sábado, 28 de setembro de 2019

nº 1896 - Homilia do 26º Domingo Comum (29.09.19)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista 
“A justiça do Reino” 
Deus ouve 
A Palavra de Deus nos faz uma descrição muito clara e sempre atual da justiça de Deus e da justiça humana. Essas estão sempre presente na sociedade. Ela nos questiona sobre nossas atitudes. Não podemos dizer: “Isso não vale para mim”. Somos questionados não pelo que possuímos, mas pelo olhar míope diante das realidades. É muito triste ver só a si mesmo. É impossível dar um passo adiante no projeto humano de ser fraterno. Não basta ser social. O texto do profeta Amós, homem experiente de humanidade, relata a atitude dos ricos de seu tempo, de modo particular em Samaria. Jesus tem diante dos olhos a situação dos ricos e dos pobres. O rico “se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias” (Lc 16,19). O profeta relata a vida folgada dos ricos de Samaria. Eram nababos. Só o prazer e a vida fácil. A riqueza lhes proporciona a vida folgada. A primeira leitura descreve como viviam esses ricos. O problema não se trata de terem riqueza, mas de não se preocuparem com a ruína do povo. O povo estava destruído. Não era problema dos “gozadores” (Am 6,6). Deus ouve o clamor dos fracos que os leva ao louvor: “O Senhor é fiel para sempre, faz justiça aos oprimidos, dá alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os cativos. Ampara o órfão e a viúva” (Sl 145). É o Senhor que acolhe Lázaro. Na língua hebraica, esse nome significa: aquele que Deus ouve. Os olhos de Deus buscam os que sofrem. Deus é o responsável “jurídico” porque, amorosamente os toma sob seu cuidado (145,7). Lázaro morre e é levado pelos anjos ao seio de Abraão, o Céu.
Inversão de valores 
Lázaro vai para o Céu e, o rico foi enterrado... no meio dos tormentos, viu Abraão e Lázaro ao seu lado (23). Abraão mostra a mudança de lado: “Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez os males. Agora ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. A seguir o texto tem um diálogo no qual o rico, vendo a impossibilidade de ser aliviado, pede a Abraão que mande Lázaro para avisar os familiares para preveni-los. O texto mostra que não há essa possibilidade de refazer a vida depois da morte, pois é definitivo. Também mostra que não há esse trânsito entre Céu e terra e inferno. Mas a palavra que se torna solução para o rumo certo da vida, como diz o rico condenado ao inferno: se um morto for a eles, se converterão. Abraão dá a resposta clara: “Se não escutam Moisés e os profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos” (Lc 16,23-31). A conversão verdadeira não se dá pelo medo, mas pela Palavra de Deus. Só ela pode tocar os corações e provocar a mudança. Os pobres não foram levados para o exílio. E continuam a esperança do Messias. 
O caminho do justo 
Todos nós passamos as lutas por meio da fé viva. Paulo formara seus colaboradores na firmeza da fé, não deixa de insistir com Timóteo para viver bem: “Tu, que és um homem de Deus, foge das coisas perversas, procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza a mansidão... guarda teu mandato íntegro e sem mancha até a manifestação gloriosa de Cristo (1 Tm 6, 11.14). Todos vivemos as mesmas situações dos profetas. Jesus toma esse tema em sua parábola. O grande problema é não ver a situação do povo. O rico dos banquetes nem deve ter visto Lázaro na porta. O desconhecimento da realidade do povo é um assassinato programado e apoiado pelos donos do mundo. É um mal que não se cura. A insensibilidade do homem para com o sofrimento do pobre é um dele aos olhos de Deus.
Leituras: 6,1,1ª.4-7;Salmo 145;1 
Timóteo 6,11-16;Lucas 16,19-31.
