domingo, 28 de agosto de 2022

PE. FRANCISCO BARRECHEGUREM MONTAGUT * 21.08.1881 - + 07.10.1957 ESPANHA.

Na hagiografia cristã, o caso de D. Francisco é um caso único: casado, pai, viúvo, religiosa redentorista, sacerdote. Sua vida foi a de um novo Jó: órfão de pai com um ano de idade e de mãe aos 5 anos. Por 18 anos sofre do estômago, sua filha fica enferma aos 13 anos e morre aos 21. Sua esposa se torna louca e o faz andar pela estrada da amargura. Contudo está sempre afável, bondoso, com um sorriso nos lábios, dando graças a Deus: Bendito seja Deus que me leva por um caminho verdadeiramente extraordinário de cruzes. Nasceu dia 21 de agosto de 1881. Seus Pais Manuel e a mãe Manuela, Ele nasceu em Lérida e ela, em Barcelona. Batizado no dia 31 de agosto do mesmo ano. Um tio será o tutor de suas grandes posses. E ele vai morar com duas tias em Granada. É de saúde frágil. Faz a primeira comunhão aos 7 anos, antes mesmo da permissão de Pio X. Sobreveio forte febre inexplicável. Esta será sua marca: sempre carregando alguma cruz. Inicia seus estudos no Colégio Aguilera e Palo, de grande fama. Recebeu forte informação religiosa e intelectual. Participava efusivamente de todas as festas. Sua noiva, Concha Garcia, era sua vizinha de frente e eram amigos desde os 7 anos. O namora e noivado terminaram com o casamento no dia 2 de outubro de 1904. Fizeram longa viagem de núpcias, passando por diversos paises, inclusive Roma, onde puderam estar na Igreja de Santo Afonso diante do quadro de N.S.P. Socorro do qual era devotíssima D. Concha. Pediram por acaso ao cocheiro que parasse diante da Igreja. Tiveram oportunidade de uma audiência com o Papa S. Pio X. Tinham uma elegante casa de tres andares na Gran Via 20, onde vivem 22 anos, até à morte de Conchita no primeiro andar. Sr. Francisco herdara de sua família. Ele é o tipo impecável, tem um temperamento alegre e simpático, de fino humor, bondoso e sorridente, ocultando o que se passava em seu interior.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Padre Guilherme Janauschek

23.10.1859 – 30. 06.1926
 
Nasceu em Viena dia 23 de outubro de 1859. Fez os votos como redentorista em Mautern dia 28 de abril de 1878 e foi ordenado em Mautern dia 29 de agosto de 1881. Depois de sua ordenação foi destinado para trabalhar na formação em Mautern. Em 1885 foi nomeado Diretor do seminário em Leoben e em 1890, mestre de noviços. De 190-9107 foi o provincial da Áustria e continuou a exercer diversos ofícios até sua morte. Foi 14 anos superior Permaneceu sempre um homem de oração. Apesar de sua agitada vida, sentia muita alegria ao participar das missões que ele pregou em diversas regiões da Áustria e Alemanha, e mesmo uma vez, na Rússia. Toda sua vida foi devotada ao confessionário atraindo penitentes de todas as classes. Sua extraordinária santidade de vida era evidente para todos, sendo sempre um agradável e querido companheiro. Pe. Janauschek morreu em Viena dia 30 de junho de 1926. Sua causa de beatificação foi aberto em novembro de 1934.

terça-feira, 16 de agosto de 2022

VENERÁVEL ALFREDO PAMPALON. Prov. De Montreal.

