segunda-feira, 24 de outubro de 2022

IR. JOÃO BATISTA STÖGER Áustria.

        04.10.1810 –Viena.

01.01.1836-Entrada para o convento.

19.03.1839–Recebe a batina e o nome de ir. Colomano.

18.03.1840 – Profissão.

03.11.1883 - Morte.

30.10.1898 – Abertura do processo. 

  Na casa paterna 

Seus pais chamavam-se José e Isabel. Moram num bairro perto de Viena (Enzersfeld) – têm propriedade e um parreiral para vinho caseiro. Família religiosa e de oração.Pai é severo e jejuador. A mãe tem 8 filhos (os dois primeiros morrem). Nasce João e depois dele tem mais 5, dos quais morrem dois. Duas irmãs se fazem monjas redentoristas. A mãe pede ao pároco que encaminhe as filhas para as redentoristas.Seu tio Miguel tem uma propriedade, é religioso e influencia João. Leva-o para suas devoções. Na sua formação está presente também Santo Afonso. Conhece também a influência de S.Clemente.Foi aluno aplicado na escola, acima do normal. Gosta de livros e faz uma biblioteca onde se encontram livros de Santo Afonso. Tem até pinturas de Sto.Afonso.Em sua juventude quis ser padre, mas o pai o impediu. Aos 15 anos é encarregado de cuidar dos animais. Mora na cocheira. Lê muito, mesmo quando vai de carroça à cidade. São tempos de crise na sociedade. Ele tem grande espiritualidade e vida de oração.É grande amigo das crianças. É sempre chamado a ser padrinho de crisma. Num ano teve 8 afilhados. É bom companheiro saindo sempre com os colegas para peregrinações. É estimado pelo povo, alegre prestativo e simpático. Vai a Viena toda semana levando legumes e leite.Sua vocação religiosa se anuncia. Procura mensalmente o confessor Pe. Máximo. Depois dele o Pe. Medlener, redentorista.Tem uma espiritualidade voltada para os sofrimentos de Cristo. Repete sempre a música Deixa-me cantar teu sofrimento”. Já preanuncia sua vida dolorosa. 

Quer ser religioso: 

Aos 24 anos, idade de assumir a direção do sítio, pois o pai já é idoso. O pai lhe pergunta se quer casar? Responde-lhe João: Pai, casar? De jeito nenhum.. O pai sabia de sua vida de oração. Não é simples. Ele vai aos redentoristas, franciscanos e jesuítas. Eles não têm terra para cuidar. O irmão franciscano Dídaco, que recolhe esmolas, vai à casa de João e o aconselha buscar os padres de Hofbauer. A mãe pede ao pároco, Pe Pio, que converse com João e escreva ao Pe. Passerat que o aceita. Dia 1º de janeiro de 1836, despede-se e vão de carroça para Viena. Os livros vão junto. 

Na Congregação: 

È tempo de guerras e revoluções. Em 1789 a revolução francesa. Em 1813 Napoleão é batido em Leipzig. Em 1815 acontece o Congresso de Viena. As conseqüência ficam. É o tempo do iluminismo e o josefinismo. O grupo de românticos iniciam a contra-corrente, comandados por Clemente. O povo apóia e segue. Também seu pai e o tio apoiaram Clemente. 

Primeiras experiências na Congregação:

João entra na congregação e vai para Weinhaus, propriedade agrícola, onde vai aprender a fazer o pão como Ir. Gostinho. Ele leva os legumes e o leite para a casa com  carrinho de mão. É uma comunidade sem superior, com confusão que atrapalha o candidato irmão.

Noviço: Dia ‘9.03.39 inicia o noviciado com o nome de Ir. Colomano. Mais tarde para irmão Batista. Tem duas virtudes: a humildade e a obediência. Pontual, dócil e aberto. Dialoga. Mandam-no para Weinhaus. Pede revisão e é mandado para Eggenburg. Aí trabalha na horta até à morte, 40 anos sofrendo e cantando: deixa-me cantar teu sofrimento. Dia 18.03.40 faz a profissão religiosa. Sua vida é o heroísmo do dia a dia. 

Personalidade:

Amor a Deus e rezador: a oração ocupa largo espaço na vida de João. Vive a presença de Deus, chegando a grande contemplação. Levanta-se às 3 hs para fazer via-sacra e oração. Às 5 h, oração da comunidade e missa da qual é acólito. Gosta da Palavra de Deus. É silencioso. Trabalhador e rezador. “Este irmão salvou mais almas com sua oração do que todos os padres com sua pregação”. 