Ficha nº 1896 - Homilia do 26º Domingo Comum (29.09.19)
1. O problema não é ter riqueza, mas de não se preocupar com a ruína do povo na pobreza. 
2. Só a Palavra de Deus pode tocar os corações e provocar a mudança. 
3. O desconhecimento da realidade do povo é um assassinato programado e apoiado pelos donos do mundo. 
Miopia espiritual 
Como é triste ser cego. Pior é ser cego de olhos abertos. Não se ver, nem se julgar, é sinal de um triste fim. “Lembra-te de teu fim e viverás, e jamais pecarás” (Eclo 7,36). A festa dos ricos impressionava por sua fartura. Os cães conheciam Lázaro. Pobre sempre tem cachorro. Lambiam suas feridas para sua cura. Era seu único remédio. O que os folgados não faziam, faziam os cães. A parábola de Jesus é um ensinamento sobre a coerência de vida e o fim último do homem e sua situação. Não acreditamos mais nessa linguagem de inferno. Mas é bom prevenir, pois, pode ser que, chegando lá ele exista. Melhor prevenir e se educar pela palavra de Deus.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

nº 1894 - Homilia do 25º Domingo Comum (22.09.19)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista
“A riqueza que permanece” 
Bom administrador 
Lucas nos apresenta os ensinamentos de Jesus sobre as questões de dinheiro, mostrando a maneira nova e segura de gerir os bens. Conta, para isso, a parábola do administrador espertalhão. O homem administrara mal os bens do patrão. Este pede uma séria prestação de contas. Vendo-se em dívida e apertado, apela para o costume de então, de tirar lucro com os negócios que fazia pelo patrão. É louvado por sua esperteza em se safar da situação. Jesus diz uma frase dura: “Os filhos desse mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”... “Fazei amigos como dinheiro da iniquidade, a fim que, no dia em que faltar, vos recebem nos tabernáculos eternos” (Lc 16,8-9). Por que são mais lerdos que os filhos das trevas? Porque não aproveitam o que possuem para fazer o bem na caridade. Assim disse Jesus: “Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas!”... Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem? ... Se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso?” (Lc 16,9.11-12). Os bens materiais são bons quando são destinados a “comprar o Céu”, isto é, quando usados para produzir o bem. É a economia espiritual que atinge o homem no seu todo. Jesus disse na casa de Lázaro que “pobres sempre tereis entre vós” (Mt, 26,11). Sempre haverá necessidades que nos empobreçam. Esse processo realizou Jesus que, sendo rico se fez pobre. Não se trata de tirar os bens do outro, mas que haja um saber partilhar. Nem pobre, nem rico, mas irmãos. 
Dois senhores 
Temos a continuação da parábola com a afirmação: “Ninguém pode servir a dois senhores. Cristianismo sem a caridade é ideologia. Jesus sempre nos toca o coração para termos seu misericordioso. Vemos, pela leitura do livro de Amós, a que ponto se chega quando se vive na ganância. A maldade parece eterna. O homem, sem Deus é um animal pouco racional. É o que estamos vendo na sociedade. A ganância faz de seres inteligentes e muito competentes, verdadeiros monstros devoradores de tudo. Monstro é o que destrói o humano. Jesus ensina que o verdadeiramente humano é divino, como Ele foi. O mundo cresce em sabedoria, mas perde em humanidade. O verdadeiramente humano é terreno fértil para o divino. Basta ser como Deus: “Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira o pobrezinho, para fazê-lo assentar-se com nobres, assentar-se com os nobres de seu povo” (Sl 112). Os pobres podem ser nossos mestres em solidariedade. Sabem partilhar. O conhecimento pode inchar, mas a sabedoria nos faz crescer. Mesmo a Igreja e seus muitos departamentos podem viver a mentalidade consumista e exploradora, pior, do sagrado. 
