celso não pensou em mudar de refúgio. As Little Sisters o incluíram como enfermeiro no Asilo. Junto com o Irmão havia dois jesuítas, desempenhando as mesmas funções. Tudo correu bem, até que em setembro o Asilo ficou sob Controle Vermelho. Em 28 de setembro, os três religiosos foram presos e levados em um carro. Desde aquele dia, todos os vestígios deles foram perdidos. Ao final da guerra, seu corpo pôde ser identificado com a ajuda de M. Irene Ruiz, Superiora do Asilo. Em sua ficha constam as seguintes informações: “Irmão Celso Alonso. Idade, desconhecida; data de sua morte, 1º de outubro de 1936; local do assassinato, Monteolivete; pessoas que participaram do crime são desconhecidas; doença, ferimentos a bala”. “M. Irene Ruiz, superiora do Asilo, quis perpetuar a memória de todos os mártires do Asilo, e para isso mandou colocar a imagem do Sagrado Coração de Jesus no pedestal, que fica no pátio central do o Asilo, os nomes de todos. A lista é encabeçada pelo ex-capelão do Asilo. Entre os mártires há também o nome do simples e caridoso irmão redentorista coadjutor, que ali se tornou, como em tantos lugares, tudo para todos, segundo o espírito do Mestre”.

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Ir. Rosário Vito Domenico Adduca. Sicília.

Pais: Pai: Carmine Adduca (*30.11.1763 - + 18.09.1808) Mãe: Maria Cappariello (*10.11.1768 – +21.07.1817) Família vive em Maschito (Potenza). Casaram-se dia 23.07.1785. Tiveram 6 filhos. O 3º é Rosário, por causa da festa de N.S.do Rosário, dia do batismo dia 7.10.1793. Crisma no dia 24.06.1795. De pequeno tem um grande amor a Maria, o que lhe foi ensinado pela Mãe. Aprendeu a ler e a escrever com o Padre Vicente Pelosa. Aos 10 anos faz a primeira comunhão. NO dia 18 09.1808, morre o Pai com 44anos. Rosário procura o trabalho de pastor. A solidão lhe era lugar para a oração. Enquanto as ovelhas pastavam, ele rezava. Levava consigo, santinhos e vela. Vocação: A família procurou-lhe um casamento quando tinha 20 anos. Com a insistência da família pede para pensar 7 dias. Conversando com o pároco que lhe diz: seu coração dever ser todo e sempre consagrado a Deus, recusou. Por ali passaram os redentoristas. Por ali nascera Domingos Blasucci e Paulo (Reitor-Mór da Congregação). Segue o relatório do pároco que o ensinara a escrever: “Atesto eu, o abaixo-assinado, pároco da Matriz, sob o título de Santo Elias, Maschito, diocese de Vanosa, que Rosário Adduca de Carmine, meu paroquiano, é um jovem de ótimos e puríssimos costumes, freqüentador da Igreja e dos Sacramentos, com edificação tanto minha como de toda a população. É um leigo de espiritualidade”. “No dia 1º de janeiro de 1824 entra para o noviciado Fr Adduca Rosário de Masquito”. Não se sabe quem foi o mestre nem onde. Recebe a batina dia 29 de junho de 1824. Terminado o ano de prova não emite os votos após os primeiros meses. Deveria esperar um tempo (anos) como todos os irmãos. Do noviciado vai a Pagani e é destinado à Sicília. Passa por Masquito. A mãe morreu antes – 21.07.1817. Não tem ligação com os parentes que não o esqueceram, mesmo a um século de distância. Vai para Agrigento aonde chega entre a metade de 1824 e metade de 1826. Não se têm documentos, porque, pela supressão de Garibaldi em 1860 se perderam as crônicas e documentos dos conventos. Os redentoristas chegaram à Sicília pela primeira vez em 1761. O bispo fizera uma biblioteca e confiara aos redentoristas. Um espertalhão mandara cartas aos bispos pedindo ajuda para a missão em nome de Afonso de Liguori. Ir. Tartaglione, que buscava a correspondência, um dia por acaso, chega primeiro e pega as cartas. Assim se descobre. Afonso escreve ao bispo dizendo do fato e o que faz com o dinheiro. O bispo responde que deve aplicar nas missões e pede padres para sua diocese. No dia 03.10.1768 morre o bispo. Os padres são perseguidos. Santo Afonso os recolhe em 1773. O povo se revolta e o rei permite a casa a 3.12.1774. Em 1775 os padres voltam. Dirigem de novo a biblioteca. Há um bibliotecário, um vice e um atendente. Quando estava à porta ou rezava ou fazia terço. Em 1854 inaugura-se a Igreja de Santo Afonso. É primeira a ele dedicada. Pe. Cocle, superior geral, escreve ao superior de Agrigento: “Se ordena ao Reitor de Girgenti, de mandar o irmão Rosário A Sciacca para fazer o segundo noviciado sob as ordens do Reitor e do Pe Guadagnino, e irmão Plácido vá em seu lugar. Estão no dia 08.07.1827, faz a profissão. Volta a Agrigento e à biblioteca. Em 1831 houve visita canônica. Esta diz no relatório: Ir. Rosário de Maschito, bom filho, mas sem saúde. Participa de Missões. Nos anos 21.11.1830 – 29.1.1831 – Missão de Licata. Participou só de 3 missões. (Naró – 04.12.35 – 01.02.1836. S. Stevano di Quisquina de 10.04 a 10.5.1836. Igreja de Santo Afonso 02.08.1854) Em 1851 houve mudanças. A comunidade é composta por 7 padres e 3 irmãos. Entre eles está Rosário que é o sacristão. Sempre em serviço. Não se sabe se antes já fora sacristão. Mas exerce até o fim de sua vida. Neste tempo testemunhou suas virtudes. Era rápido. Parecia que não punha os pés no chão. Quando não tinha trabalho, ajoelhava-se parar rezar. O povo se recomendava às suas orações. Para ele o irmão sacristão devia ser modelo e exemplo. Pe. Berutti, no seu relatório (1853.29.09) elogia a comunidade pela edificação que provoca no povo. O bispo Cirino Rinaldi diz que “fazem grande bem...através das missões e de sua integridade, bons costumes e exemplo ao povo. Decreto de Garibaldi: No dia 17.06.1860, obriga a todas as comunidades se dissolverem e sair da Sicília. Em 25.06.60 confiscam os bens. No dia 7 de julho, a comunidade cercada pela guarda nacional foi mandada de navio (pequeno) para Malta. Ir. Rosário fica para guardar a Igreja porque estava velho e doente. Ali fica do dia 07.07.1860 até 18.06.60, dia da morte. Fatos milagrosos se contaram. Morte: Não podendo sair do quarto, Afonso Manto cuida dele e da Igreja. Estando com ele é mandado sair. Afonso, sai e me deixa só. Este permaneceu fora, olhando pela greta. Assenta-se sorri para o quadro de Nossa Senhora das Graças, absorto. Afonso entra e ele está morrendo. São 10 hs do dia 19 de agosto de 1860, com 66 anos, 10 meses e 12 dias. Era dia de Santo Afonso na Igreja. Com fama de santidade. Foi enterrado na Igreja de Santo Afonso, aos pés do altar de N.S. das 7 Dores. Nesta Igreja trabalhou também o Pe Fiorini (em processo). Os padres voltaram em 1914, 1º de fevereiro. Ao reformar o piso da Igreja foi encontrão seu túmulo no dia 13.09.1929, havia poucos ossos. Em 27.10.81 a comunidade decide levar adiante o processo de beatificação. Em 17.05.83 fizeram a exumação dos ossos. Em 04.01.1984 fizeram a transladação dos ossos. A abertura do processo foi no dia 14.04.85. Em 1993 colocaram no monumento.