No trabalho: Oração e trabalho são a unidade de sua vida Faz o trabalho com tal fervor como se estivesse realizando uma ação litúrgica. Como hortelão e jardineiro prepara flores para a capela. 

Confiança em Maria: Continua suas peregrinações, preferindo o santuário Pulkauer Brünnl,perto de Eggenburg.Quando começa a faltar chuva vai lá.O povo vendo-o diz; “O irmão Batista vai indo, logo vem a chuva”. Quando vai, leva os que pouco saem de casa. 

Amor ao próximo: Atencioso para com cada um. Severo para consigo mesmo não exige dos outros. Diz: “A regra não é o retrato, é a moldura”. Nesta moldura que é comum a todos cad um procura encaixar o seu retrato conforme a natureza de cada um e a medida da graça. 

Despertador: Era o despertador da comunidade. Quem vai à meditação às 5,30, deve levantar-se às 5h. Quando sabe que um confrade gasta só 15 minutos, ele o deixa dormir um pouco mais, voltando 15minutos mais tarde para acordá-lo. Ajuda quem precisa mesmo em que lhe seja pedido. Não deixa o hóspede sozinho esquecido. 

Doentes: Oferece-se para passar a noite com os doentes mais necessitados. Sua delicadeza para com os doentes só pode ser comparada a um anjo. 

Amigos: Tem amigos na região os quais visita nos dias em que as pessoas não estão ocupadas por causa do mau tempo. 

Amor misericordioso: Respeitoso, não fala mal, não agride. Não julga. 

Caminho da humildade: Grande veneração para com os sacerdotes. Quis ser padre mas o pai não deixou. Ajuda à sacristia com carinho. Quer bem aos confrades. Faz os trabalhos duros. Procura passar desapercebido. 

Caminho da pobreza: trabalha no jardim, faz o pão, prefere as coisas pobres. 

Sofrimento e morte: 

Acompanha o tempo litúrgico em suas orações. Na meia idade lhe aparece um problema no pé que o acompanha. As dores aumentam. Rompes-se uma veia e ele cai sem sentidos. Trabalha ajoelhado para acabar uma tarefa. Deve deixar o trabalho. Ajuda nos serviços da cozinha. Não pode deitar-se ou andar por causa da perna. Passa o dia e a noite nua cadeira de encosto, cheio de paciência.Tentação e angústia: Acrescente-se o sofrimento espiritual: escrúpulos, sentimentos de culpa, angústias. Recorre a Maria. Tem suas lutas com o demônio. Sofre de desconsolo interior. Sente-se abandonado por Deus. Sente-se no inferno e sem fé.Tudo está consumado: Dia 03.11.1883 pede: hoje quero ficar deitado no chão. Agita-se, dá gritos e emudece. Tem tremores. Recomenda-se à oração das 7 h às 3,30 da manhã, quando diz: agora está bom. Pede para ir para a cadeira. Adormece tranquilamente no Senhor.

Túmulo glorioso: sepultamento concorrido. Tem seu túmulo visitado. Em 1898 abre-se o processo. Seu corpo é exumado. A província tem continuado o interesse por seu processo.

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segunda-feira, 17 de outubro de 2022

PE. ISIDORO FIORINI Itália – Sicília.