Deus quer todos salvos 
Encontramos essas situações difíceis na sociedade, fruto da falta de fé ou da ganância, às vezes institucionalizadas. Paulo, na carta a Timóteo tem um remédio salutar: “Recomendo que se façam preces, e orações, súplica e ações de graças, por todos os homens; pelos que governam e por todos que ocupam altos cargos... Isso é bom e agradável a Deus” (1Tm 2,1-2). A oração é excelente remédio para todos. E estimula a rezar pelas autoridades, “para que possamos levar uma vida tranqüila e serena, com toda piedade e dignidade” (1Tm 2,2). Nós não fazemos a ligação de um noticiário que nos mostra tantos problemas e situações calamitosas, com a oração da comunidade. A prece dos fiéis na litúrgica pede que se apresentem as intenções locais. A liturgia é vida. 
Leituras: Amós 8,4-7; Salmo 112; 
1 Timóteo 1,1-8; Lucas 16,1-13. 
Ficha nº 1894 - Homilia do 25º Domingo Comum (22.09.19) 
1. Os bens materiais são bons quando são destinados a “comprar o Céu”, fazer o bem. 
2. O mundo cresce em sabedoria, mas perde em humanidade. 
3. Estimula a rezar pelas autoridades, para que possamos levar uma vida tranquila. 
Sujeito ruim de negócio 
Hoje o ensinamento parece um final de mês quando só se fala naquilo que falta para completar o orçamento. Todo mundo é vítima de uma exploração, da situação, da falta de gestão. Vemos, no antigamente, o quanto já havia de reclamação sobre a maldade dos exploradores. Jesus passa para uma necessidade contrária: não se trata de explorar, mas de fazer render para o bem. Aqui está o nó da economia cristã. Nossos negócios vão alem de nosso território, vão até às colinas do Céu. Na medida em que aplicamos na terra para o bem dos outros, abrimos uma conta no Céu e adquirimos um bom território.

nº 1892 - Homilia do 24º Domingo Comum (15.09.19)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista
“Amar como Pai” 
Ovelha perdida 
Jesus era recriminado por viver misturado com os pecadores. Para Ele não valia o provérbio: “Diga-me com quem andas, e direi quem tu és”. Podemos até dizer o contrário: Diga-me com quem andas que conhecerei que és como teu Pai’. Ele faz, o que faz o Pai: “O Filho, por si mesmo, nada pode fazer, mas só aquilo que vê o Pai fazer; tudo o que Ele faz o Filho o faz igualmente” (Jo 5,19). Assim entendemos por que tem essa preferência em estar com os “pecadores”. Eles são as ovelhas perdidas e o filho extraviado. O próprio Paulo, na carta a Timóteo, diz que ele era o perseguidor e, foi designado para o maior serviço de evangelização. E ajunta: “Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores. Eu sou o primeiro deles”! Não se trata de um desprezo e exclusão dos justos, fariseus e escribas que viviam a lei com perfeição. Não entendendo a vontade do Pai, se puseram contra o Filho. Assim Jesus, com a parábola do filho perdido que é acolhido com festas, ensina que a salvação é para quem precisa. Vemos que no livro do Êxodo, no caso do bezerro de ouro, pecado com o qual o povo rejeita o Deus que o tirara do Egito, por ter colocado sua glória numa imagem de um bezerro que come capim (Sl 105,20). Moisés convence Deus a não destruir o povo. A conversão é motivo de festa no Céu: “Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão” (Lc 15,7). Na Igreja que privilegiamos os bons e desprezamos os “ruins” aos nossos olhos. Somos chamados a ter a atitude de Jesus, que é a de seu Pai. 
