Redentorista
Todos
os Santos
Celebramos a festa da família de
Deus: Todos reunidos em torno do Pai comum. Essa festa lembra todos os que O acolheram
em sua vida e agora vivem em sua casa. Há uma medida muito clara para saber
quem é bom ou quem é mau: O coração do Pai. Como Deus é pai estimula e acolhe os
filhos todos. Os mais fracos e doentes são os preferidos. O sentido dessa festa
não é lembrar um santo canonizado, conhecido e comemorado, mas recordar todos
os cidadãos do Céu. Todos os filhos têm direito à casa do Pai. Mas o Pai não é
privilégio exclusivo, pois ali estava gente com a marca do Deus vivo. João diz:“Vi
uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas que
ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro. Trajavam vestes
brancas e traziam palmas na mão” (Ap 7,9). O Céu é aberto
a todos. Todos que lá entram lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro Jesus.
Jesus é o Salvador de todos e não de um grupinho. No salmo rezamos: “Quem
subirá até o monte do Senhor? ‘Quem tem mãos puras e inocente o coração, quem
não dirige sua mente para o crime”’ (Sl 23). É preciso
superar idéia de achar que somos os únicos herdeiros do Reino. É uma visão
mesquinha para quem diz conhecer Jesus Cristo. Celebrar todos os santos é
reconhecer que o caminho de santidade é para todos. a missão da Igreja é levar todos a conhecer Jesus e viver seu
Evangelho de justiça, amor e paz. Esse
caminho Jesus apresenta em seu ensinamento sobre as bem-aventuranças. É o
caminho fácil.
E somos filhos
A santidade a
que somos chamados não provém de nossos ritos, pois tudo o que fizermos será um
dom de Deus que nos dá a participação de sua vida. Somos filhos porque nos
fizemos irmãos de Jesus pela fé em nosso batismo. Somos santos por dom. Para
crescermos nessa opção de santidade, devemos assumir a condição de filhos de
Deus e viver a participação da Vida Divina correspondendo aos dons que
recebemos. Assumir o Evangelho como modo de vida implica viver como irmãos na
comunidade, alimentados pela Eucaristia e ser assíduos aos ensinamentos e à
fraternidade, como aprendemos da comunidade primitiva (At
2,42).
A certeza que a Vida Divina cresce em nós é o desejo e empenho de anúncio do Evangelho. Ter fé é
anunciar. Há imensas possibilidades, mas é preciso que Jesus seja conhecido e
amado. Ele tem a resposta a todas as questões do mundo, pois o amor de Deus
pode tudo penetrar. A santidade do fiel estará em viver o evangelho e evitar
aquilo que tem sabor de santidade, mas não passa de ideologia. Tudo de
espiritual que buscarmos tem que corresponder ao Evangelho das
bem-aventuranças.
Marcados pelo
Espírito
São João, no Apocalipse, diz o
Anjo: “Não façais mal à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos
marcado na fronte os servos de nosso Deus. Ouvi o número dos que tinham sido
marcados: eram cento e quarenta e quatro mil,de todas as tribos dos filhos de
Israel” (Ap 7,3-4). A marca é o sinal da escolha de
Deus, a partir do batismo. Mas depois diz que havia uma multidão, como vimos. O
batismo é o caminho normal da vida cristã, aberta a todos num sentido de
escolhidos como testemunhas. Mas a santidade pode se encontrar em todos os que
querem a prática do bem. Essa é a marca de todos. Celebrando todos os santos
estamos unidos como família que celebra o Pai. Conosco está o Filho
primogênito, Jesus e o Espírito que santifica e nos abre o caminho das
bem-aventuranças.
Leituras: Apocalipse 7,2-4.9-14; Salmo 23; 1 João 3,1-3;
Mateus 5,1-12ª
Ficha: nº 1802 - Homilia da S. de Todos os Santos (04.11.18)
1.
O
sentido dessa festa é lembrar todos os cidadãos do céu.
2.
Para
crescermos na opção de santidade, devemos assumir a condição de filhos.
3.
A
santidade pode se encontrar em todos os que querem a prática do bem.
Santo
sem carteirinha
Há muita história sobre o Céu.
Uns colocam S. Pedro de porteiro, por isso tem chaves na mão. Afinal o sentido
era outro. Mas tem chave. Outros colocam Nossa Senhora numa janela para entrar
os que não podem entrar pela porta normal. Isso sem falar de algumas novelas
que descrevem o Céu sem imaginação. Não dá para encarar. Não sabemos como é.
Tem gente que quer organizar o Céu, mas não dá conta de organizar sua dispensa.
Ou pior, sua vida.
Quem
está no Inferno? Como é? Quem for para lá nos conte depois.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/
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