23.05.1867 – Nascimento. 
25.09.1885 – Noviciado. 
01.11.1886 – Profissão religiosa. 
13.06.1897 – Ordenação 
24.07.1956 – Morte. 
Nasceu em Schifelli. Seus pais foram Alexandre Fiorini e Rosa Campoli. O pai faleceu em 1876. Passaram grande misérias. A mãe vai trabalhar no galinheiro da comunidade e Isidoro fazia alguns serviços pela casa. Um padre o instruía e também muito lhe falava da Sicília. Em 1883 pediu para entrar na Congregação. Iniciou o noviciado em Roma (Convento S.Afonso) em 25.09.85. Aí fez os estudos sob a orientação do Pe. Pitocchi. Vê confrades de todo mundo que o anima a vastos horizontes. 10 anos de estudos e de empenho de vida religiosa. Seu defeito era a ira. Daí vai para Cortona para continuar os estudos. No dia 13.07.1897 recebe a ordenação sacerdotal. Transferido a Schifelli vai a Bussolengo para pregar missões. No dia 23.03.1902 recebe uma carta do superior Geral que o transfere para a Sicília para a cidade de Uditore. Par pregar depois da supressão garibaldina. Faz grandes missões. Recebiam abusos dos liberais maçons. Sofre por doenças que o incomoda. Na missão de Partana recebe (1913) a notícias da morte da mãe. Em 27.05.1915 é transferido para Agrigento. Ele é acolhedor, bondoso e compreensivo. Surge, nesse tempo, a guerra do império austro-ungárico. É transferido para Sciacca como superior da casa (terminara a guerra). Retorna Uditore. Tem uma capelania para retiros e cuida espiritualmente dos uditorenses. Chama uma missão Prega missões. NO meio de tanta atividade mantinha-se em contemplação. Visita também as famílias do campo. Retorna novamente Agrigento e vive uma segunda juventude. Livre, dedica-se às missões com grande apreço do povo. As igrejas ficavam cheias. O povo queria sua presença. Confessa o tempo todo. Nunca disse não aos superiores. Longa permanência em Uditore: Volta a Uditore, reforma a Igreja e se torna disponível à missões Trabalha nos diversos setores.É procurado elos seminaristas para as confissões Um servo de deus se confessa com Ele.Preocupado com a juventude, prega retiro aos sacerdotes Dá apoio à Ação Católica. Receberam a visita de um visitador muito duro e centralizador. Ele escreve ao geral protestando em nome dos outros. O Geral responde: “Será que Nosso Senhor agradaria a vocês?” Obedece. Última etapa em Agrigento: Voltando a Agrigento prepara o centenário da canonização de S. Afonso. Atende o povo. EM 06.02.42 é nomeado superior de Rometta. O Geral muda de idéia. Mesmo sendo velho continua a pregar e confessar. No dia 24 de julho, de 56, tendo ido confessar irmãs, volta de ônibus, mesmo tendo sido oferecido um taxi. Pelas 20 chega diante da casa. Desceu, mas a batina se prendeu e fechada a porta, o ônibus partiu arrastando o padre que fica com as pernas sob as rodas de trás. É levado ao hospital. Levado para casa morreu dia 25.07.56 com 89 anos 2 meses e 2 dias.

terça-feira, 11 de outubro de 2022

PADRE BERNARDO LUBIENSKI Polônia

Nasceu em Guzów, perto de Varsóvia no dia 9 de dezembro de 1846, o segundo de doze filhos de uma família polonesa nobre e muito religiosa. Seus pais: Tomás e Adelaide Wentworth Lubienski. O seu avô, ministro da justiça e culto, foi quem assinou o decreto de expulsão de São Clemente de Varsóvia. Bernardo em 1856 manifestou o desejo de ser padre. Com a idade de 12 anos, em 1858 foi enviado por seus pais a S. Cuthbert’ College em Ushaw, na Inglaterra, onde seu irmão Henrique já estudava. Foram mandados para fora do país para não sofrerem a influência russa. Durante os estudos Bernardo foi ajudado e protegido por seus parentes Irene e Carlos Bodenham, que viviam em Rotherwas em Herefordshire. Em 1862, Bernardo decide ser padre. Um retiro o anima à vida religiosa. Entrou na Congregação Redentorista em 1864 em Bishop Eton, perto de Liverpool onde, aos 6 de setembro de 1864 começou o noviciado e em 7 de maio de 1866 fez seus votos religiosos. O pai não queria sua vocação. Bernardo fez os estudos de filosofia na Inglaterra, que neste período pertencia à província Holandesa. Fez seus estudos teológicos em Wittem, na Holanda e foi ordenado sacerdote em Aachen (Alemanha) a 29 de dezembro de 1870. Completou seus estudos e teve seis meses de campanha missionária em Perth na Escócia. Em 1873 Bernardo passou a ser secretário do Pe. Roberto Coiffin, o provincial da Inglaterra (neste tempo já província), mais tarde bispo de Soutwark. Dedicou-se também ao trabalho pastoral na paróquia de Clapham em Londres. De 1875 a 1882 participou juntamente com outros missionários em cerca de 20 missões, a maior parte em grandes cidades como Birmingham, Londres, Manchester. Ele trabalhou também no apostolado entre os emigrantes poloneses na capital inglesa. Depois de receber uma especial bênção do Papa Leão XIII, em 22 de junho de 1883 Bernardo voltou à Polônia, estabelecendo-se em Mosciska para re-implantar a Congregação (Atualmente Ucrânia). Ele dizia, que queria reparar o mal que fizera seu avô que assinara o decreto expulsando S.Clemente de Varsóvia. Durante esta estadia, primeiro na casa redentorista de Mosciska perto de Przemysl e depois em Cracóvia e em Varsóvia, ele se dedicou a um intensivo trabalho missionário, apesar de uma parcial paralisia com a qual ele sofreu desde a idade de 39 anos. Influenciou todas as classes sociais da Polônia pregando, escrevendo livros religiosos e propagando o culto à Virgem Maria, em especial sob a invocação do Perpétuo Socorro. Tornou-se um famoso missionário, a quem o povo considerava um santo. Em seu trabalho apostólico evangelizou também na Rússia - Siberia, pregando missões até Wladivostok no mar do Japão. Ele era chamado de o missionário aleijado, pois, por causa de um problema ele mandou pelo resto da vida. Depois de longos anos de trabalho missionário morreu em Varsóvia no dia 10 de setembro de 1933. Em 17 de junho de 1982, iniciou-se seu processo de beatificação. Agora estamos esperando a declaração da heroicidade de suas virtudes e o milagre necessário para a beatificação.