Este teu irmão 
Na parábola do filho perdido há um diálogo importante que nos faz ver sua continuação alertando os fariseus para que eles acolham os pecadores. O pai acolhe. O filho mais velho, que viveu sempre junto do Pai, não percebeu a riqueza que tinha em mãos. Viveu com o pai e não percebeu que tinha tudo e quanto era querido. Recusa, como os fariseus, a participar da festa da volta. Ele acusa o pai dizendo: “Esse teu filho que gastou ... teus bens, fazes festa”. O pai lhe devolve a fraternidade: “Esse teu irmão estava perdido e foi encontrado. É preciso festejar e alegrar-nos, porque ele estava morto e tornou a viver” (Lc 15,29-32). Pelo fato de ter se perdido, não perde o direito de ser amado. O filho mais velho é a figura dos fariseus que não aceitam a atitude de Jesus para com os pecadores. Diz Jesus: Vocês procuram até achar uma ovelha ou uma moeda perdidas . Mais alegria há no céu por um só pecador que se converte do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão (Id 7). As pastorais de nossas igrejas privilegiam os bons que não dão um passo. A Igreja não os despreza. Infelizmente não há uma opção clara e decidida pelos “pecadores” e pobres. Deveria acontecer que todos os “santos e bons” movessem-se em favor dos necessitados. Pior é que dizem que é política. Deus não desiste. 
Encontrei misericórdia 
Paulo, na primeira carta a Timóteo, diz que foi buscado por Deus que teve confiança nele para designá-lo a seu serviço. Ele era um bom judeu e fariseu convicto e fiel. Ele blasfemava, insultava e perseguia os cristãos. Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores. E eu sou o primeiro deles! Mesmo que a trajetória de Paulo seja única e diferenciada, tem consciência de ser uma ovelha perdida. Mais que perdido é convicto de estar no caminho certo. A misericórdia de Deus o desperta para Cristo. Perseguindo os cristãos, perseguia Cristo. É bom vermos nosso caminho pessoal de encontro com Cristo. 
Leituras: Êxodo 32,7-11.13-14;Salmo 50; 
1 Timóteo 1,12-17;Lucas 15,1-32. 
Ficha nº 1892 - Homilia do 24º Domingo Comum (15.09.19) 
1. Jesus, com a parábola do filho perdido, ensina que a salvação é para quem precisa. 
2. A atitude do filho mais velho reflete o comportamento dos fariseus que não aceitam a atitude de Jesus. 
3. Paulo tem consciência de ser uma ovelha perdida. E escolhida para o ministério. 
O bezerro fez a festa 
Os empregados, não estavam entendendo o assunto. Ele tem valor só porque que vai haver um churrasco. O empregado diz: Seu pai mandou matar um novilho gordo. É interessante ver a alegria do empregado pela festa. Vai sobrar para eles também. Sabem que é porque o pai recuperou o filho com saúde. Tudo concorre para manifestar a alegria da salvação. É festa no Céu, é festa na terra. Toda a parábola mostra qual é a missão de Jesus e é também uma indicação de como devemos nos envolver com Ele na salvação dos abandonados. Sem isso, não passamos de fariseus bons, mas que não entendem o projeto de Jesus. A Igreja tem dificuldades de assumir esse projeto. Poderíamos sanar tantos males. E haveria alegria.

nº 1890 - Homilia do 23º Domingo Comum (08.09.19)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista 
“O desapego liberta” 
Assumir com responsabilidade 
Jesus diz aos que O querem seguir, que devem assumir com responsabilidade e que façam uma escolha bem pensada. Para seguir tem que deixar tudo, até a própria vida. Deve deixar a família. O deixar não significa não amar mais, mas amar mais aquele que o chamou. Depois faz a comparação do sujeito que começa fazer uma torre e não dá conta de acabar. Não pensou se tinha o suficiente para construir. Pensamos hoje que fazemos a opção por Jesus, mas há um mundo de coisas que nos impedem que seja completa e total. Jesus não nos quer pela metade. O mesmo se diz do rei que vai fazer guerra e não vê que está em pior condição que o outro. Esse ensinamento aos discípulos é muito claro sobre a totalidade de entrega que se exige para o seguimento de Jesus e de seu Evangelho. E acrescenta: “Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo” (Lc 14,33). Deixar muitas coisas por Jesus não resolve, temos que deixar tudo. Não se trata só de bens temporais e família. O mais difícil é deixar a própria vida, o próprio modo de pensar, as opções que fazemos, os nossos projetos pessoais. Se não queremos assumir com totalidade, não conseguimos seguir. Vamos atrás, mas não seguimos. É o que estamos vendo na Igreja na qual tudo que nos toca vem em primeiro lugar, deixando o Evangelho de lado. Podemos afirmar que o nosso pecado é a falta de radicalidade. É o que vemos na carta de Paulo a Filemon. Paulo é radical não ficando com o escravo. Pede radicalidade de tê-lo como irmão na fé. 
