segunda-feira, 23 de novembro de 2020

nº 2018 - Homilia do 1º Domingo do Advento (29.11.20)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista 
“Convertei-nos”! 
 Voltai-vos para nós! 
Começamos o tempo do Advento. Nele celebramos a Segunda Vinda de Cristo e sua Vinda no Natal. É um dos mistérios da Redenção. É o fechamento de toda obra de Jesus no que se refere à vida dos homens. Ele veio trazer a salvação. Pensamos nessa Vinda somente como o final dos tempos. Assim perdemos a dimensão de uma Vinda permanente ao nosso encontro. Após a reflexão da gloriosa Vinda, voltamos nosso coração à primeira Vinda como homem. É a criança que nasce em Belém. Temos dois tempos no Advento: Refletimos a Segunda Vinda e contemplamos a primeira em seu nascimento. É o chamado à vigilância. Vigiar é estar vivo e pronto para assumir Cristo como Dom do Pai. Esperançar é esperar agindo com boas obras: Rezamos: “Concedei a vossos fiéis o ardente desejo de possuir o Reino celeste, para que, acorrendo com as boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos à sua direita na comunidade dos justos” (Coleta). A segunda Vinda estimula a vida da comunidade na prática das boas obras. As boas obras clamam pela presença do Senhor, mesmo que sejamos marcados pelo pecado. Não as fazemos sem o Senhor. Rezamos no salmo: “Voltai-Vos para nós, Senhor” (Sl 79). O fiel promete: “Nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus! Dai-nos vida e louvaremos vosso nome”. A conversão não é somente um arrependimento, mas é o direcionamento da vida: Estamos sempre voltados para Ele. Israel sempre acolhia as visitas de Deus. Zacarias diz: “O Senhor visitou o seu povo e o libertou” (Lc 1,68). Jesus foi a maior visita de Deus. 
Tu, nosso oleiro 
Esperançar é nos deixar nas mãos de Deus que nos trabalha como o oleiro. Ao nos formar, acolheu nosso barro e nos trabalhou. Somos obra de suas mãos. “Fomos enriquecidos em tudo” (1Cor 1,5). A vigilância nos coloca sempre nas mãos de Deus que nos prepara para ir ao encontro de seu Filho. Quer que sejamos sua imagem e tenhamos sua estatura: “... Até que todos alcancemos a unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, o estado do Homem Perfeito, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef.4,13). Nesse processo de vigilância e expectativa, Deus trabalha sua criatura humana para formar em cada uma, seu Filho. Espiritualidade é deixar-se formar, como o barro nas mãos do oleiro que faz e refaz, modelando ao gosto Dele. Na condição de barro vemos nossa fragilidade: “Todos nos tornamos imundície, e todas as nossas boas obras são como um pano sujo; murchamos todos como folhas, e nossas maldades empurram-nos como o vento” (Is 64,5). O sentimento de fragilidade leva o fiel a sentir o resultado de suas atitudes. Mesmo assim continua nas mãos de Deus: “Senhor, Tu és nosso Pai, nos somos o barro; Tu, nosso oleiro, e nós todos, obras de tuas mãos” (id 7). Vigilância inclui a fragilidade. 
Vigiai 
Pelo fato de Jesus estimular à vigilância, podemos perceber que a atenção deve ser permanente. Não vivemos a fé somente em certos horários. Ela não é uma etapa, é um modo de vida. Não vivemos a fé como um programa para determinados momentos. Ela nos assume como um todo, todo tempo. Dormir não se trata do descansar, mas de dormir em serviço. A atividade da Igreja deve penetrar todos os seguimentos da vida e do mundo, não como uma religião que se impõe, mas como uma orientação para todos os momentos. É simples. “Onde há amor e caridade, Deus aí está”. É como um rosário. O que une os grãos é o fio, fazendo-as uma unidade. Vigiemos pois. 