*02.11. 1867-Quebec. 
08.09.86- noviciado. 
08.09.87 - profissão religiosa. 
Filosofia (87-89) e teologia (89-93) em Beauplateau. 
03.10.92 - ordenado diácono. 
04.10.1892 - ordenado sacerdote (24 anos). 
04.09.1885 - retoma ao Canadá. 
+30.09.1896- Quebec. 
1906 - pede-se a introdução da causa. 
22.02.22 - decreto de introdução da causa de beatificação. 
14.05.1991 - Declaração da heroicidade das virtudes. 
"Admiro este santo jovem, sua doçura, sua alegria, seu amor à eucaristia e á Ssma Virgem Maria. Mesmo que sua espiritualidade seja do século XIX, o jovem Alfredo serve-nos de .modelo. É um jovem nosso, nascido no território de Quebec, nas terras da América. Sua vida, sem um brilho particular, pode ser a mesma para aqueles e aquela que se inflamam por um ideal, um grande sonhos, que querem desabrochar, que procuram a felicidade sua e dos outros. '"No terceiro milénio, nesta época de retomo ao paganismo, a figura de Alfredo nos ilumina. Ele é uma flor de virtudes que desperta a juventude e leva-a ao ideal da verdadeira vida" Ele esclarece com seu exemplo os documentos do Concílio sobre a santidade do laicato, do sacerdócio e da vida religiosa. (Pé Geraldo Derochers, cssr biógrafo). Ligado ao grande santuário de SantAna de Beaupré, onde trabalhara seu pai. Os redentoristas têm cuidam do santuário desde 1878. Eram da província Belga. Vai fazer o noviciado em Saint-Trond, na Bélgica, partindo dia 22 de julho de 1886, com outros 6 colegas, tendo 18 anos e 8 meses. Laja está seu irmão Pedro; redentorista em Beauplateau. O mestre diz deste noviciado: "O grupo de noviços é dos mais turbulentos e difíceis de conduzir". A formação religiosa conserva, neste tempo, muito rigor. Ela se impregna da influência austera do Venerável Padre Passerat, redentorista. Vigário Geral por longos anos, substituto de S.Clemente, morto em 1858 na Bélgica. Teve dificuldades nos estudos de filosofia e menos nos estudos de teologia. No dia 11.10.1887, ajuda a primeira missa de seu irmão Pedro. Seu latim feito em escola pública, deixa a desejar. Escreve: "prometo a minha boa mãe Mana, tomar-me santo. Minha confiança nela, me faz ter esperança. Por isso eu tomo a resolução de tender sempre à perfeição. Espero guardar esta decisão. Não por minhas força, mas pela graça de meu temo Salvador, e o socorro de minha querida Mãe Maria e de São José". Ordenado sacerdote no dia 4 de outubro de 1892. Ele diz: Sou padre, e como tal devo ser vítima. Ele o será por seus sofrimentos, como uma oferenda a Deus. Terminados os estudos é mandado para a casa redentorista de Mons dia 31 de agosto de 1893 onde inicia seu ministério sacerdotal e encargos da comunidade. Permanece aí até abril de 1894 quando volta a Beauplateau onde faz o segundo noviciado preparando para as missões populares. Começam a aparecer os sinais de tuberculose, que o levarão à morte em dois anos. Tem dificuldade de falar, o que lhe causa problemas e humilhações nos exercícios de declamação. Na visita canónica de 1894 o superior anota: Pe. Pampalon e um excelente religioso, sério, recolhido, modelo de obediência e perfeita caridade. Não se nota nele nenhum defeito. Terminado o segundo noviciado volta a Mons, onde exerce o ministério, de modo particular das 7 missões em que participou. Impressiona por sua pregação. O jovem padre é um santo. A palavra de Deus jorra de seu coração de apóstolo. Ele vive o que prega. Ele se inflama do amor de Deus. Seu ministério não vai longe. Em dezembro de 94 o mal o invade. E a tuberculose. Para ajudar a saúde volta a Beauplateu. Para Alfredo, o amor de Deus vem junto com a fuga de toda falta voluntária. Para santifícar-se, lemos em suas notas, devo aplicar-me a purificar minha alma de seus defeitos e aí plantar as virtudes. Procura a vontade de Deus na observância da regra. Diz padre Guillot: "Sua saúde já enfraquecida e sujeita, sobretudo durante o inverno a muitos incómodos, não impedia jamais de seguir exatamente a vida comum e de permanecer para todos um modelo de observância". Pe. Alfredo dizia: “Quer ser um grande santo” Observa muito bem tua regra e as prescrições de teus superiores, as menores como as maiores. Feliz aquele que faz isso. Este encontrou a santidade, pois encontrou onde está a vontade de Deus". Pe. Alfredo é um homem de oração. Ele permanece homem de oração depois do noviciado. "Eu quero ser noviço sempre". Consagra muito tempo para ler livros espirituais, fazer visitas ao Ssmo Sacramento e a rezar terços. E um homem de fé profunda que se manifestava nos mais pequenos gestos. Sua confiança não se abala apesar dos estudos difíceis e da saúde frágil. Sua confiança mantém sua calma e sua serenidade. O segredo de sua vida é o amor de Deus. Inflama-se de amor por Jesus na contemplação do presépio do crucifixo e da Eucaristia. Seu amor por Deus explodirá em grande alegria no sacrifício alegre que fará de sua vida por seu bom Mestre.Ama a Igreja. Possui um zelo que lhe queimava. "Eu quero me tomar santo e fícar sempre santo para trabalhar mais tarde eficazmente pela salvação do próximo". Afirma Pe. Guillot; apesar de ter os talentos ordinários, e dificuldade de pronunciar, Alfredo se preparava constantemente para os trabalhos apostólicos, o sonho de sua vida. É afeiçoado ao ministério da confissão, não podendo por causa de sua fraqueza pregar muito. Sua mortificação era simples, baseada sobretudo em cumprir todas as suas funções. Ele suportava seus sofrimentos sem esmorecer. Sua vida se reveste de humildade, colocando-se como servidor de todos, em espírito de pobreza e castidade. Alfredo, homem de grande bondade. A doçura era sua virtude dominante, acompanhada de grande alegria. Reserva grande amor para com sua família e seus confrades. Suas devoções são à Eucaristia, através de longas visitas, celebração bem feita da missa. Não deixa de celebrar a missa, mesmo quando as forças o abandonam. Grande devoto de S. José e SanfAna. Sua vida testemunha que o caminho mais rápido e mais sereno para Deus é a grande afeição para com Maria sua Mãe, dedicando-lhe tantas poesias. O jovem padre ia bem nas missões. Como o Redentor, ia pregar a boa nova e converter os corações. Exercia um frutuoso ministério. Mais Deus o chama. No dia 29 de setembro de 1894 ele não consegue terminar uma pregação sobre Maria. Está esgotado. Mandam-no repousar. No dia 4 de setembro de 1895 volta ao Canadá. A doença aumenta. Espera a morte com serenidade, sem medo e em meio a orações. Dia 30.09.96, às 8 h abre os olhos, fixa o céu sorrindo dá seu último suspiro. Tinha 28 anos, 10 meses e 6 dias. Dia 2 de outubro é realizado o funeral na basílica de Sant’Ana. Os confrades confirmam sua santidade. Os milagres são numerosos. Espera-se o milagre para a beatificação.