A sabedoria ensina 
A fragilidade humana diante da grandeza de Deus e de seu mistério, parece não ter condições de conhecer os desígnios de Deus. A grandeza de Deus nos deixa pequenos. Somos fracos no pensamento. O corpo torna pesada a alma, nossa argila oprime a mente. Não sabemos nem o que está perto de nós, como investigar os céus? Deus nos responde que a Sabedoria que nos é dada pelo seu Santo Espírito abre esse caminho. A Sabedoria de Deus nos salva. Essa Sabedoria revelada na pessoa de Jesus nos abre o conhecimento das coisas de Deus. O seguimento total de Jesus, mesmo que tenhamos o peso na alma e a argila que oprime, pode ser realizado em nossa fragilidade. Não somos deuses. Deus nos fez de barro para sermos moldados. Cabe a nós, ao iniciar nosso caminho de seguimento de Jesus, reconhecer nossa fragilidade e ir aprendendo o que a Sabedoria ensina. Por isso o salmo nos ensina a rezar: “Ensinai-nos a contar nossos dias e, dai ao nosso coração sabedoria... Saciai-nos de manhã com vosso amor e, exultaremos de alegria todo dia... tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho” (Sl 89). Assim vencemos. 
O direito à liberdade cristã 
Paulo faz um jogo de palavras. Onésimo, em grego, significa útil. Esse escravo fugido e convertido por Paulo vai voltar a seu dono, não mais como escravo, mas como irmão querido, pois Filêmon é cristão. Paulo o manda de volta, com o pedido que ele venha ajudá-lo. Sabe que ele é útil para Filêmon, por isso o reenvia. Gostaria de tê-lo consigo para ajudá-lo na prisão. Mas respeita o direito de Filemon. Diz-se que Paulo não fala contra a escravidão. Ele vê de modo diferente. Como cristãos vão ser irmãos e se tratarem assim como convertidos no Senhor. É um novo modo de viver. Respeita o direito do senhor. Unindo os textos, entendemos que a Sabedoria vencerá também as dificuldades que podemos encontrar nos problemas de cada dia. Nada está oculto aos olhos de Deus (Hb 4,13). 
Leituras Sabedoria 9,13-18;Salmo 89; 
Filemon 9b-10.12-17; Lucas 14,25-33 
Ficha nº 1890 - Homilia do 23º Domingo Comum (08.09.19) 
1. Deixar muitas coisas por Jesus não resolve, temos que deixar tudo. 
2. A Sabedoria revelada na pessoa de Jesus nos abre o conhecimento das coisas de Deus. 
3. Como cristãos, vão ser irmãos e se tratarem assim como convertidos no Senhor.
Negou fogo 
Jesus, com essas parábolas dos que não pensam bem antes de tomar uma atitude, nos dá um estímulo de entrar para valer quando fazemos a escolha para segui-lo. Se quero de verdade aceitar seu convite, entrar com tudo. Mas não se pode assumir pela metade. Os santos assumiram totalmente. Os exemplos são muitos. O exemplo maior é do próprio Jesus que não fez por menos em sua entrega total ao Pai, até às últimas consequências. Ele é o modelo. Pensou bem em sua decisão de encarnação, pois não arredou pé em nada. Mesmo quando se sentiu abandonado pelo Pai. Nós afinamos no primeiro aperto e damos meia volta em nossas atitudes. Por aí podemos ver a fragilidade de nossas opções. Quem realmente escolheu bem e assumiu, fez muito pelo Reino.