Leituras Isaías 63,16b-17.19b; 64,2b-7;Salmo 79; 
1Coríntios 1,3-9; Marcos 13,33-37. 
Ficha: nº 2018 
Homilia do 1º Domingo do Advento (29.11.20) 
1. A conversão não é somente um arrependimento, mas é o direcionamento da vida. 
2. No processo de vigilância Deus trabalha a criatura para formar seu Filho em cada uma. 
3. Não vivemos a fé somente em certos horários. Ela não é uma etapa, é um modo de vida. 
Sai de baixo! 
Quando se fala de fim de mundo e das coisas que vem do alto, dá a impressão que a gente tem que se abaixar para não cair alguma coisa na cabeça. O que nos vai cair na cabeça quando o Senhor vier? Mas, o que interessa não é o que vem de cima (o que vem de cima é Deus quem manda), mas o que sai debaixo, o que mandamos para o alto, o que mandamos para Deus, para nossos irmãos Esse é o perigo. Deus espera nossa capacidade de fazer boas obras. São elas que nos manterão vigilantes.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Nr.2016 - Homilia de Cristo Rei (22.11.20)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista 
“Cristo, Rei do Universo” 
Restaurar todas as coisas 
O Papa Pio XI instituiu a festa de Cristo Rei em 1925 para frear o crescimento das correntes de pensamento laicista, como o comunismo e outros que se opunham aos valores cristãos. A festa era celebrada no último domingo de outubro. Com a reforma litúrgica foi transferida para o último domingo do ano litúrgico, tendo sido reformulada sua finalidade. Antes era um tanto política. Agora tem a finalidade de mostrar Cristo para o qual converge todo o universo. A festa encerra o ano litúrgico. Não sem razão, toda a celebração é “por Cristo, com Cristo e em Cristo, a Vós, Deus Pai, todo poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda glória, agora e para sempre”. Só podemos dizer: “Amém!” A oração da festa apresenta a missão de Cristo Rei: “Ó Deus, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, Rei do Universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, Vos glorifiquem eternamente”. E dizemos: “Amém!”. A festa lembra a missão de Cristo que é a restauração do Universo. Não só numa dimensão espiritual, mas aquela verdadeira espiritualidade que envolve todas as realidades. Tudo seja entregue a Cristo que submete tudo ao Pai. Cristo não é um líder religioso ao lado de tantos outros. Ele é o Senhor do Universo. Seguindo o Evangelho estamos em seu Reino de justiça, amor e paz. Como Jesus é o Servo, tudo Nele é para o serviço de levar as realidades à plenitude que é servir o homem. 
Servindo vossa majestade 
Esse Rei é o pastor que conduz pelos prados e campinas verdejante, águas repousantes e restaura as forças (Sl 22). Ele instituiu um reino que consiste fundamentalmente em servi-lo no pequeno sofredor. Por isso o julgamento está na fidelidade às constituições básicas que constituem o Reino de Deus: Como cuidamos de Cristo. Esse cuidado se dá no cuidado com os necessitados. Reino é cuidar. Por isso ele é reino da verdade e da vida, de santidade e graça, justiça de amor e de paz. As questões a serem julgadas são as maiores questões que mais atingem a humanidade. São a síntese da vida e da morte do mundo. Elas atingem diretamente todos os habitantes desse Reino. São questões de vida e morte ao mundo: fome, sede, migração, vestes, doença, sistema prisional. São males que atingem toda a humanidade. Pior de tudo é que a pastoral, a teologia, a doutrina e a espiritualidade cuidam de questões, nunca do ser humano. É mais fácil e nos tira a responsabilidade pelo Reino de Deus, na pessoa do Cristo Rei-Pastor. Como Jesus se identifica com seu Reino, tudo o que é feito para cada um dos pequeninos é feito ao Rei, Filho de Deus, Salvador: “Tudo o que fizestes a um desses pequeninos, foi a mim que o fizestes ou não fizestes”. O que passa disso, só tem sentido se está voltado para essa questão fundamental. 
