domingo, 19 de maio de 2019

nº 1858 - Homilia do 5º Domingo da Páscoa (19.05.19)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista
“Novo céu e nova terra” 
Construindo a Vida Nova 
Jesus Ressuscitado continua sendo o Mestre. Para tanto esteve com os discípulos cinquenta dias. Mais que um tempo de convivência que a marcação de calendário. Os apóstolos afirmam com vigor a razão de sua fé que é o Cristo vivo, presente e doador do Espírito. As narrativas dos Atos de Apóstolos continuam dando como fizeram para comunicarem a certeza da Ressurreição. Esse tempo foi o tempo favorável para Jesus dar aos discípulos os ensinamentos para continuarem sua missão. Nas leituras acolhem o ensinamento sobre a comunidade que vai levar adiante a salvação. Têm a certeza de contar não em uma história ou contos de fadas, mas a presença de um Vivo. Nele encontramos a riqueza do mandamento do amor. Esse amor foi a razão da Morte e da garantia da Ressurreição.. Sabemos que as necessidades eram muito grandes. Em seu dom Jesus nos adquiriu com sua morte e com seu amor ao Pai que gera o Amor. Por isso as narrativas, mais que um amor afetivo, são vividas num só gesto de acolher uma comunicação, corresponder e fazer comunidade. O amor doado por Jesus transforma-se em ações de misericordioso. 
Morada de Deus 
O Apocalipse é a leitura do livro da Vida. Nele o discípulo encontra seu Messias glorioso e vencedor, da morte e aberto ao conhecimento das promessas. Pelo Apocalipse aprendemos a ler os sinais dos tempos de Deus a nosso respeito. Abre também ao conhecimento do Reino de Deus que atua no mundo. As bestas são os males que nos perseguem. Seremos vencedores na medida de nossa participação no ministério de suas dores e fortaleza. Na Ceia Pascal, lemos no Evangelho de João, que Jesus lavou os pés dos discípulos. Nesse gesto simbolizou a autoridade no Reino. Tudo o que o Pai deu a seu Filho, o Filho no-lo deu como participação. Os cinquenta dias depois traduzem isso para nós. Cada fiel forma com o Mestre um modo de participação. Paulo e Barnabé fazem longas distâncias para evangelizar. Os discípulos, na fraternidade, estabelecem sua vida na de vida de Jesus. É o caminho para todos. Afirma: “Eu vos dou um novo mandamento: ‘Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei, também deveis amar uns aos outros”’ (Jo 13,31-35). Temos aqui a chave do Reino de Deus. 
A cruz e o amor 
Nesse contexto de fim de Tempo Pascal, a liturgia não só apresenta narrativas dos fatos maravilhosos e fortes de nossa redenção, mas também como viver o mistério em nossa vida. Jesus nos dá a chave. Faço o que vi meu Pai fazer. E Jesus convida a carregar a cruz como Ele levou. Como Jesus, somos formados a beber o vinho de Cristo, que significa a refeição dos marcados pela fé no Batismo. Jesus não deixou nada escrito. As comunidades demoraram muito a se formarem. Aqui se encontra a chave de estourar os abismos do mal: o amor e a cruz. O amor que é a vida da comunidade e pela comunidade:“Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13,33-35). A festa da Páscoa é comunhão, acolhimento e vida doada. Quanto mais construído com amor na comunidade, cresce em nosso meio a Jerusalém do alto. O texto chama à atenção para a preciosidade da cidade celeste. Mas ela ainda está a caminho 
Leituras: Atos14,21b-27; Salmo 144; Apocalipse 21,1-5ª; João 13,31-33º.34-35 
Ficha nº 1860 - Homilia do 5º Domingo da Páscoa (19.05.19) 
1-Vida, a Morte e a Ressurreição não são teorias, mas amor. 
2-Jesus afirmou que sigam através do amor de comunhão. 
3-Quanto mais construído com amor na comunidade mais cresce em nosso meio a Jerusalém do alto.

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