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

IR. JOÃO BATISTA STÖGER Áustria.

        04.10.1810 –Viena.

01.01.1836-Entrada para o convento.

19.03.1839–Recebe a batina e o nome de ir. Colomano.

18.03.1840 – Profissão.

03.11.1883 - Morte.

30.10.1898 – Abertura do processo. 

  Na casa paterna 

Seus pais chamavam-se José e Isabel. Moram num bairro perto de Viena (Enzersfeld) – têm propriedade e um parreiral para vinho caseiro. Família religiosa e de oração.Pai é severo e jejuador. A mãe tem 8 filhos (os dois primeiros morrem). Nasce João e depois dele tem mais 5, dos quais morrem dois. Duas irmãs se fazem monjas redentoristas. A mãe pede ao pároco que encaminhe as filhas para as redentoristas.Seu tio Miguel tem uma propriedade, é religioso e influencia João. Leva-o para suas devoções. Na sua formação está presente também Santo Afonso. Conhece também a influência de S.Clemente.Foi aluno aplicado na escola, acima do normal. Gosta de livros e faz uma biblioteca onde se encontram livros de Santo Afonso. Tem até pinturas de Sto.Afonso.Em sua juventude quis ser padre, mas o pai o impediu. Aos 15 anos é encarregado de cuidar dos animais. Mora na cocheira. Lê muito, mesmo quando vai de carroça à cidade. São tempos de crise na sociedade. Ele tem grande espiritualidade e vida de oração.É grande amigo das crianças. É sempre chamado a ser padrinho de crisma. Num ano teve 8 afilhados. É bom companheiro saindo sempre com os colegas para peregrinações. É estimado pelo povo, alegre prestativo e simpático. Vai a Viena toda semana levando legumes e leite.Sua vocação religiosa se anuncia. Procura mensalmente o confessor Pe. Máximo. Depois dele o Pe. Medlener, redentorista.Tem uma espiritualidade voltada para os sofrimentos de Cristo. Repete sempre a música Deixa-me cantar teu sofrimento”. Já preanuncia sua vida dolorosa. 

Quer ser religioso: 

Aos 24 anos, idade de assumir a direção do sítio, pois o pai já é idoso. O pai lhe pergunta se quer casar? Responde-lhe João: Pai, casar? De jeito nenhum.. O pai sabia de sua vida de oração. Não é simples. Ele vai aos redentoristas, franciscanos e jesuítas. Eles não têm terra para cuidar. O irmão franciscano Dídaco, que recolhe esmolas, vai à casa de João e o aconselha buscar os padres de Hofbauer. A mãe pede ao pároco, Pe Pio, que converse com João e escreva ao Pe. Passerat que o aceita. Dia 1º de janeiro de 1836, despede-se e vão de carroça para Viena. Os livros vão junto. 

Na Congregação: 

È tempo de guerras e revoluções. Em 1789 a revolução francesa. Em 1813 Napoleão é batido em Leipzig. Em 1815 acontece o Congresso de Viena. As conseqüência ficam. É o tempo do iluminismo e o josefinismo. O grupo de românticos iniciam a contra-corrente, comandados por Clemente. O povo apóia e segue. Também seu pai e o tio apoiaram Clemente. 

Primeiras experiências na Congregação:

João entra na congregação e vai para Weinhaus, propriedade agrícola, onde vai aprender a fazer o pão como Ir. Gostinho. Ele leva os legumes e o leite para a casa com  carrinho de mão. É uma comunidade sem superior, com confusão que atrapalha o candidato irmão.

Noviço: Dia ‘9.03.39 inicia o noviciado com o nome de Ir. Colomano. Mais tarde para irmão Batista. Tem duas virtudes: a humildade e a obediência. Pontual, dócil e aberto. Dialoga. Mandam-no para Weinhaus. Pede revisão e é mandado para Eggenburg. Aí trabalha na horta até à morte, 40 anos sofrendo e cantando: deixa-me cantar teu sofrimento. Dia 18.03.40 faz a profissão religiosa. Sua vida é o heroísmo do dia a dia. 

Personalidade:

Amor a Deus e rezador: a oração ocupa largo espaço na vida de João. Vive a presença de Deus, chegando a grande contemplação. Levanta-se às 3 hs para fazer via-sacra e oração. Às 5 h, oração da comunidade e missa da qual é acólito. Gosta da Palavra de Deus. É silencioso. Trabalhador e rezador. “Este irmão salvou mais almas com sua oração do que todos os padres com sua pregação”. 

No trabalho: Oração e trabalho são a unidade de sua vida Faz o trabalho com tal fervor como se estivesse realizando uma ação litúrgica. Como hortelão e jardineiro prepara flores para a capela. 

Confiança em Maria: Continua suas peregrinações, preferindo o santuário Pulkauer Brünnl,perto de Eggenburg.Quando começa a faltar chuva vai lá.O povo vendo-o diz; “O irmão Batista vai indo, logo vem a chuva”. Quando vai, leva os que pouco saem de casa. 