terça-feira, 9 de agosto de 2022

VENERÁVEL PE. VITO MICHELE DI NETTA Italiano

Nasceu em Vallata (AV) 26.02.1787, primogênito de 9 filhos. Pais: Platone Di Netta e Rosa Villani. Entrou para o Seminário diocesano em 1804. Seu tio, Pe. Felice o aconselha a passar aos redentoristas. Ajudou missa do Pe Antônio Tannoia, primeiro biógrafo de S.Afonso. Este lhe diz: O Senhor o chama para nossa Congregação para ser um zeloso missionário em sua mística vinha. Aos 07.10.1804, vai a Deliceto para o exame. Espera por meses o despacho real permitindo a entrada nos redentoristas. Entra em S. Angelo a Cupulo, nos Estados Pontifícios e não no Reino de Nápoles. Ingressa no noviciado dia 29.01.1804. Em junho Napoleão toma o Ducado de Benevento e expulsa os religiosos. Ele volta para casa e estudo com o seu tio. Não podia voltar por enquanto. Pe. Blasucci, superior geral, aconselha-o a continuar firme. Volta a Ciorani para um meio noviciado e vai a Deliceto onde, a 25.04.08, faz a profissão religiosa. Propõe a ser uma cópia fiel de |Jesus Redentor. Faz-se um regulamento de vida. Em 30 de Março de 1811 é ordenado em Lacedonia. Faz o segundo noviciado. Desde 1790 há 3 casas na Calábria. Escolhido para ir morar na Calábria logo após a ordenação, 10.10.1811. Partem para Catanzaro/Tropea. Exerce 37 anos de apostolado missionário. O segredo de suas missões: oração, penitência e humildade. Implanta a meditação para manter os frutos da missão. Em 1822 é superior de Tropea. Depois mestre de noviços em Ciorani em 1836. Depois de 25 anos na Calábria. Retorna à Calábria em 1839. Superior de Tropea novamente de 1842-1846. Restaura a Igreja, é Visitador em nome do Superior Geral para as visitas canônicas. Apresenta muitas virtudes e dons sobrenaturais. Cai doente de 1847-1849. Profetiza sua morte dia 3.12. Às 9 da manhã diz: Eis-me aqui, Senhor, Eis-me aqui. Seu processo de beatificação se abre 05.12 de 1896. É declarado venerável em 1910.
(Pe. Di Coste Antonio, 1914, 268 p).