Libertas da escravidão 
Rezamos na oração: “Fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo vossa majestade vos glorifiquem eternamente”. Quando falamos de libertação, não há outra finalidade que a promoção do homem, da mulher e do mundo, mas também o culto a Deus. Moisés, ao libertar o povo, dizia que era para ir para prestar culto a Deus. Só existe fé quando sai dos conceitos e passa à realidade do ser humano. Só existe culto perfeito quando o Celebrado é visto no pequenino, no pobre e no deserdado. E os que possuem bens? Jesus diz sobre o homem que ajuntou muitos bens e morreu de repente; “Assim acontece com o homem que ajunta tesouros para si, mas não é rico para Deus” (Lc 12,21). 
Leituras: Ezequiel 34,11-12.15-17; Salmo 22; 1 
Coríntios 15,20-26.28; Mateus 25,1-36. 
Ficha nº 2016 
Homilia de Cristo Rei (22.11.20) 
1. A missão de Cristo é a restauração do Universo que envolve todas as realidades. 
2. As questões a serem julgadas são as maiores questões que mais atingem a humanidade. 
3. Só existe fé quando sai dos conceitos e passa à realidade do ser humano.
Um rei na rua? 
Esse negócio de ser rei é uma invenção, pois Jesus afirma que é rei, mas não é daqui. Por isso é diferente. A diferença no aqui é que Ele está na calçada batendo palmas a quem passa, o verdadeiro rei. Quando fala de autoridade, diz que é diferente. Está por baixo e não por cima. Ele não tem um sósia. É Ele mesmo que está ali, identificado para ser mais conhecido. Não quer ser conhecido pela coroa, a não ser a de espinhos, a que sobrou. Ele está no corpo ferido pelos espinhos. Quem está na rua é o rei para Jesus. A ele, Ele serve.

nº 2014 - Homilia do 33º Domingo Comum (15.11.20)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista 
“Tu me deste um tesouro” 
 Dar muito fruto 
A parábola do dinheiro (talentos) a ser aplicado parece ser somente um problema de má administração financeira. No contexto evangélico, esse texto segue o texto sobre as dez virgens que fala sobre a vigilância. Aqui apresenta o modo de vigiar: produzindo o que Deus nos oferece. Logo segue o texto do grande julgamento. O evangelista encerra o tempo da pregação e passa para a Paixão. No tema da vigilância e espera da vinda do Senhor, a liturgia escolhe, como exemplo, o texto de Provérbios sobre a mulher forte e virtuosa. O talento é uma moeda e não um dom. Cada talento corresponde a 40 kg de ouro. O homem entregou todos os seus bens aos seus funcionários, para que os administrassem. Um recebeu 10, outro 5, e o outro um. Os dois primeiros duplicaram o que receberam. O que recebeu um não fez nada. Dá a desculpa da severidade do senhor. Sua condenação é total. Na perspectiva da vigilância e espera da vinda do Senhor, o tempo deve ser dedicado para multiplicar os muitos dons que recebemos, tanto humanos como espirituais. Quem não procura o crescimento espiritual não crescerá diante do Senhor. Sem o crescimento humano de modo completo, também não crescerá espiritualmente. Deus não quer casca, nem fantasia espiritual. Não se pode dar desculpas espirituais para evitar o crescimento humano para o bem do mundo. A riqueza tem sentido se produz felicidade e bem estar aos outros. É a melhor maneira de fazê-la crescer equilibrando o mundo. A miséria do mundo também vem da miséria espiritual dos que têm bens. 