Amor ao próximo: Atencioso para com cada um. Severo para consigo mesmo não exige dos outros. Diz: “A regra não é o retrato, é a moldura”. Nesta moldura que é comum a todos cad um procura encaixar o seu retrato conforme a natureza de cada um e a medida da graça. 

Despertador: Era o despertador da comunidade. Quem vai à meditação às 5,30, deve levantar-se às 5h. Quando sabe que um confrade gasta só 15 minutos, ele o deixa dormir um pouco mais, voltando 15minutos mais tarde para acordá-lo. Ajuda quem precisa mesmo em que lhe seja pedido. Não deixa o hóspede sozinho esquecido. 

Doentes: Oferece-se para passar a noite com os doentes mais necessitados. Sua delicadeza para com os doentes só pode ser comparada a um anjo. 

Amigos: Tem amigos na região os quais visita nos dias em que as pessoas não estão ocupadas por causa do mau tempo. 

Amor misericordioso: Respeitoso, não fala mal, não agride. Não julga. 

Caminho da humildade: Grande veneração para com os sacerdotes. Quis ser padre mas o pai não deixou. Ajuda à sacristia com carinho. Quer bem aos confrades. Faz os trabalhos duros. Procura passar desapercebido. 

Caminho da pobreza: trabalha no jardim, faz o pão, prefere as coisas pobres. 

Sofrimento e morte: 

Acompanha o tempo litúrgico em suas orações. Na meia idade lhe aparece um problema no pé que o acompanha. As dores aumentam. Rompes-se uma veia e ele cai sem sentidos. Trabalha ajoelhado para acabar uma tarefa. Deve deixar o trabalho. Ajuda nos serviços da cozinha. Não pode deitar-se ou andar por causa da perna. Passa o dia e a noite nua cadeira de encosto, cheio de paciência.Tentação e angústia: Acrescente-se o sofrimento espiritual: escrúpulos, sentimentos de culpa, angústias. Recorre a Maria. Tem suas lutas com o demônio. Sofre de desconsolo interior. Sente-se abandonado por Deus. Sente-se no inferno e sem fé.Tudo está consumado: Dia 03.11.1883 pede: hoje quero ficar deitado no chão. Agita-se, dá gritos e emudece. Tem tremores. Recomenda-se à oração das 7 h às 3,30 da manhã, quando diz: agora está bom. Pede para ir para a cadeira. Adormece tranquilamente no Senhor.

Túmulo glorioso: sepultamento concorrido. Tem seu túmulo visitado. Em 1898 abre-se o processo. Seu corpo é exumado. A província tem continuado o interesse por seu processo.

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segunda-feira, 17 de outubro de 2022

PE. ISIDORO FIORINI Itália – Sicília.

23.05.1867 – Nascimento. 
25.09.1885 – Noviciado. 
01.11.1886 – Profissão religiosa. 
13.06.1897 – Ordenação 
24.07.1956 – Morte. 
Nasceu em Schifelli. Seus pais foram Alexandre Fiorini e Rosa Campoli. O pai faleceu em 1876. Passaram grande misérias. A mãe vai trabalhar no galinheiro da comunidade e Isidoro fazia alguns serviços pela casa. Um padre o instruía e também muito lhe falava da Sicília. Em 1883 pediu para entrar na Congregação. Iniciou o noviciado em Roma (Convento S.Afonso) em 25.09.85. Aí fez os estudos sob a orientação do Pe. Pitocchi. Vê confrades de todo mundo que o anima a vastos horizontes. 10 anos de estudos e de empenho de vida religiosa. Seu defeito era a ira. Daí vai para Cortona para continuar os estudos. No dia 13.07.1897 recebe a ordenação sacerdotal. Transferido a Schifelli vai a Bussolengo para pregar missões. No dia 23.03.1902 recebe uma carta do superior Geral que o transfere para a Sicília para a cidade de Uditore. Par pregar depois da supressão garibaldina. Faz grandes missões. Recebiam abusos dos liberais maçons. Sofre por doenças que o incomoda. Na missão de Partana recebe (1913) a notícias da morte da mãe. Em 27.05.1915 é transferido para Agrigento. Ele é acolhedor, bondoso e compreensivo. Surge, nesse tempo, a guerra do império austro-ungárico. É transferido para Sciacca como superior da casa (terminara a guerra). Retorna Uditore. Tem uma capelania para retiros e cuida espiritualmente dos uditorenses. Chama uma missão Prega missões. NO meio de tanta atividade mantinha-se em contemplação. Visita também as famílias do campo. Retorna novamente Agrigento e vive uma segunda juventude. Livre, dedica-se às missões com grande apreço do povo. As igrejas ficavam cheias. O povo queria sua presença. Confessa o tempo todo. Nunca disse não aos superiores. Longa permanência em Uditore: Volta a Uditore, reforma a Igreja e se torna disponível à missões Trabalha nos diversos setores.É procurado elos seminaristas para as confissões Um servo de deus se confessa com Ele.Preocupado com a juventude, prega retiro aos sacerdotes Dá apoio à Ação Católica. Receberam a visita de um visitador muito duro e centralizador. Ele escreve ao geral protestando em nome dos outros. O Geral responde: “Será que Nosso Senhor agradaria a vocês?” Obedece. Última etapa em Agrigento: Voltando a Agrigento prepara o centenário da canonização de S. Afonso. Atende o povo. EM 06.02.42 é nomeado superior de Rometta. O Geral muda de idéia. Mesmo sendo velho continua a pregar e confessar. No dia 24 de julho, de 56, tendo ido confessar irmãs, volta de ônibus, mesmo tendo sido oferecido um taxi. Pelas 20 chega diante da casa. Desceu, mas a batina se prendeu e fechada a porta, o ônibus partiu arrastando o padre que fica com as pernas sob as rodas de trás. É levado ao hospital. Levado para casa morreu dia 25.07.56 com 89 anos 2 meses e 2 dias.