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

PE. JOSÉ AMAND PASSERAT, VENERÁVEL 30.04.1772 – 30.09.1858

Pe. Passerat nasceu em Joinville, França, dia 30 de abril de 1772. Em 1788 entrou para o seminário diocesano de Chalons sur Marne. Foi um bom estudante. Neste tempo desabrochou nele a vocação de poeta que ele cultivou por este tempo. Instaurara-se a revolução em 1789. Ele não tinha simpatia por ela. Acabou indo para a prisão por motivos políticos. Livre,foi arrolado nas tropas revolucionarias da França e rapidamente foi promovido a comandante do esquadrão. Foi esperto em levar o batalhão para a beira da fronteira e de noite passou para o outro. Lado. Preso pelos alemães, mas libertado por saber de suas opiniões sobre a República. Querendo continuar seus estudos passou por diversos lugares: Augsburg, Würzburg. Acabou por chegar a Varsóvia onde se juntou aos Redentoristas com S.Clemente em 1796. Fez os votos em 13 de novembro de 1796 e foi ordenado padre dia 15 de agosto de 1797. Como não conhecesse nem alemão nem o polonês, não podia trabalhar na pastoral direta. Assim foi professor de teologia, mestre de noviços e prefeito dos estudantes. São Clemente o descreve “como um homem de grande santidade e virtude”. Em 1805 foi destinado à fundação da casa do Monte Tabor perto de Jestetten, na diocese de Constança. Lá chegou com 3 clérigos. Lá poderia exercer a pastoral, pois era região fronteiriça com a França. Impelido a sair, foi para Babenhausen, na diocese de Augsburg. Durante os 17 agitados anos que se seguem, ele dirige o crescente grupo de estudantes por diversos lugares, sem residência fixa, pela Suíça, até chegar a Valsainte, num mosteiro cartuxo abandonado. Pelas dificuldades em trabalhar pastoralmente por causa dos problemas de então, ele se torna o grande rezador. Homem de oração e contemplação, com verdadeira paixão pela vida interior. São Clemente diz dele aos confrades em Viena: Está para chegar aqui um grande rezador, e ele vai nos ensinar a todos como se deve rezar”. Após a morte de Clemente em 1820, foi nomeado como seu sucessor como Vigário Geraldo para a região além dos Alpes. , com residência na nova casa de Maria am Gestade em Viena. Após longos anos de frustrações, os redentoristas, sob sua direção, entram em um período de expansão, chegando aos Estados Unidos. Como superior, um de seus principais objetivos era estabelecer a autêntica observância redentorista nas comunidades pelas quais era responsável. A este propósito, manda Pe. Francisco Springer a Pagani para estudar a missão dos Napolitanos e adquirir as constituições em uso no tempo de Santo Afonso. Teve o prazer de ver as missões tendo brilho fora da Itália. Enviou moças para Scala para entrarem na Ordem do Santíssimo Redentor e trouxe-as para a Áustria de onde se espalharam pelo mundo. Ele teve que se refugiar na Bélgica em 1848 obrigado pela revolução austríaca. Nesta ocasião, em vista de sua avançada idade, renunciouseu encargo, recomendando que o Vicariato fosse suspenso. Sua resignação ao cargo foi aceita pelo Reitor-Mór e pela Santa Sé. Nos próximos 10 anos ele viveu em Bruges como capelão das redentoristas. Morreu em Tornai dia 30 de setembro de 1858. A reputação de sua santidade e as graças recebidas por sua intercessão levaram à introdução da Causa de Beatificação. Ela foi aceita por Roma em 1913 e suas virtudes foram declaradas heroicas a 29 de abril de 1980. Parecia que o processo fora abandonado, mas reapareceu no capítulo Geral, sobretudo depois da mudança de suas relíquias de Tornai para Bischemberg, a primeira casa fundada por Ele. Na história da Congregação, teve o papel proponderante na difusão e no esforço de se resolverem os assuntos do Vicariato em Relação a Pagani e Santa Se. Consegue a divisão em províncias, que não chega a funcionar por parte dos italianos.