Mulher imagem 
A primeira leitura da celebração nos domingos, no tempo comum, é um desenvolvimento da temática do evangelho. Os dons que nos foram dados para viver do Reino de Deus são concretos e não bons desejos espirituais ou preces vazias. O texto do livro dos Provérbios sobre a “mulher forte” é um exemplo de quem vive, no dia a dia, o Reino de Deus em sua atividade de mãe família. Há uma tendência muito grande de designar o Reino somente para elementos espirituais. O Reino não se identifica como uma dimensão da vida, ao lado de outras que podem parecer mais importantes. Ele é o fundamental. A partir dele que se deve organizar a vida. Onde o Reino penetra, assume sua condição de Reino de Deus. Assim é a mulher forte. Ela vale muito. Unida ao marido lhe dá alegria. É o esteio da casa. É aquela que produz. Mas sabe igualmente cuidar dos pobres. E o escritor sagrado diz: “A mulher que teme ao Senhor, essa sim, merece louvor” (Pr 31,30). Lembramos de nossas mães. Papai dizia: “Sua mãe foi uma grande mulher”. Não podemos nos fixar só na mulher, mas ir à grande mãe que é a Igreja. Ela não é somente um lugar ou um grupinho, mas é a mãe forte de tantos filhos. É mãe ocupada que se dedica a todas as situações de seus filhos. Mas querem que fique sem vigor para mudar o mundo. 
Filhos da Luz 
Paulo nos convida a estar vigilantes, pois o Senhor está para vir a qualquer momento (1 Ts 5,2). Sem ter a intenção, ele fecha o assunto. É preciso estar atento, pois “não somos filhos das trevas, mas filhos da luz e filhos do dia” (1Ts 5,5). Caminhamos de dia não deixando que a trevas nos dominem. As obras das trevas estão presentes em nosso cotidiano. Sempre há trevas nos rodeando. A defesa contra esse mal é “temer o Senhor e trilhar seus caminhos”. A vida cristã é uma batalha. Não contra seres espirituais, mas contra os males que nos cercam. Por isso, espiritualidade aérea é pior que o mundo mau. 
  Leituras: Provérbios 31,10-13.19-20.30-31; 
Salmo 127; Mateus 25,14-30. 
Ficha nº 2014 
 Homilia do 33º Domingo Comum (15.11.20) 
1. Não se pode dar desculpas espirituais para evitar o crescimento humano para o bem do mundo. 
2. Há uma tendência de se designar o Reino somente para elementos espirituais. 
3. As obras das trevas estão presentes em nosso cotidiano. 
Assaltando o banco 
Há muitos modos de assaltar um banco. Não são os bandidos que fazem os maiores males. São os próprios donos que têm o poder nas mãos. Isso nós temos visto. Assaltar o banco de nossa vida é também não aproveitar o que podemos produzir, tanto humana como espiritualmente. Para isso não tem limites. Se não cresço prejudico o Reino. Roubar o banco de Deus não é só não fazer render os bens espirituais, mas também os bens humanos pessoais e os do mundo. Vemos, por exemplo, que muitas das invenções de nossa ciência foram feitas por sacerdotes que deram valor ao ser humano e ser mundo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

nº 2012 - Homilia do 32º Domingo Comum (08.11.20)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista 
“Sede de Deus” 
 Venho contemplar-vos no templo 
A leitura do Evangelho, a partir do desse domingo, inicia ensinamento de Jesus sobre a vigilância. Essa reflexão nos leva ao tema da segunda vinda de Cristo. Essa temática se inicia no final do ano litúrgico e continua no início do Advento. É o chamado a estar pronto, pois Ele pode vir a qualquer momento. Podemos até dizer: Cristo não vai vir um dia, Êle vem continuamente. E para isso, é preciso estar sempre de coração pronto. S. Agostinho dizia: “Tenho medo do Jesus que passa”. Numa visão escatológica, de fim de mundo, Ele virá sem aviso. Como na parábola das dez jovens que esperam a chegada do noivo para a festa, o óleo para as lamparinas não pode faltar. A Igreja viveu longos séculos nessa espera até angustiada. Temos a vida dos monges que passavam grande parte da noite acordados em oração. Não se pode dormir, pois Ele vai chegar. Não se pode deixar o coração adormecer no torpor de uma vida vazia. Isso não é sabedoria. Essa é o óleo que alimenta a lamparina. Quanto mais cuidado com a sabedoria, mais ela se manifesta e se torna vida em nós. É triste quando estamos sem sabedoria. “Ela se antecipa dando-se a conhecer aos que a desejam” (Sb 6,13). A busca de Deus cantada pelo salmo se descreve como a sede insuportável da terra seca. Só buscando a Deus se percebe onde está a fonte que sacia. Essa sede se desaltera quando se O busca. O fundamento de toda vida espiritual está nesse desejo de Deus. Não se trata de um eu gostaria, mas eu quero. Sem Ele, eu não vivo. 