terça-feira, 11 de outubro de 2022

PADRE BERNARDO LUBIENSKI Polônia

Nasceu em Guzów, perto de Varsóvia no dia 9 de dezembro de 1846, o segundo de doze filhos de uma família polonesa nobre e muito religiosa. Seus pais: Tomás e Adelaide Wentworth Lubienski. O seu avô, ministro da justiça e culto, foi quem assinou o decreto de expulsão de São Clemente de Varsóvia. Bernardo em 1856 manifestou o desejo de ser padre. Com a idade de 12 anos, em 1858 foi enviado por seus pais a S. Cuthbert’ College em Ushaw, na Inglaterra, onde seu irmão Henrique já estudava. Foram mandados para fora do país para não sofrerem a influência russa. Durante os estudos Bernardo foi ajudado e protegido por seus parentes Irene e Carlos Bodenham, que viviam em Rotherwas em Herefordshire. Em 1862, Bernardo decide ser padre. Um retiro o anima à vida religiosa. Entrou na Congregação Redentorista em 1864 em Bishop Eton, perto de Liverpool onde, aos 6 de setembro de 1864 começou o noviciado e em 7 de maio de 1866 fez seus votos religiosos. O pai não queria sua vocação. Bernardo fez os estudos de filosofia na Inglaterra, que neste período pertencia à província Holandesa. Fez seus estudos teológicos em Wittem, na Holanda e foi ordenado sacerdote em Aachen (Alemanha) a 29 de dezembro de 1870. Completou seus estudos e teve seis meses de campanha missionária em Perth na Escócia. Em 1873 Bernardo passou a ser secretário do Pe. Roberto Coiffin, o provincial da Inglaterra (neste tempo já província), mais tarde bispo de Soutwark. Dedicou-se também ao trabalho pastoral na paróquia de Clapham em Londres. De 1875 a 1882 participou juntamente com outros missionários em cerca de 20 missões, a maior parte em grandes cidades como Birmingham, Londres, Manchester. Ele trabalhou também no apostolado entre os emigrantes poloneses na capital inglesa. Depois de receber uma especial bênção do Papa Leão XIII, em 22 de junho de 1883 Bernardo voltou à Polônia, estabelecendo-se em Mosciska para re-implantar a Congregação (Atualmente Ucrânia). Ele dizia, que queria reparar o mal que fizera seu avô que assinara o decreto expulsando S.Clemente de Varsóvia. Durante esta estadia, primeiro na casa redentorista de Mosciska perto de Przemysl e depois em Cracóvia e em Varsóvia, ele se dedicou a um intensivo trabalho missionário, apesar de uma parcial paralisia com a qual ele sofreu desde a idade de 39 anos. Influenciou todas as classes sociais da Polônia pregando, escrevendo livros religiosos e propagando o culto à Virgem Maria, em especial sob a invocação do Perpétuo Socorro. Tornou-se um famoso missionário, a quem o povo considerava um santo. Em seu trabalho apostólico evangelizou também na Rússia - Siberia, pregando missões até Wladivostok no mar do Japão. Ele era chamado de o missionário aleijado, pois, por causa de um problema ele mandou pelo resto da vida. Depois de longos anos de trabalho missionário morreu em Varsóvia no dia 10 de setembro de 1933. Em 17 de junho de 1982, iniciou-se seu processo de beatificação. Agora estamos esperando a declaração da heroicidade de suas virtudes e o milagre necessário para a beatificação.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

PADRE ANTONIO LOSITO - ITALIANO

Nasceu em Canossa aos 16.12.1838. Nasce órfão, pois o pai foi esmagado por um barril de vinho. Tinha apenas 38 anos. Pais: Antonio Losito e Celeste Russo (Morre 10 anos depois). Foi criado pela ao. Morre-lhe também a avó. Encontra-se com o clérigo Loyodice de Corato. Decidiu-se ao ver o jovem (grande fundador e províncias e servo de Deus). Aos 17 anos pede a entrada, em bom latim. Aprovado pelos consultores gerais. Entra para o noviciado 24.11.1855. Faz a profissão no dia 24.10.56. Faz teologia em Materdomini (Escritura, Moral e Santos padres). No relatório está escrito: “Losito tem saúde boa, é forte e prudente. Virtuoso e com tendência ao escrúpulo”. Fica bom tempo em casa para curar-se. Foi ordenado dia 19.03.1862. Havia muitos estudantes e poucos paramentos. Ficou para o outro domingo, mas foi ordenado dia 5 de abril, com dispensa de 8 meses e 20 dias. Faz da vida um dom para os outros. Neste período são supressas todas as casas religiosas pelos anticlericais. Em 1861 foram ameaçados de serem fusilados acusados de acolher bandidos. No Natal são expulsos e ficam somente dois padres para cuidar da casa: Tramontano e Losito. Depois fica Tramontano e Losito é expulso. Vai para sua casa em Canossa onde fica 20 anos. Manteve a vida religiosa. O povo acorria a ele. Distribui o que tem em casa. Sua espiritualidade está fundada no Santissimo Sacramento, Maria e Menino Jesus. Em 1886 volta para a Congregação. Vai a Pagani onde vive em uma casa particular. De 1887 - 1907 é prefeito dos estudantes em Pagani. Tinha grande interesse em que os estudantes pudessem conhecer os outros ritos. Por isso aproveitava para que pudessem conhecer e participar dos ritos caldeu e armênio. Introduziu o jogo de bochas. O castigo de quem perdia era cantar uma Salve Rainha. Era duro nas chamadas que fazia aos estudantes. De uma feita mandou embora 7 estudantes que mantinham correspondência secreta. De 1907 a 1909 foi reitor de Pagani. Tinha 60 anos. Consegue a declaração da Igreja como Basílica Pontifícia. Tem grande cuidado com os pobres. De 1909 a 1912 foi provincial. Cuida do Santuário de S. Geraldo. Amava as tradições populares. Foi diretor espiritual de Bartolo Longo de quem apóia a obra no Santuário de N.S. Rosário de Pompéia. Através da direção espiritual tem contato com tantas pessoas ilustres. Prega a bispos. Escreveu ao Rei da Espanha. É amigo dos cardeais. Um Cardeal amigo apresenta-o ao Papa. Estabelece com ele grande amizade. A porta está sempre aberta para o senhor, lhe diz o Papa Pio X. Consegue muitos benefícios. Mandava laranjas do jardim de Santo Afonso. O Papa lhe escrevia. Nos 50 anos o Cardeal Van Rossum vai festeja-lo com um cálice presenteado pelo Papa Bento XV que quis conhece-lo. Ajuda a Cidade de Canossa nas dificuldades. Sofre de 1870 a 1890 de um tremor que lhe impedia de celebrar. Tem câncer na bexiga. Morre dia 18.07.1917 às 9,15. Foi exumado 27.10.1920. Canossa o quis entre eles. 
(Pe. Salvatore Brugnano)