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

PADRE ANTONIO LOSITO - ITALIANO

Nasceu em Canossa aos 16.12.1838. Nasce órfão, pois o pai foi esmagado por um barril de vinho. Tinha apenas 38 anos. Pais: Antonio Losito e Celeste Russo (Morre 10 anos depois). Foi criado pela ao. Morre-lhe também a avó. Encontra-se com o clérigo Loyodice de Corato. Decidiu-se ao ver o jovem (grande fundador e províncias e servo de Deus). Aos 17 anos pede a entrada, em bom latim. Aprovado pelos consultores gerais. Entra para o noviciado 24.11.1855. Faz a profissão no dia 24.10.56. Faz teologia em Materdomini (Escritura, Moral e Santos padres). No relatório está escrito: “Losito tem saúde boa, é forte e prudente. Virtuoso e com tendência ao escrúpulo”. Fica bom tempo em casa para curar-se. Foi ordenado dia 19.03.1862. Havia muitos estudantes e poucos paramentos. Ficou para o outro domingo, mas foi ordenado dia 5 de abril, com dispensa de 8 meses e 20 dias. Faz da vida um dom para os outros. Neste período são supressas todas as casas religiosas pelos anticlericais. Em 1861 foram ameaçados de serem fusilados acusados de acolher bandidos. No Natal são expulsos e ficam somente dois padres para cuidar da casa: Tramontano e Losito. Depois fica Tramontano e Losito é expulso. Vai para sua casa em Canossa onde fica 20 anos. Manteve a vida religiosa. O povo acorria a ele. Distribui o que tem em casa. Sua espiritualidade está fundada no Santissimo Sacramento, Maria e Menino Jesus. Em 1886 volta para a Congregação. Vai a Pagani onde vive em uma casa particular. De 1887 - 1907 é prefeito dos estudantes em Pagani. Tinha grande interesse em que os estudantes pudessem conhecer os outros ritos. Por isso aproveitava para que pudessem conhecer e participar dos ritos caldeu e armênio. Introduziu o jogo de bochas. O castigo de quem perdia era cantar uma Salve Rainha. Era duro nas chamadas que fazia aos estudantes. De uma feita mandou embora 7 estudantes que mantinham correspondência secreta. De 1907 a 1909 foi reitor de Pagani. Tinha 60 anos. Consegue a declaração da Igreja como Basílica Pontifícia. Tem grande cuidado com os pobres. De 1909 a 1912 foi provincial. Cuida do Santuário de S. Geraldo. Amava as tradições populares. Foi diretor espiritual de Bartolo Longo de quem apóia a obra no Santuário de N.S. Rosário de Pompéia. Através da direção espiritual tem contato com tantas pessoas ilustres. Prega a bispos. Escreveu ao Rei da Espanha. É amigo dos cardeais. Um Cardeal amigo apresenta-o ao Papa. Estabelece com ele grande amizade. A porta está sempre aberta para o senhor, lhe diz o Papa Pio X. Consegue muitos benefícios. Mandava laranjas do jardim de Santo Afonso. O Papa lhe escrevia. Nos 50 anos o Cardeal Van Rossum vai festeja-lo com um cálice presenteado pelo Papa Bento XV que quis conhece-lo. Ajuda a Cidade de Canossa nas dificuldades. Sofre de 1870 a 1890 de um tremor que lhe impedia de celebrar. Tem câncer na bexiga. Morre dia 18.07.1917 às 9,15. Foi exumado 27.10.1920. Canossa o quis entre eles. 
(Pe. Salvatore Brugnano)