quarta-feira, 8 de março de 2023

Vida Religiosa CHAMOU OS QUE ELE QUIS

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Vocação ao amor.
 
No Ano Vocacional temos refletido sobre os mais diversos aspectos da vocação. 
Hoje refletimos sobre a VOCAÇÃO RELIGIOSA. 
A partir do Batismo temos sempre diante dos olhos o grande apelo de Deus a uma grandíssima vocação: o amor. No amor nós nos definimos sobre nosso lugar na Igreja. Como cristãos somos vocacionados ao amor. Nosso lugar na Igreja responde à pergunta? Onde posso amar mais e melhor? Sem esta pergunta somos profissionais e não vocacionados. E para responder ao onde vamos amar, temos que olhar para onde olha Jesus. Como Ele, temos diante dos olhos a imensidão dos sofredores. Por isso Ele dizia: “Tenho compaixão deste povo”. A vocação religiosa responder a esta compaixão. Viver como Jesus vivia. Jesus não impõe o modo de segui-lo, mas pede o amor. Os religiosos têm um modo particular de ouvir seu chamado que se caracteriza em segui-lo como Ele viveu. Um casado segue Jesus perfeitamente, mas no casamento. Mas Jesus não foi casado. Alguns recebem o convite de viver como Ele viveu: celibatário, sem bens e na obediência ao Pai. E, para viver este modo tão particular, reúnem-se em comunidade. “Todos tinham um só coração e uma só alma. “”Tinham tudo em comum”. O Papa João II, no documento sobre a Vida Consagrada (n. 22), afirma que a vida religiosa é um vivo memorial do ser e do agir do Cristo vivendo o modo que escolheu para viver. Ela torna presente o amor de Jesus pelos pobres e humilhados. Deus chama os religiosos para amar os que Jesus amava. Quando falamos de vocação religiosa, pensamos nos conventos. Jesus pensava nos sofredores, pobres, humilhados e abandonados. Todos os fundadores procuraram ajudar infelizes. O carisma dado a uma congregação é uma espiritualidade e uma obra pelos necessitados que sustenta esta espiritualidade e dá garantia de fidelidade ao projeto do Espírito Santo. Para realizar este carisma, os religiosos professam a pessoa de Jesus, quer dizer, identificam-se com Ele na sua pessoa e na sua missão. Unidos a Ele, amamos aqueles que ele amava. Seguir Jesus casto, pobre e obediente. O convite que Jesus nos faz de continuá-lo presente no mundo tem um modo: viver do jeito que vivia. Ser celibatário (solteiro) pelo Reino de Deus é dedicar nossa capacidade de amar e ser amado àqueles que nos foram confiados. Ser pobre como Jesus, é não ter nada. Ser pobre, e ter somente o necessário, é estar livre e desimpedido para dedicar-se à missão que nos confiou. Ser obediente como Ele, é colocar nossas energias e vontade a serviço da missão, unindo nossas forças na fraternidade. Unidos numa comunidade, vivemos a presença de Jesus em nosso meio e transformamos nossa vida de fraternidade no primeiro testemunho do evangelho. Neste caminho fazemos nossa trajetória de santidade e damos o testemunho pela vida e pelas obras que realizamos. Claro que nem sempre fazemos o que devíamos. Neste caso perdemos nossa força de evangelização. Pedimos a todos os fiéis que sejam nossos irmãos e nos corrijam quando nos afastamos de nossa missão. Certamente nosso testemunho, às vezes não é entendido, Mas pedimos perdão quando falhamos. Cremos que Jesus nos pode levar a ser sempre mais seus sinais e testemunhas no mundo de hoje.

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