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Padre Pedro Romero Espejo Espanha

Nasceu em 28 de abril de 1871 em Pancorbo, província de Burgos. Sua família, profundamente cristã e caridosa, viu bem sua inclinação para a vida sacerdotal e religiosa, então colocaram Pedro para estudar latim com um dominado da cidade, o que lhe permitiu fazer alguns cursos quando ingressou no seminário redentorista de E1 Espino em início de 1886. Professou como Redentorista em 24 de setembro de 1890 e recebeu a ordenação sacerdotal em 29 de fevereiro de 1896. Durante os primeiros anos de sua vida sacerdotal dedicou-se intensamente ao ministério das missões; coisa que foi diminuindo aos poucos. “Por causa de seu modo de ser, excessivamente estreito de consciência, ele teve que se aposentar relativamente cedo da vida ativa. Por outro lado, também não tinha grandes qualidades para o púlpito. Como ele não era estúpido e percebeu a causa de sua prisão, ele realmente sofreu. Segundo o testemunho de um de seus colegas, Pe. Romero era: “Sério como jovem, sério como noviço, sério como estudante, sério como pai e missionário. Religiosos muito observadores da Regra, muito amantes da pobreza. Nunca se ouviu falar menos corretamente de um confrade. Com ele sempre foi muito austero”. Quando a revolução estourou, Pe. Romero deixou o convento à força e refugiou-se nas Irmãzinhas dos Pobres. No Asilo ele era apenas mais um velho. Ali era feliz porque podia continuar a vida conventual: rezava a missa, rezava o breviário, de vez em quando saía à rua para exercer o seu ministério. Quando o Asilo caiu sob o controle da CNT, ele teve que sair. Algum tempo depois entrou na Casa da Caridade, mas não podendo ouvir as blasfêmias que martelavam em seus ouvidos, saiu de lá dizendo que preferia morrer na rua. “Desde então, os moradores de Cuenca puderam contemplar uma estranha imagem: a de um frade mendigo, mais que um mendigo, que passava pelas ruas com seu jeito de mendigo, sua blusa escura, seu cobertor xadrez preto e azul e a bolsa em que guardava algumas roupas, os objetos piedosos e os pedaços de pão que recolheu. Todos sabiam que ele era religioso. Muitos o conheciam pessoalmente. Não se esquivou de revelar o breviário, o rosário e o crucifixo”. Ele recusou todas as ofertas feitas para buscá-lo por famílias amigas; Não queria comprometê-los e, além disso, tinha mais liberdade para exercer o apostolado. Com a saúde quebrada, ele passou a pensar na prisão como um benefício. Em maio de 1938, ele conseguiu 'por causa do descontentamento com o regime'. Eu estava em um estado de verdadeira miséria. Por sorte, ali encontrou um verdadeiro anjo da guarda na pessoa do jovem Gabriel Lozano, sacristão de Rubielos e, mais tarde, coadjutor jesuíta. Assistido dia e noite por este jovem, por um agostiniano de Zamora e por D. Trifón, Vigário Geral da diocese, foi lentamente exausto, até que expirou nos braços do jovem Gabriel Lozano. Era 4 de junho de 1938.
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sábado, 24 de setembro de 2022

IRMÃO VICTORIANO CALVO ESPANHOL

O Irmão Victoriano Calvo nasceu em Horche, província de Gualaraljara, dia 23 de dezembro de 1896. Seu nome era Victor. Na Congregação passou para Victoriano. Teve uma infância muito piedosa. Era um homem de muita reflexão. Tinha gosto pelas leituras piedosas. A regra de São Bento lhe fez nascer a vocação religiosa e o introduziu nas penitências. Sem orientação sente o vazio da vida que o cerca. Com a morte da mãe voltaram as primeiras inclinações. Durante uma missão pregada pelos redentoristas em sua aldeia, retomou sua piedade, aumentado muito. Rezava enquanto segurava o arado ou manejava a enxada, até perceber que era demais. Lia muito. Lia obras de Santo Afonso. O tio ameaçou de queimar os livros, ao que respondeu que primeiro devia queimá-lo. Quis estudar, mas era tarde e não tinha como se sustentar. Fez o serviço militar em Madri. Busca os redentoristas, mas a timidez fê-lo voltar atrás. No quartel quiseram levá-lo por engano a uma casa alegre. Ao se dar conta voltou atrás indignado. Afinal expõe sua idéia ao pai que se opõe e procura tirar-lhe a idéia da cabeça. Tinha como amigo o pároco. O pároco pede seu ingresso na Congregação como irmão. Saiu de casa sem avisar ninguém, deixando uma carta de explicação. Já era de maior. Era 31.03.19. Ingressou na Congregação em 1919. Dia 2 de abril é postulante. Aos 12.11.19 recebe o hábito. Fez sua profissão religiosa dia 20 de novembro de 1920. Foi hortelão e ocupa todos os ofícios. Muito habilidoso para todos os trabalhos. Parco em palavras, rendendo muito nos trabalhos. Era um enigma para quem o via. Depois de passar por diversas comunidades, em 1925 estava em Cuenca. Era porteiro e sacristão de Cuenca, na Igreja de São Felipe. Mas poucos o conheciam. Era calado, mas não intratável. Era afável e afetuoso com quem ser harmonizava. Tinhas amigos com quem tratava a vida espiritual (Paulina Muñoz). Seu afeto era informado pelo espiritual. As irmãs Paulina e Eugênia eram zeladoras do altar da Virgem. Paulina era de grande formação espiritual e de profunda experiência de Deus. Escolhe o silencio irmão como seu diretor espiritual em sentido pleno (com permissão e recomendação do Pe. Leoz, superior de São Felipe). Paulina o narra em sua autobiografia que é profunda e de correta doutrina. A partir de abril de 1929 foi diretor espiritual. Ir. Victoriano deixou escritos sobre vida espiritual. Paulina morre em 1933 e Eugênia salva os escritos de ambos. Escreve para Paulina retiros espirituais com grande propriedade (ele era um bom leitor). Reassume um livro de Lehodey sobre o santo abandono e o ilustra com Santa Tereza, São João da Cruz e São Francisco de Sales, Saint-Jure e Santa Terezinha. Em seus escritos releva seu íntimo. A amizade espiritual foi frutuosa para o irmão. Diz: “Ganhei mais nestes 5 anos que em todos de minha vida religiosa”. Ele era um irmão de formação de escola rural e pode exercer uma direção espiritual que é um assombro para os diretores espirituais de ofícios. Ele se ofereceu para a difícil missão da China. Quando começa a guerra, seu primeiro refúgio, depois que estourou a guerra, foi a cada de D. Eugênia Muñoz e depois o seminário. Dia 10 de agosto de 1936 foi lavado dali juntamente com o padre Xavier Gorosterratzu. Foram imolados juntos às primeiras horas da manhã. Ele era calado. Foi morto por ser religioso. Quando se procedeu a exumação de seu cadáver, se viu que o tórax estava todo quebrado, o que faz supor que depois de morto ainda massacraram seu cadáver.