Ficai vigiando 
Temos três aspectos que nos indicam como vigiar esperando o Senhor: a busca da sabedoria no desejo de Deus, a força atrativa da Ressurreição e o cuidado em organizar a vida, como levar o óleo suficiente. Nós nos cansamos de esperar... e começamos a cochilar. O retardamento da volta do Senhor no fim dos tempos levou a comunidade a tirar essa parte importante de nossa fé. Dizemos em cada missa: “Vinde, Senhor Jesus!”. Tornou-se um rito vazio. Quando acontecem coisas graves pelo mundo alguns dizem: “É o fim do mundo”. Vamos viver essa esperança na fé e na caridade, cultivando o íntimo desejo do Senhor. Buscando-O sempre. O desejo é real quando existe a busca. “Buscai o Senhor, já que Ele se deixa encontrar; invocai-o já que está perto” (Is .55,6). Quem busca encontra. Para nós, que cremos, há uma força atrativa que se chama ressurreição. Sem essa, não temos porque acreditar. “Se não há ressurreição dos mortos, Cristo também não ressuscitou. Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, vazia também é nossa fé” (1Cor 15,13). Sendo atraídos, cuidemos que não falte o óleo que alimente a fé; cuidemos que nossa esperança aqueça nossa caridade que é o único modo de mostrar a fé e garantir a esperança.
Inteiramente disponíveis 
As orações da celebração (coleta, oferendas e pós-comunhão), nos indicam a vivência diária: “Afastai todo obstáculo para que, inteiramente disponíveis nos dediquemos ao vosso serviço” (Coleta). A espera se dá no louvor ao Senhor, estando sempre prontos para o serviço. A Eucaristia não é só um rito, mas um mistério a ser vivido (Oferendas). Dele tiramos as “energias” espirituais e humanas. O mistério é celebrado por pessoas. Por isso clama para que haja “perseverança no amor” (Pós-comunhão). A espera não se faz de palavra, mas de gestos concretos. Eucaristia não é um rito espiritual de devoção, mas é o motor transformador do mundo. Se não chega a isso, não celebramos dignamente. 
Leituras: Sabedoria 6,12-16; Salmo 62;
1 Tessalonicenses 4,13-18; Mateus 25,1-13. 
Ficha nº 2012 - 
Homilia do 32º Domingo Comum (08.11.20) 
1. Quanto mais cuidado com a sabedoria, mais ela se manifesta e toma nossa vida. 
2. O desejo é real quando existe a busca. 
3. A espera se dá no serviço do louvor ao Senhor, estando sempre prontos para o serviço. 
Acorda, gente! 
A celebração do matrimônio era rica em gestos e participação da comunidade. Uma delas era a espera do noivo para a festa. Muitas surpresas. A hora avançou, o sono chegou e a lamparina apagou. Temos então o diálogo das prevenidas e as tontas. Sair do espaço era perder a festa. Temos diálogo. Melhor prevenir e não arriscar. O Senhor desconhece quem não o espera vigilante e prevenido. Jesus quer ensinar que, é preciso, mesmo que dê umas cochiladas, é preciso estar pronto para qualquer momento. Não adianta chorar por chegar depois que o trem partiu. Jesus também nos previne. O Reino não espera.