quinta-feira, 17 de novembro de 2022

IR. SANTIAGO MARGUSINO FERNÁNDEZ ESPANHOL

Nasceu dia 24 de julho de 1863, em Muga de Alba, província de Zamora. Aos 24 anos entra como postulante em Astorga. Fez sua profissão religiosa como irmão redentorista dia 19 de março de 1891. Foi destinado à fundação de Porto Rico, voltando à Espanha em 1897. Depois de passar por várias comunidades chega a valência em 1917, onde permanecerá até o momento de sua morte. Alguém que conviveu com ele dá este testemunho: “Homem de poucas palavras, mas de muitos feitos pelo bem da comunidade em que vivia. Nunca ficava ocioso. Estava sempre ocupado com o trabalho ou com a oração. Fazia com perfeita ordem tudo o que lhe era encomendado. Modelo de caridade e respeito religioso. Sua presença era garantia de ordem e pontualidade, com grande satisfação para os da casa e estranhos. Era bom em todos os ofícios, mas trabalhava principalmente como alfaiate e sacristão”. Ao explodir a revolução, o irmão Santiago buscou a hospitalidade de D. Carmen Aparisi y Guijarro. Ali não fazia outra coisa que rezar, não tirava o terço das mãos enquanto esteve naquela casa, como nota uma das empregadas de D. Carmen. Esta senhora teve que fechar a casa, mas, antes deixou o irmão instalado em uma pensão da rua Serrano nº 10. Ela pagava todos os meses a pensão para o irmão. Depois de muitos sustos, por fim no dia 23 de outubro se apresentaram sete militares e levaram o irmão juntamente com um jesuíta que estava na mesma pensão e os fecharam no cárcere das Torres de Cuarte. Aqui já estava encarcerado o Pe. Benjamin Piorno, da mesma comunidade de Valência. Um dia levaram um aviso ao Padre dizendo que o irmão estava de cama e queria falar com ele. Estava mal e já se pensava na morte. Queria confessar-se, o que fez fervorosamente. Reconhecida a gravidade do irmão, chamou-se o médico, pessoa sensata e católica ao qual se comunicou a condição religiosa do irmão. O médico deu ordem de que fosse levado ao Hospital, Antes, porém, para reanimá-lo, deram-lhe uma injeção de óleo canforado. Assim pode vestir-se por si mesmo, despediu-se da sala e desceu as escadas até chegar ao carro que o levaria ao hospital. Que aconteceu depois? Morreu pelo caminho? Foi assassinado. Certo é que ao chegou ao hospital. Desapareceu sem deixar rasto nem nos registros do hospital, nem nas listas dos cárceres, nem nos cemitérios. A data de sua morte ficou para o dia 23 de dezembro de 1936.

Nenhum comentário:

Postar um comentário