domingo, 18 de setembro de 2022

Beato Padre Julian Pozo Ruiz Espanha

Nasceu em Payueta, província de Álava, em 7 de janeiro de 1903. Após uma infância exemplar, ingressou no Seminário Menor Redentorista de E1 Espino em 30 de agosto de 1913. Professou como Redentorista em 26 de agosto de 1920. Pouco depois da profissão, a tuberculose foi declarada, o que interrompeu seus estudos. No entanto, ele foi capaz de receber a ordenação sacerdotal em 27 de dezembro de 1925. Os superiores o enviam a várias comunidades em busca do clima mais adequado à sua saúde. Eu estava em Cuenca quando a guerra estourou. Apesar de sua doença, “ele sabia servir a Deus com alegria, e nunca houve uma expressão de cansaço ou pessimismo em sua juventude desperdiçada, nem palavras de amargura ou decepção dele. O espírito sobrenatural deu-lhe virtude, humor e otimismo.” No dia 20 de julho, deixou o convento, refugiando-se, junto com o Irmão Victoriano Calvo, na casa das irmãs Dª Eugenia e Dª Joaquina. À pergunta dos proprietários: Se você vier ao cartório, o que você vai dizer?” Pe. Pozo respondeu: Bem, nos apresentemos como o que somos: religiosos e redentoristas. Não temos mártires. Vamos ver se somos os primeiros!... Como não valho nada, pouco se perde. Por ordem do superior, Pe. Pedrosa, foram para o seminário. Daqui foi levado no dia 9 de agosto junto com o padre D. Crisóstomo Escribano. “P. Pozo morreu como viveu: na atitude amorosa de vítima; na postura de um mártir clássico: ajoelhando-se e rezando o terço; na postura que era tradicional para o golpe do machado nos antigos mártires. O piquete de execução colocou as balas em seu cérebro, nas primeiras horas de 9 de agosto; o lugar é meticulosamente detalhado: segundo hectômetro do quilômetro 8 da estrada de Cuenca a Tragacete. Não sei; mas certamente ele sorriu para os carrascos e para as balas. Ele sempre sorriu para todos e para tudo, e pode-se assegurar que não perdeu o sorriso, mas com a vida”.

terça-feira, 13 de setembro de 2022

BEATO PE. MIGUEL GOÑI ARIZ ESPANHA

Miguel Goñi nasceu em Imarcoáin, Navarra, em 27 de abril de 1902. Depois de uma infância profundamente piedosa, ingressou no Seminário Menor Redentorista em 8 de setembro de 1913. Em 26 de agosto de 1920 fez a profissão religiosa e recebeu a ordenação sacerdotal em setembro 27, 1925. Por alguns anos se dedicou ao ministério de missões, até que seus pulmões se esgotaram e ele teve que se dedicar quase exclusivamente ao ministério interno de nossas igrejas. Chegara a Cuenca no início de 1936. Ambos foram gêmeos no martírio. Saindo do convento, refugiaram-se na casa do cónego D. Acisclo Domínguez. Poucos dias depois receberam a hospitalidade do beneficiário da catedral de Almería, D. Enrique Gómez. Eles logo perceberam o perigo em que estavam. Pensando nisso, Pe. Olarte disse, referindo-se à próxima festa de Santo Afonso, disse: “Vamos passar o dia de Santo Afonso no céu”. E assim foi. No dia 31 de julho, depois de ter celebrado a Missa na casa de D. Enrique, a turba apareceu; Eles os revistaram e levaram tudo o que tinham e, entre o ridículo e as blasfêmias, os conduziram pelas margens do Júcar até uma clareira que servia de pedreira, perto da usina chamada 'El Batán'. Lá eles atiraram nas vítimas, deixando-as inacabadas. Não há uniformidade em apontar qual das duas vítimas durou várias horas viva, lutando entre chocalhos de agonia. O coletor central, D. Anastasio García, abordou-os por volta das seis da tarde, e a essa altura os dois já haviam morrido. Às 22h, o tribunal chegou para recolher os corpos. Eles os colocaram na mesma caixa e os enterraram na vala comum. Quando os corpos foram exumados em abril de 1940, Pe. Olarte “estava com a cabeça intacta, embora os buracos de bala pudessem ser vistos. Seus lábios eram flexíveis e sua língua suave; o peito, com carne rosada; notamos em seu rosto magro a expressão de dor aguda.” Quanto ao Pe. Goñi: “O esterno foi quebrado, o ombro esquerdo afundado, um efeito sem dúvida dos golpes da queda rolando pelo barranco. Você podia ver em seu rosto os efeitos de uma agonia prolongada e extremamente dolorosa.
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quarta-feira, 7 de setembro de 2022

PE. CIRÍACO OLARTE Y PEREZ DE MENDIGUREN Espanha

Padre Ciriaco Olarte nasceu em 8 de fevereiro de 1893 em Gomecha, província de Álava. 
De família eminentemente religiosa; três irmãos eram padres e duas freiras; aos cinco anos já ajudava na missa. 
Ingressou no seminário menor de El Espino em 21 de setembro de 1904. 
Professou em 8 de setembro de 1911 e recebeu a ordenação sacerdotal em 29 de julho de 1517. 
Caráter aberto, alegre, entusiasta, abnegado e prestativo. 
Depois de uma curta estadia na Espanha, foi enviado ao México em 1920. 
Lá trabalhou incansavelmente até que a revolução mexicana o obrigou a deixar o país. 
Retornando à Espanha em 1926, dedicou-se ao ministério das missões em várias comunidades, até que em 1935 chegou a Cuenca.

