domingo, 1 de agosto de 2021

nº 2093 Artigo - S. José, Pai Amado (4)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista 
Grandeza de S. José 
Celebrando os 150 anos da proclamação do Papa Pio IX de S. José como Patrono da Igreja, coisa ele que já fazia, vamos refletir sobre o que o Papa Francisco escreveu em Patris Corde – (Com o Coração do Pai). No primeiro aspecto o atual Papa se refere ao termo Pai amado. Afirma com S. João Crisóstomo, que ele “colocou-se inteiramente ao serviço do plano salvífico”, pelo fato de ter sido esposo de Maria e o Pai de Jesus. No caminho da encarnação de Jesus teve seu lugar claro: Esposo e Pai. O evangelho não diz você vai ser pai, mas “O que nela, Maria, foi gerado, vem do Espírito Santo”. E a seguir lhe diz qual o projeto de Deus para ele: “Ela dará à luz um filho e tu O chamarás com o nome de Jesus” (Mt 1,20-21). S. Paulo VI, em 19 de março de 1966, ensina que “sua paternidade se exprimiu, ‘em ter feito de sua vida um serviço e um sacrifício ao mistério da Encarnação e à missão redentora; em ter usado da autoridade legal que detinha sobre a Sagrada Família para lhe fazer dom total de si mesmo, da sua vida e de seu trabalho; em ter convertido a sua vocação humana ao amor doméstico na oblação sobre-humana de si mesmo, do seu coração e de todas as capacidades no amor colocado ao serviço do Messias nascido na sua casa’”. Dizemos que é pai, quem cuida. É um exemplo de santificação e realização cumprindo uma missão. Diante da lei assumiu seu lugar de pai. Jesus era em tudo como “Filho de José” (Jo 6,42). 
Na História da Salvação
Encontrou seu lugar no plano de Deus. Isso não o fez menor. O povo de Deus soube acolher sua presença. Na evangelização dos primeiros tempos e nos estudos dos Santos Padres escritores, o interesse estava voltado para as questões do conhecimento de Cristo. Mas José foi sempre amado pelo povo cristão. O culto se tornou mais vigoroso a partir de Pio IX. Conhecemos santos e santas seus devotos, como é o caso de Santa Teresa de Ávila que escreve: “Eu tomei por advogado e senhor o glorioso São José e encomendei-me muito a ele” (Livro da Vida, 6,6). Pelo fato de não sido propagado tanto o culto é porque estava na consciência do povo de que, o que é normal, não precisa ser explicado. O conhecimento da doutrina do mistério de Cristo levou séculos para se esclarecer. O povo, contudo, gosta de santos que fazem coisas maravilhosas. São José foi muito normal em sua realidade extraordinária. Nisso se torna modelo de espiritualidade: Fazer bem as coisas da vida. Nisso José seguia seu modelo: Jesus Homem-Deus. Jesus era muito humano. 
Ide a José 
O Papa diz que os manuais de oração, a piedade da quarta-feira, o mês de março são testemunhas dessa devoção. Há uma explicação tirada do Antigo Testamento. É curioso que o nome José esteja no início da história do povo de Deus. É o patriarca José que salva sua família, mesmo depois de ter sido vendido como escravo. Depois, quando veio a fome no Egito, o Faraó diz ao povo: “Ide a José e fazei o que ele vos disser” (Gn 41,55). Com essa comparação o Papa continua: “Enquanto descendente de Davi (Mt 1,16.20), de cuja raiz deveria nascer Jesus segundo a promessa feita ao rei pelo profeta Natan (2Sam 7), e como esposo de Maria de Nazaré, São José constitui a dobradiça que une o Antigo e o Novo Testamento. S. José pode se compreendido como administrador da casa de Deus. 

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