sábado, 1 de dezembro de 2018

nº 1813 Artigo - “Promotores da paz”

Pe. Luiz Carlos de Oliveira
Redentorista 
2130. Provocando guerras
Em sua Exortação Apostólica o Papa Francisco se dedica, agora, à bem-aventurança da paz. “Felizes os que promovem a paz porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9). “Esta bem-aventurança faz-nos pensar nas numerosas situações de guerra que perduram”, diz ele. Mas as guerras grandes continuam e nós promovemos as guerras pequenas que destroem os ambientes, a convivência e matam tantas esperanças. Somadas essas briguinhas, dá uma guerra mundial. Da nossa parte é muito comum sermos causa de conflitos ou, pelo menos, de incompreensões (GE 87). Como sabemos, o Papa é inimigo da fofoca, da maledicência, da murmuração, sobretudo na Igreja. Quando lemos seus escritos tão simples, mostra que quer vida e não teorias. Sabemos como pessoas têm prazer em causar confusão destruindo a paz. As grandes guerras vão se formando de pequenas coisas, provocações, desentendimentos propositais etc... Os interesses são maiores que os argumentos. É um pequeno fósforo que ateia um grande incêndio. Mas sabemos que o ambiente já era propício. Para um campo seco, basta uma fagulha. Nós temos facilidade de levar aos outros o que nos disseram e, com aumento do assunto e com acréscimo.  Não podemos pensar nas grandes guerras. Essas nascem de pequenos conflitos e choques de interesses. A ganância é exageradamente grande. Por que sacrificar um povo com tantas mortes, sobretudo de inocentes, quando eles não têm a ver com os interesses dos grandes? 
2131. Construtores da paz
Diz o Papa Francisco: “Os pacíficos são fonte de paz, constroem paz e amizade social. Àqueles que cuidam de semear a paz, Jesus faz-lhes uma promessa maravilhosa: ‘serão chamados filhos de Deus’” (Mt 5,9). Percebemos que uma pessoa agitada, descontrola o ambiente. Por isso Jesus disse aos discípulos que, ao chegarem a uma casa, dissessem: “A paz esteja nesta casa!” (Lc 10,5). Quem vive em paz, transmite a paz aonde chega. Todos se sentem bem e à vontade. Um animal feroz nos distancia. Paulo exorta a procurar, juntamente “com todos”, a paz (2Tm 2,22) (GE 88). Se é para tirar a paz das pessoas, não se deve levar adiante o que a destrói (Rm 14,19), porque a unidade é superior ao conflito. E mesmo a verdade pode e deve ser dita com palavras de paz. A verdade não precisa ser grosseira, pois a verdade não tem sentimentos. Não precisamos colocar nela nossos sentimentos. Muitos gostam daa agressividade. Não é bom caminho. Até os animais aceitam ser bem tratados.
2132. Eu vos dou a paz
Já de muito se diz: “Paz não é ausência de guerra”. Há muitos tipos de situações onde não há guerras, mas também não há paz. Paz está dentro de cada um que a semeia por onde passa, não excluindo ninguém. O Papa Francisco lembra: “Não é fácil construir esta paz evangélica que não exclui ninguém; antes, integra mesmo aqueles que são um pouco estranhos. É difícil, requerendo uma grande abertura da mente e do coração...  não pretende ignorar ou dissimular os conflitos, mas «aceitar suportar o conflito, resolvê-lo e transformá-lo no elo de um novo processo” (GE 89). Jesus disse aos discípulos: “Eu vos dou a paz, não como mundo a dá” (Jo 14,27). “Trata-se de ser artesão da paz, porque construir a paz é uma arte que requer serenidade, criatividade, sensibilidade e destreza. Semear a paz ao nosso redor: isto é santidade” (GE 89).
https://padreluizcarlos.wordpress.com/

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