sábado, 3 de setembro de 2022

PADRE JAVIER GOROSTERRATZU JAUNARENA - Espanha

Javier Gorosterratzu nasceu em Urroz, Navarra, em 28 de agosto de 1877. Uma missão pregada pelos Redentoristas em uma cidade próxima não despertou sua vocação religiosa. Ele já tinha 16 anos, então entrou para o Irmão Coadjutor. Como tal, iniciou o Noviciado em 25 de agosto de 1895; mas, ao descobrir sua vontade de estudar, fez a profissão, já como corista, em 8 de setembro de 1896. Em 25 de dezembro de 1903 recebeu a ordenação sacerdotal. Os primeiros anos sacerdotais foram dedicados ao ensino de Filosofia no Seminário Maior; Mais tarde, ele viveria por muitos anos em Pamplona, ​​dedicado ao ministério das missões tanto em basco quanto em espanhol. Ele também foi confessor do MM por muitos anos. Burlada Redentoristas, ministério de sua direção espiritual, que foi muito apreciado. Ele tinha dons como historiador; Entre seus escritos destaca-se 'Don Rodrigo Jiménez de Rada', premiado pela Real Academia de História. Chega a Cuenca em 1933 e aqui a guerra o surpreende. A 22 de julho deixou o convento e refugiou-se na casa de D. Elpidio Miranzo. Por causa dos registros, no dia 28 mudou-se para o Seminário onde o Bispo e outros padres estão refugiados. Os testemunhos que temos sobre sua conduta nesses dois refúgios nos apresentam "como um apóstolo incansável, encorajando a todos com suas palavras e sua presença, sendo mestre de suas ações até o último momento". Em 10 de agosto, foi retirado do seminário para ser executado. Ele foi morto a caminho do cemitério. Como o coveiro de Cuenca teve o cuidado de anotar todas as informações que pudesse sobre os Redentoristas assassinados em Cuenca, não foi difícil encontrar seus restos mortais. Quando, após a guerra, seu corpo foi exumado, seu corpo foi encontrado bem preservado e com carne macia.

domingo, 28 de agosto de 2022

PE. FRANCISCO BARRECHEGUREM MONTAGUT * 21.08.1881 - + 07.10.1957 ESPANHA.

Na hagiografia cristã, o caso de D. Francisco é um caso único: casado, pai, viúvo, religiosa redentorista, sacerdote. Sua vida foi a de um novo Jó: órfão de pai com um ano de idade e de mãe aos 5 anos. Por 18 anos sofre do estômago, sua filha fica enferma aos 13 anos e morre aos 21. Sua esposa se torna louca e o faz andar pela estrada da amargura. Contudo está sempre afável, bondoso, com um sorriso nos lábios, dando graças a Deus: Bendito seja Deus que me leva por um caminho verdadeiramente extraordinário de cruzes. Nasceu dia 21 de agosto de 1881. Seus Pais Manuel e a mãe Manuela, Ele nasceu em Lérida e ela, em Barcelona. Batizado no dia 31 de agosto do mesmo ano. Um tio será o tutor de suas grandes posses. E ele vai morar com duas tias em Granada. É de saúde frágil. Faz a primeira comunhão aos 7 anos, antes mesmo da permissão de Pio X. Sobreveio forte febre inexplicável. Esta será sua marca: sempre carregando alguma cruz. Inicia seus estudos no Colégio Aguilera e Palo, de grande fama. Recebeu forte informação religiosa e intelectual. Participava efusivamente de todas as festas. Sua noiva, Concha Garcia, era sua vizinha de frente e eram amigos desde os 7 anos. O namora e noivado terminaram com o casamento no dia 2 de outubro de 1904. Fizeram longa viagem de núpcias, passando por diversos paises, inclusive Roma, onde puderam estar na Igreja de Santo Afonso diante do quadro de N.S.P. Socorro do qual era devotíssima D. Concha. Pediram por acaso ao cocheiro que parasse diante da Igreja. Tiveram oportunidade de uma audiência com o Papa S. Pio X. Tinham uma elegante casa de tres andares na Gran Via 20, onde vivem 22 anos, até à morte de Conchita no primeiro andar. Sr. Francisco herdara de sua família. Ele é o tipo impecável, tem um temperamento alegre e simpático, de fino humor, bondoso e sorridente, ocultando o que se passava em seu interior.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Padre Guilherme Janauschek

23.10.1859 – 30. 06.1926
 
Nasceu em Viena dia 23 de outubro de 1859. Fez os votos como redentorista em Mautern dia 28 de abril de 1878 e foi ordenado em Mautern dia 29 de agosto de 1881. Depois de sua ordenação foi destinado para trabalhar na formação em Mautern. Em 1885 foi nomeado Diretor do seminário em Leoben e em 1890, mestre de noviços. De 190-9107 foi o provincial da Áustria e continuou a exercer diversos ofícios até sua morte. Foi 14 anos superior Permaneceu sempre um homem de oração. Apesar de sua agitada vida, sentia muita alegria ao participar das missões que ele pregou em diversas regiões da Áustria e Alemanha, e mesmo uma vez, na Rússia. Toda sua vida foi devotada ao confessionário atraindo penitentes de todas as classes. Sua extraordinária santidade de vida era evidente para todos, sendo sempre um agradável e querido companheiro. Pe. Janauschek morreu em Viena dia 30 de junho de 1926. Sua causa de beatificação foi aberto em novembro de 1934.

terça-feira, 16 de agosto de 2022

VENERÁVEL ALFREDO PAMPALON. Prov. De Montreal.

