segunda-feira, 25 de junho de 2018

nº 1765 Artigo - “Sangue da Redenção”


Pe. Luiz Carlos de Oliveira
Redentorista
2059. Seguindo Jesus
            Ser mártir foi sempre um desejo de quem se entrega de fato a Jesus Cristo. Mas na hora a coisa é diferente. Para dar a vida é preciso uma vida doada. Ninguém fica mártir se não tem grande santidade. É de se lamentar que não prestigiamos nossos santos, perdendo assim, um estímulo de uma vida cristã em santidade. São diversos os mártires redentoristas em processo de canonização e beatificação: Temos os onze beatos mártires: quatro ucranianos, um eslovaco, seis espanhóis de Cuenca. E vinte e dois servos de Deus: três irmãos espanhóis de Valência; doze espanhóis de Madri; dois poloneses; um jovem ucraniano (Fr. Mariano Galan); um irmão vietnamita (Marcel Van). Nós, redentoristas, temos o compromisso de deixar cotejar o sangue da redenção. Há muitos martírios sem sangue que continuam a redenção da humanidade. Lembramos aqui tantos confrades que deram a vida a Cristo na Congregação. E confrades de grande santidade que dão a vida nos mais diversos ministérios da Congregação. Não se vive na Congregação se não se tem uma vida de grande santidade. Senão, não conseguimos ser fiéis nem perseverar. Dia 28 de junho celebramos os mártires ucranianos, Nicolau e companheiros. Estamos diante de um martírio recente. Eles deram a vida por Cristo, por sua Igreja Grego Católica, dissolvida por Stalin e por sua pátria invadida pelos inimigos da humanidade. Em 10 de setembro de 1939 a Igreja católica foi dissolvida e os bispos, os padres, os religiosos e os leigos cristãos foram levados para a prisão e em campos de concentração na Sibéria. Passaram por longos interrogatórios, acusados de espiões do Vaticano. Recusaram-se a se unir aos cristãos ortodoxos e não abriram a boca sobre a Igreja do silêncio.
2060. A Redenção na dor
            No dia 28 de junho celebramos os quatro mártires ucranianos: Nicolau Charneskyj (bispo), Basílio Velychkoviskyj e Bispo Zenão Kovalik Ivã Ziatek. Há ainda o Beato eslovaco Domingos Metódio Trchka, cuja festa é dia 25 de agosto. O primeiro martírio é soletrar seus nomes. Mas é possível. Nicolau (1884-1959) entrou para a Congregação com 34 anos, já sacerdote e doutor. Foi missionário e depois nomeado bispo. Preso em pelos comunistas em 1945, em campos de concentração. Teve seiscentas horas de interrogatórios. Libertado para morrer, se recuperou e guiava os cristãos ocultos no regime comunista. Beato Basílio (1903-1973) também entrou adulto para a Congregação. Preso em 1945, condenado ao fuzilamento, ficou dez anos na prisão. Foi nomeado bispo clandestinamente. Preso por três anos. Depois de solto foi para o Canadá onde morreu em consequência de um veneno que lhe aplicaram. Beato Zenão (1903-1941), grande pregador. Foi preso e morreu crucificado na parede da prisão. Beato Ivã (1899-1952), foi professor de teologia. Entrou na Congregação aos 35 anos. Morreu porque foi surrado na prisão.
2061. Alegria dos santos
              Celebrar os mártires é reconhecer neles o Cristo Redentor que continua completando o que falta à Igreja que é seu corpo. São os filhos da redenção que fazem o caminho do Redentor. É importante ter consciência de sua importância para a compreensão do carisma da Copiosa Redenção que vivenciaram até o sangue. Na prisão, continuaram sua missão fortalecendo os prisioneiros, mantendo a fé e a resistência diante dos sofrimentos. Sejam um estímulo para uma maior coragem nas dificuldades da vida religiosa. Sem sangue não há redenção. Possam eles nos ajudar a viver com mais força nossa entrega a Cristo. Conheçamos suas vidas e os façamos conhecidos dos fiéis. 

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