terça-feira, 30 de novembro de 2021

nº 2126 - Homilia do 1º Domingo do Advento (28.11.21)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira
Redentorista 
“Haverá sinais” 
 Sinais de vida 
Iniciamos o tempo do Advento. Na reforma litúrgica houve uma mudança no tempo do Advento. Antes, esse tempo precioso, estava voltado para o nascimento de Cristo, como preparação para o Natal. Agora se recuperou o ensinamento sobre vinda de Cristo no fim dos tempos. Depois se celebra sua vinda na carne, no dia de Natal. No Natal celebramos o mistério da vinda de Cristo entre nós. Nesse tempo inicial de advento, até o dia 16.12, celebramos e preparamos sua vinda gloriosa quando nos virá tomar com Ele para tomarmos posse do Reino que nos está preparado desde o começo do mundo, como diz Jesus no julgamento final (Mt 25,34). Há os que veem os sinais como ameaçadores. Deus é bondoso. Nós é que somos maus e desejamos que Deus faça os outros pagarem. A maldade está em nós. E não em Deus. Dizemos que, quem tem conta no cartório, tem que se assustar. Para nós que sabemos que somos amados e amamos, a vinda de Cristo ressoa como um grande dom: “Quando essas coisas acontecerem, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima” (Lc 25,28). Deus, em para nos levar consigo para seu Reino de glória. Todas essas coisas terríveis nos convidam a nos alegrar. São sinais da vida. Quem viveu Jesus em sua vida, não terá o que temer em sua vinda gloriosa. Jesus nos ensina a ler os sinais dos tempos, e deles, tirar a força para viver alegremente o Reino da verdade e da vida, da santidade e da graça, da justiça, do amor e da paz” (Prefácio de Cristo Rei). A profecia de Jeremias anuncia que a semente da justiça vai brotar. 
Corações insensíveis 
Como viver esse tempo de expectativa? Que não seja aterrorizante, mas seja produtivo. Jesus recomenda que vivamos livres de todo o pecado e cheios dos dons de Deus. Esperar o fim é viver intensamente o bem. Diz Jesus: “Orai a todo momento a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem”. A oração deve ser acompanhada de atitudes que nos libertem das fontes do pecado: “Tomais cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida e esse dia não caia de repente sobre vós” (Lc 21,34-35). São tentações que tiram o homem de sua realidade e o deixa ao sabor dos instintos. Como são vícios de difícil superação, despreparam totalmente o homem de pensar que a vida deve ser uma permanente espera do Senhor a qualquer momento. Não se trata de pegar de improviso, mas que a vida, assumida em Cristo, é a melhor maneira de esperar. Não se trata de uma vida inútil, mas frutuosa na caridade. Nosso amor vai ao encontro do amor de Cristo. Rezamos: “Verdade e amor são os caminhos do Senhor” (Sl 24). Paulo é modelo: “Aprendestes de nós como deveis viver para agradar o Senhor” (1Ts 4,1). 
Mostrai vossos caminhos 
O salmo nos leva a rezar com intensidade: “Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza” (Sl 24). “o(O) Senhor Se torna íntimo aos que o temem e lhes dá a conhecer sua aliança” (Id). Paulo mostra que esse caminho é o amor: “O Senhor vos conceda que o amor entre vós e para com todos aumente e transborde sempre mais, a exemplo do amor que temos por vós... numa santidade sem defeito” (1Ts 3,12). Esse é o modo como esperar o Senhor e como manter nossos corações em dia, sem insensibilidade. Assim poderemos orar a todo o momento. Tudo o que pensamos sobre a vida cristã, termina sempre no amor.
Leituras: Jeremias 33,14-16; Salmo 24; 
1Tessalonicenses3,12-4,2;Lucas 21,25-28.34-36. 
 Ficha nº 2126
Homilia do 1º Domingo do Advento (28.11.21)
1. A nós que sabemos que somos amados, a vinda de Cristo ressoa como grande dom. 
2. São tentações que tiram o homem de sua realidade e o deixam ao sabor dos instintos. 
3. Tudo o que pensamos sobre a vida cristã, termina sempre no amor. 
Sai debaixo 
Quando vemos algum voo rasante, temos a sensação de ter que abaixar a cabeça. Ouvindo as palavras dos Evangelhos sobre o fim, temos a sensação que vai ser um pandemônio. Vai voar tudo pelos ares. Não é essa a mentalidade de Jesus. Era uma linguagem do tempo para assustar. Por isso, ter medo da vinda de Jesus é condenar tudo o que fez, pois vem para retribuir, mais ainda, manifestar seu amor maior que quer todos com Ele. Não precisa abaixar, pois vem para nos elevar.....

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