*02.11. 1867-Quebec. 
08.09.86- noviciado. 
08.09.87 - profissão religiosa. 
Filosofia (87-89) e teologia (89-93) em Beauplateau. 
03.10.92 - ordenado diácono. 
04.10.1892 - ordenado sacerdote (24 anos). 
04.09.1885 - retoma ao Canadá. 
+30.09.1896- Quebec. 
1906 - pede-se a introdução da causa. 
22.02.22 - decreto de introdução da causa de beatificação. 
14.05.1991 - Declaração da heroicidade das virtudes. 
"Admiro este santo jovem, sua doçura, sua alegria, seu amor à eucaristia e á Ssma Virgem Maria. Mesmo que sua espiritualidade seja do século XIX, o jovem Alfredo serve-nos de .modelo. É um jovem nosso, nascido no território de Quebec, nas terras da América. Sua vida, sem um brilho particular, pode ser a mesma para aqueles e aquela que se inflamam por um ideal, um grande sonhos, que querem desabrochar, que procuram a felicidade sua e dos outros. '"No terceiro milénio, nesta época de retomo ao paganismo, a figura de Alfredo nos ilumina. Ele é uma flor de virtudes que desperta a juventude e leva-a ao ideal da verdadeira vida" Ele esclarece com seu exemplo os documentos do Concílio sobre a santidade do laicato, do sacerdócio e da vida religiosa. (Pé Geraldo Derochers, cssr biógrafo). Ligado ao grande santuário de SantAna de Beaupré, onde trabalhara seu pai. Os redentoristas têm cuidam do santuário desde 1878. Eram da província Belga. Vai fazer o noviciado em Saint-Trond, na Bélgica, partindo dia 22 de julho de 1886, com outros 6 colegas, tendo 18 anos e 8 meses. Laja está seu irmão Pedro; redentorista em Beauplateau. O mestre diz deste noviciado: "O grupo de noviços é dos mais turbulentos e difíceis de conduzir". A formação religiosa conserva, neste tempo, muito rigor. Ela se impregna da influência austera do Venerável Padre Passerat, redentorista. Vigário Geral por longos anos, substituto de S.Clemente, morto em 1858 na Bélgica. Teve dificuldades nos estudos de filosofia e menos nos estudos de teologia. No dia 11.10.1887, ajuda a primeira missa de seu irmão Pedro. Seu latim feito em escola pública, deixa a desejar. Escreve: "prometo a minha boa mãe Mana, tomar-me santo. Minha confiança nela, me faz ter esperança. Por isso eu tomo a resolução de tender sempre à perfeição. Espero guardar esta decisão. Não por minhas força, mas pela graça de meu temo Salvador, e o socorro de minha querida Mãe Maria e de São José". Ordenado sacerdote no dia 4 de outubro de 1892. Ele diz: Sou padre, e como tal devo ser vítima. Ele o será por seus sofrimentos, como uma oferenda a Deus. Terminados os estudos é mandado para a casa redentorista de Mons dia 31 de agosto de 1893 onde inicia seu ministério sacerdotal e encargos da comunidade. Permanece aí até abril de 1894 quando volta a Beauplateau onde faz o segundo noviciado preparando para as missões populares. Começam a aparecer os sinais de tuberculose, que o levarão à morte em dois anos. Tem dificuldade de falar, o que lhe causa problemas e humilhações nos exercícios de declamação. Na visita canónica de 1894 o superior anota: Pe. Pampalon e um excelente religioso, sério, recolhido, modelo de obediência e perfeita caridade. Não se nota nele nenhum defeito. Terminado o segundo noviciado volta a Mons, onde exerce o ministério, de modo particular das 7 missões em que participou. Impressiona por sua pregação. O jovem padre é um santo. A palavra de Deus jorra de seu coração de apóstolo. Ele vive o que prega. Ele se inflama do amor de Deus. Seu ministério não vai longe. Em dezembro de 94 o mal o invade. E a tuberculose. Para ajudar a saúde volta a Beauplateu. Para Alfredo, o amor de Deus vem junto com a fuga de toda falta voluntária. Para santifícar-se, lemos em suas notas, devo aplicar-me a purificar minha alma de seus defeitos e aí plantar as virtudes. Procura a vontade de Deus na observância da regra. Diz padre Guillot: "Sua saúde já enfraquecida e sujeita, sobretudo durante o inverno a muitos incómodos, não impedia jamais de seguir exatamente a vida comum e de permanecer para todos um modelo de observância". Pe. Alfredo dizia: “Quer ser um grande santo” Observa muito bem tua regra e as prescrições de teus superiores, as menores como as maiores. Feliz aquele que faz isso. Este encontrou a santidade, pois encontrou onde está a vontade de Deus". Pe. Alfredo é um homem de oração. Ele permanece homem de oração depois do noviciado. "Eu quero ser noviço sempre". Consagra muito tempo para ler livros espirituais, fazer visitas ao Ssmo Sacramento e a rezar terços. E um homem de fé profunda que se manifestava nos mais pequenos gestos. Sua confiança não se abala apesar dos estudos difíceis e da saúde frágil. Sua confiança mantém sua calma e sua serenidade. O segredo de sua vida é o amor de Deus. Inflama-se de amor por Jesus na contemplação do presépio do crucifixo e da Eucaristia. Seu amor por Deus explodirá em grande alegria no sacrifício alegre que fará de sua vida por seu bom Mestre.Ama a Igreja. Possui um zelo que lhe queimava. "Eu quero me tomar santo e fícar sempre santo para trabalhar mais tarde eficazmente pela salvação do próximo". Afirma Pe. Guillot; apesar de ter os talentos ordinários, e dificuldade de pronunciar, Alfredo se preparava constantemente para os trabalhos apostólicos, o sonho de sua vida. É afeiçoado ao ministério da confissão, não podendo por causa de sua fraqueza pregar muito. Sua mortificação era simples, baseada sobretudo em cumprir todas as suas funções. Ele suportava seus sofrimentos sem esmorecer. Sua vida se reveste de humildade, colocando-se como servidor de todos, em espírito de pobreza e castidade. Alfredo, homem de grande bondade. A doçura era sua virtude dominante, acompanhada de grande alegria. Reserva grande amor para com sua família e seus confrades. Suas devoções são à Eucaristia, através de longas visitas, celebração bem feita da missa. Não deixa de celebrar a missa, mesmo quando as forças o abandonam. Grande devoto de S. José e SanfAna. Sua vida testemunha que o caminho mais rápido e mais sereno para Deus é a grande afeição para com Maria sua Mãe, dedicando-lhe tantas poesias. O jovem padre ia bem nas missões. Como o Redentor, ia pregar a boa nova e converter os corações. Exercia um frutuoso ministério. Mais Deus o chama. No dia 29 de setembro de 1894 ele não consegue terminar uma pregação sobre Maria. Está esgotado. Mandam-no repousar. No dia 4 de setembro de 1895 volta ao Canadá. A doença aumenta. Espera a morte com serenidade, sem medo e em meio a orações. Dia 30.09.96, às 8 h abre os olhos, fixa o céu sorrindo dá seu último suspiro. Tinha 28 anos, 10 meses e 6 dias. Dia 2 de outubro é realizado o funeral na basílica de Sant’Ana. Os confrades confirmam sua santidade. Os milagres são numerosos. Espera-se o milagre para a beatificação.