segunda-feira, 27 de setembro de 2021

nº 2109 Artigo - Culto digno de S. José (11)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira 
Redentorista 
Culto bíblico 
Prestar culto a S. José é a resposta que damos diante dos personagens que Deus associa a Si e estão unidos ao culto Divino. Não há culto que não seja a Deus, por Cristo no Espírito, na intercessão de seus santos. Deus é adorável em seus santos. Os santos são todos os que Deus amou e que O amaram nos irmãos. O amor a Deus não é só de pensamento. Como a Salvação foi na pessoa do Filho, o culto se torna real quando segue a Palavra de Deus. Jesus é a última Palavra de Deus ao mundo. Ele deixou claro o que o Pai espera de todos nós. Todo culto tem o fundamento bíblico. José cumpriu o projeto de Deus de acolher o Filho Divino que germinava no seio de sua esposa assumida. Cultuar José é tomar suas atitudes de obediência à comunicação de Deus por meio dos sonhos. Sonho não se trata só de uma realidade incontrolável quando estamos fora do consciente. É o acolhimento à inspiração que Deus que o homem percebe quando sabe identificar Deus nas realidades da vida. Era assim que os patriarcas agiam. Mesmo nós, não estamos distantes desta realidade. Podemos, como José, ser dóceis às inspirações do Espírito Santo no dia a dia. Discernimos o bem e o seguimos. Lembramos os sonhos de José do Egito. Sabia discernir os caminhos de Deus nos caminhos dos homens. Sabia ler sua vida como um caminho de Deus para a salvação de sua família. S. José está entre os patriarcas, mas também entre os primeiros discípulos. Quanto não terá aprendido de sei menino Jesus! 
Culto da Igreja 
A realização do que se celebra uma das características muito importante da liturgia. As palavras anunciam e o rito atualiza. É a manifestação do único mistério de Cristo em suas mais diferentes situações. Por isso é importante que o culto conduza sempre a atualizar, não somente lembrar. A memória é atualizante. Referente a S. José há os momentos litúrgicos e os momentos devocionais que decorrem da liturgia. Temos a celebração de um mês voltado à sua celebração. Nas quartas-feiras temos um dia da semana para essa memória. A Igreja oferece dois dias de celebração festiva: dia 19 de março, e dia 1º de maio, dia do trabalhador. Já no século IV S. Helena construiu-lhe uma capela em Belém. Por poucas notícias percebemos que o culto a S. José segue a vida da Igreja, continuando, como é de seu estilo, silencioso e discreto. A liturgia apresenta as missas votivas que podem ser usadas nos tempos comuns, como uma opção devocional litúrgica. Aliás, nós nos tornamos muito dependentes dos livretos que nos tolhem a liberdade de usar das riquezas da liturgia, como o caso das missas votivas. 
Culto do coração 
Somos sempre convocados a seguir o exemplo de S. José. Não há muito interesse em seguir essa recomendação, pois ela nos leva a viver na humildade, no silêncio, naquele papel simples de servir. Ele se cabe tão bem em todos os lugares que nos esquecemos de sua presença. Somos tocados pelo orgulho. Até na vida de santidade, temos a tentação de sermos diferentes. O orgulho é uma raiz daninha. Nós, no seio da Igreja, sobretudo os “bons”, os santos, são diferentes dos outros. Raiz do orgulho! Aqui temos o fundamento para um culto digno: imitá-lo em seu em sua discrição e escondimento. Assim ele pode educar o Filho de Deus e servir a sua querida esposa e mãe de todos nós. A discrição nos mostra a maturidade: não preciso aparecer para ser. Quanto mais maduro eu sou mais simples eu sou. Isto é: Viver o mistério de Deus no próprio jeito de ser.

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