Redentorista
2067. Escolher o Evangelho
Continuando falar da prata da
casa, vamos ver o caminho espiritual de Santo Afonso. É o fundador da
Congregação Redentorista, teólogo da moral que contribuiu muito para o estudo
dessa dimensão da vida cristã. Criou um método de reflexão que influi na Igreja
até hoje através de seus seguidores. Foi dedicado à vida espiritual do povo
através das missões e de seus escritos de espiritualidade. Por que foi tão longe
assim? Porque fez um caminho coerente no seguimento de Cristo. Por isso ficou
santo. Sem fazer um caminho para Cristo, não chegamos a santidade nenhuma. Era
nobre de sangue, não tanto de dinheiro. Foi advogado e chegou aos 28 anos com
grande fama, pois tinha em mãos um processo muito grande. Por conta da
corrupção, ele perdeu (1723). Mas Jesus já o tinha conquistado, pois no ano
anterior já se decidira deixar o mundo, fazendo-se religioso. Deixou os
tribunais, e entrou para o seminário da diocese, sendo ordenado sacerdote em
1726, com 30 anos. Ele não perdeu a causa, ganhou Jesus Cristo. Deixou a
injustiça do mundo para a justiça do Evangelho. Ao se fazer sacerdote,
preocupou-se, sobretudo em servir como anunciador da Palavra e ministro de
outro tribunal, o da confissão. Nesses anos que seguem sua ordenação se faz
missionário na cidade. Sua vida vai ser sempre apoiada no conhecimento de Jesus
Cristo, sobretudo na Eucaristia, e na Palavra. Lendo seus escritos, vemos que
eles nascem da reflexão da Palavra de Deus. Esse é o primeiro passo de sua
caminhada de santidade. Êxodo em direção
ao Evangelho.
2068. Escolher os pobres
Como sacerdote soube, como diz
Papa Francisco, fazer uma Igreja em saída. Juntamente com alguns companheiros
padres, começou a reunir o povo simples e pobre que vivia na cidade, para
cantar, rezar e aprender a doutrina cristã. Assim foram formando grupos que
eram dirigidos por eles mesmos, acompanhados dos padres. Esses grupos se
multiplicaram. Os padres percorriam os grupos dando assistência. Ali Afonso
conheceu a ignorância religiosa do povo humilde e pobre da cidade. E eram
muitos. Aprendeu a falar a língua do povo e a sair ao seu encontro. Esses
grupos tiveram grande desenvolvimento. É importante ver como Afonso dá esse
passo em direção aos abandonados da cidade. Mesmo tendo tantos padres, era um
povo sem assistência. Os pobres vão conquistando seu coração. Aprende a falar
com eles e se deixa educar na sua linguagem. Por isso exigirá de seus padres
uma linguagem simples, mas nobre. Assim exigirá de seus confrades na Congregação.
É o segundo passo: Êxodo em direção aos pobres.
2069. Escolher morar com os pobres
Cansado, tira férias e vai para as
montanhas de Scala, perto de Amalfi (Itália). Ali descobre que há gente ainda
mais abandonada do que os que estão na pobreza da cidade, Aqui o abandono é
total. Não há socorro: nem espiritual, nem material. Como dizemos: o descanso
se transformou em uma missão evangelizando os pobres pastores. Então chega ao
ponto decisivo de sua vida: Decide-se ir para Scala para viver entre os currais
e os casebres dos pastores. Funda sua Congregação para viver no meio do povo
abandonado do campo. Ali aprendeu a linguagem do povo e pode ver como
atendê-los melhor. Para isso prega missões, escreve e faz até musicas para a
evangelização. Sem uma caminhada em direção aos abandonados não podemos dizer
que encontramos Jesus Cristo para valer. Quem escolhe viver o Evangelho
encontra seus destinatários: os mais abandonados. E há tantos ainda. É o êxodo
que marca sua passagem para o mundo dos pobres.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/
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